Jogada10
·14 de agosto de 2025
Davide estreia na Libertadores para cravar o nome na história do Botafogo

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·14 de agosto de 2025
Chegou a hora de o técnico Davide Ancelotti conhecer o chamado “futebol raiz”. O mundo da bola, aliás, escolheu o termo para descrever o folclore do esporte mais popular do mundo no continente sul-americano e suas peculiaridades. Nesta quinta-feira (14), às 19h (horário de Brasília), no Estádio Nilton Santos, contra a LDU, do Equador, pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa Libertadores, o treinador do Botafogo inicia a sua epopeia em busca do bicampeonato continental para o Glorioso. Aos 36 anos, o jovem comandante pode cravar o seu nome em um dos maiores clubes do planeta se este ousado casamento for bem.
Acostumado a arenas onde o público se comporta como se estivesse em um teatro, Davide terá, então, que se adaptar a uma realidade bem distante daquela dos torneios da Uefa e das grandes ligas onde trabalhou como auxiliar-técnico, ao lado do pai, Carlo Ancelotti. Se chegar à Copa do Mundo, na metade de 2026, como técnico do Botafogo, o italiano pode se deparar com alçapões, muita pirotecnia nas arquibancadas, públicos ensandecidos, fanatismo exacerbado, policiais truculentos, além de cães lépidos e faceiros invadindo o gramado. Na próxima semana, aliás, em Quito, no duelo de volta das oitavas, ele conhecerá também o ar rarefeito dos Alpes Andinos.
“Vai ser uma viagem longa e novidade para mim. Vou precisar da ajuda dos profissionais do clube. Sobre o jogo dentro das quatro linhas, não tem muita diferença da Europa, mas são contextos diferentes. O clima, a umidade, o gramado…”, reconheceu o treinador italiano do Mais Tradicional.
Após passar por PSG, Everton, Bayern de Munique, Napoli e Real Madrid, Ancelottinho decidiu abandonar o glamour da Champions League. Inicialmente, ele topou acompanhar Carlo na Seleção Brasileira. Mas o aprendiz sempre quis dar um passo à frente, se descolar do progenitor, caminhar com as próprias pernas e começar a carreira solo. Assim, negou ofertas da Europa para assumir o atual campeão brasileiro e da Libertadores, um time que colocou a régua lá no alto com as recentes conquistas. Santiago Bernabéu, portanto, é passado. O Colosso do Subúrbio pulsa mais forte.
“Penso que estou no clube ideal e no contexto adequado para iniciar minha carreira. Não há lugar melhor. A ambição e grandeza do clube são as mesmas que eu tenho. Estamos muito alinhados. Para mim, foi muito fácil aceitar este desafio. Temos que jogar um futebol atrevido e representar os valores do Botafogo”, resumiu o italiano.
Davide, até agora, soma oito jogos pelo Botafogo. Com cinco vitórias, dois empates e uma derrota, ele tem o segundo melhor aproveitamento da era-SAF neste número de enfrentamentos: 70,8%. Só perde para Luis Castro, que ficou com 75%. Porém, se vencer a LDU, passa o português e assume o topo. Ancelottinho também tem a melhor defesa entre os treinadores neste recorte. Com ele, o Alvinegro sofreu apenas três gols.