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·08 de março de 2025

Das quadras ao campo: Camila Mazetto traz paixão pelo esporte no sangue e faz dela combustível para o trabalho

Imagem do artigo:Das quadras ao campo: Camila Mazetto traz paixão pelo esporte no sangue e faz dela combustível para o trabalho

Foto: Israel Simonton/Ceará SC

As primeiras lembranças têm ambientação nos ginásios da pequena Treze Tílias, cidade do interior de Santa Catarina. Em meio aos valores, Camila Mazetto herdou dos pais a paixão pelo esporte e fez disso carreira profissional para um trilhar um caminho que já conta com oito anos de dedicação ao Ceará Sporting Club.


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O começo da vida e no esporte foram no futsal. Filha de atletas e defensores do desporto, Camila escolheu as quadras para iniciar sua caminhada. Defendendo sua cidade natal, superou os limites territoriais do município de pouco mais de 9 mil habitantes para viver um sonho. Lembranças frescas na memória que trazem brilho ao olhar quando rememoradas.

“Eu me criei dentro de ginásio. Minha mãe já foi diretora de esportes por muito tempo, meu pai foi professor de escolinha por muito tempo, e aí, com isso, sendo criada dentro do ginásio, acabei escolhendo o futsal como um esporte para praticar de forma assídua. No sul tem muita competição microrregional, regional, estadual e eu joguei todas essas competições pelas cidades, primeiro pela minha cidade, depois por outras da região”, contou.

Os primeiros passos, ainda em tom de brincadeira, se transformaram em oportunidade, quando a prática do esporte se mostrou a chave para abrir portas que guardavam objetivos pessoais para Camila e sua família.

“Eu já jogava em Chapecó, também representando a cidade, e tive uma lesão que quase me fez desistir do futsal. Só não fiz isso porque uma das coisas que o futsal te entrega lá no Sul são as oportunidades de estudar, afinal os clubes têm parcerias com boas escolas”, disse.

De Chapecó, o destino foi Criciúma, outra cidade catarinense que Camila passou a chamar de casa. Ao todo, foram oito anos no município do sul do estado, muito crescimento individual, mesmo em meio à saudade de casa.

“Mais ou menos em 2006 eu fui para Criciúma, para jogar e morar na cidade. Lá, morava no alojamento dos clubes, junto das outras atletas da minha categoria. Quando tinha 17 anos, lá em Criciúma, entrei na faculdade e comecei a cursar nutrição”, relembra.

A trajetória acadêmica teve, uma vez mais, o esporte como aliado. Por conta do futsal, Camila ganhou uma bolsa de estudos para que cursasse o curso superior e, junto dos compromissos de estudante e atleta, iniciasse novos projetos na área.

“Já na faculdade, cursando nutrição, comecei um projeto de extensão todo voltado para a atenção nutricional para praticantes de exercício físico e atletas. Com isso, a gente se inseriu em alguns projetos da área fora da faculdade”, apontou.

Já perto do fim de sua formação profissional, Camila precisou tomar uma decisão entre a carreira na nutrição e a prática esportiva de forma oficial. Mesmo deixando o lado atleta de lado, o amor pelo esporte seguiu correndo nas veias.

“No último ano de faculdade, eu já estagiava e estudava, então não conseguia mais me entregar aos treinos da forma que eu precisava para continuar sendo atleta de alto nível. Conversei com os meus pais e resolvi que eu ia focar nos meus estudos para me formar e dar início à minha carreira. Depois do fim da faculdade, comecei trabalhando em uma academia e, três meses depois, tive minha primeira chance no futebol”, externou.

Residindo em Criciúma desde a adolescência, foi no clube da cidade que a acolheu anos antes que Camila começou a trajetória que a trouxe até o Ceará. Depois de três anos no clube catarinense e um período de um ano e meio em um laboratório local, Camila recebeu o convite que mudou sua vida, a fez cruzar o país e viver um sonho em preto e branco.

“Eu trabalhava no desenvolvimento de suplementos quando chegou o convite para vir para o Ceará e assumir o Departamento de Nutrição do clube. Pensei bastante, afinal era uma mudança completa de vida. Desde os 14 anos, eu morava longe dos meus pais, mas nunca tão distante. Quando aceitei o convite, entendi esse como o grande projeto da minha vida e, de fato, tem sido assim”, avaliou.

Em quase nove anos de Ceará, Mazetto contribuiu para as conquistas de duas Copas do Nordeste, três Campeonatos Cearenses e dois acessos à Série A do Campeonato Brasileiro. Uma trajetória que, em 2025, entrará na décima temporada e a levou a cruzar o mundo, buscando aprender ainda mais.

No fim do ano passado, em uma viagem à Espanha, Camila realizou um estágio no Valladolid, clube da elite do futebol espanhol, conheceu processos e, acima de tudo, levou o nome do Ceará.

“No ano passado, fiz um Master em Nutrição no Futebol assinado por um instituto da Espanha, o FSI. No curso, eles oferecem um estágio de três meses em algum clube de lá. Por conta da minha rotina, não conseguiria fazer o estágio, mas consegui uma visita técnica ao Valladolid/ESP. Passei alguns dias conhecendo processos deles, acompanhando toda a rotina de trabalho do clube, explicando como fazemos as coisas aqui e, fazendo um networking muito rico”, finalizou.

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