MundoBola Flamengo
·14 de abril de 2025
De La Cruz foi fundamental em gol de Arrascaeta, mostra analista

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·14 de abril de 2025
A vitória do Flamengo sobre o Grêmio foi fundamental, colocando o time na ponta da tabela do Brasileirão. Mas fundamental, também foi Nico de la Cruz no meio-campo, principalmente nos gols do Mengão.
Ele participou de ambos os gols de Arrascaeta, sendo crucial para a abertura do placar e também para sacramentar a vitória. O analista tático Raul Ando, do Categoria Canal, explica exatamente a importância do uruguaio, sinalizando que "a função de Nico de la Cruz deixou Arrascaeta livre".
O analista começa destrinchando o primeiro gol do Flamengo, apontando, principalmente, para erro de Edenílson. A marcação alta gremista não surtiu resultado, muito menos com o meia tricolor deixando De La Cruz sozinho.
"O Grêmio tenta subir o bloco de marcação para encaixar a marcação, mas o Flamengo está um pouco mais torto. O Léo Pereira pelo corredor central, Alex Sandro mais recuado, Ortiz bem aberto pela direita, então o Edenílson acaba abandonando o De La Cruz para avançar no Léo Pereira, tentando sufocar a saída de bola", avisa.
Com o erro de Edenílson, De La Cruz conseguiu progredir para o campo de ataque.
"O Flamengo traz a bola pela direita, o Grêmio avança e até com a marcação encaixada. Mas o Edenílson, com o time encaixado pelo lado, pensando no modelo de jogo do Grêmio, o Edenílson deveria recuar fechando o espaço, mas ele não fecha, vai trotando e não recua para fechar a marcação do De La Cruz, que fica com muito campo para correr", comenta.
O erro fez com que o Grêmio tivesse sete atletas facilmente superados e o Mengão ficou em vantagem numérica.
"Quando um jogador alivia na hora da marcação pressão, todos correm à toa. É o que acontece aqui, são sete jogadores do Grêmio eliminados da jogada, atrasados. O Edenílson vai acelerar porque sabe que foi um dos responsáveis por não manter a marcação encaixada. Vai correr, primeiro erro. O De La Cruz aproveita o espaço, corre com ela dominada, dá um tapa na esquerda, com Michael", prossegue.
Atordoado com o erro, Edenílson voltou a errar, agora, tecnicamente, e não só taticamente, como no início da jogada. O erro resultou no gol de Arrascaeta.
"Ele vai conduzir para dentro, tenta fazer o passe para o meio. Mas o próprio Edenílson acaba tentando fazer o corte. A pressa é inimiga da perfeição. Quando você está atrasado, chega com pressa, tenta fazer o corte, acaba ajeitando. Ela sobra para o Arrascaeta, que limpa o Volpi e só rola para o gol", comenta.
No segundo tempo, De La Cruz também foi importante na construção da jogada que resultou no segundo gol de Arrascaeta. Novamente, com o Grêmio caindo nas armadilhas rubro-negras
"O Flamengo fica trocando passes, atrai a marcação do Grêmio, que já perdeu intensidade e a marcação fica mais desencaixada. Tapa no vazio para o Arrascaeta recuar, e o próprio De La Cruz que faz o passe já se apresenta para pegar o corredor de frente. Pelo corredor central, a marcação sempre desencaixada. De La Cruz dá um tapa para o Cebolinha, que faz a parede, arma o Arrascaeta, que arranca com ela dominada. Mais um belo gol", diz.
O analista também abordou outros pontos, e Edenílson foi fundamental para que o Flamengo conseguisse jogar. O atleta parecia perdido na marcação.
"No primeiro tempo, a grande vantagem que o Flamengo poderia explorar nesse estilo de marcação do Grêmio era justamente pelo corredor central. A marcação está encaixada, três contra três. O Flamengo vai trabalhando a bola, o Edenílson abandona o Pulgar para pressionar o De La Cruz. O De La Cruz acha o Pulgar livre. O Pulgar tem liberdade, vai levando e tem uma situação de três contra dois. Edenílson já está eliminado", afirma.
Quem sempre aparecia livre graças a marcação frouxa era Arrascaeta.
"Arrascaeta sempre livre, Flamengo com muita liberdade. O Grêmio fazia mais esse bloco médio. Mesmo em organização defensiva, o Arrascaeta tinha espaço. A linha defensiva demorava a se recompor", explica.
Por fim, ele aborda uma das características de construção do Flamengo.
"Esse tapa no vazio sempre favorece o jogador do Flamengo que vai recuar. O Arrascaeta recua, dá o tapa, deixa com o BH, e o Wesley acelera pelas costas da marcação. Construção rápida do Flamengo explorando esse espaço que aparece ao longo do segundo tempo inteiro" conclui. Veja a análise completa abaixo.