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·20 de março de 2023

Dalma Maradona faz longo relato sobre luta do pai contra o vício

Imagem do artigo:Dalma Maradona faz longo relato sobre luta do pai contra o vício

Filha mais velha de Diego Armando Maradona, a atriz Dalma Maradona concedeu uma tão emocionante quando impactante entrevista para a Crónica TV onde o tema foi a luta de seu pai contra a dependência química de Don Diego. A entrevista faz parte de uma série produzida pelo canal que fala sobre pessoas com problemas semelhantes que leva o nome de Seres Libres e está na sua terceira temporada.

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Em alguns momento, Dalma se emocionou em falar abertamente de episódios onde ainda era muito pequena, mas já estava exposta ao problema que colaborou com a saúde debilitada do ídolo argentino, especialmente, nos últimos anos de vida.

“Um caso que ele conta é que uma vez ele estava no banheiro, consumindo, e eu tinha três ou quatro anos, e fiquei batendo na porta até que ele deixasse tudo para sair e falar comigo. Ele me dizia: ‘você me salvava desta maneira’. Sem saber o que ele estava fazendo, até que ele não falasse comigo ou não saía dali.”

“Outra que lembro foi uma campanha contra as drogas, em que ele falava de quando começou a consumir e como era a sua vida com a droga. Eu era muito pequena, tinha seis ou sete anos, perguntei aos meus pais se eu podia ver a entrevista, minha mãe disse que não, que não era para mim, e meu pai disse que sim, que iria sair em todos os lugares, que ela poderia ler, e se era assim, eu poderia perfeitamente estar com ele ali”, detalhou.

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Foto: Divulgação/Gimnasia La Plata

Dalma ainda apontou que, em toda a sua vida, carregou uma mistura de julgamento e proteção onde, fazendo uma reflexão, entender ter ‘pesado a mão’ em determinados momentos:

“Eu o critiquei mais que o necessário, me dei conta fazendo a minha peça de teatro. Não me lembro de nenhuma vez que ele não foi a um aniversário meu, por exemplo. Ele me dizia: ‘Dalma é a que me acomoda, a que me xinga, ela me olha e sei que preciso estar bem’. Sinto muitas vezes que foi este meu papel com ele. Senti que eu o defendi muito, mas não sinto como uma carga, para nada. Sigo fazendo isso. Com seus erros e suas falhas, a cada dia o admiro mais. Que ninguém venha criticá-lo. Quando ele esteve internado e disseram que ele estava morto, eu tinha 15 anos e disse que era mentira. Aí, assumi um papel e disse a ele que Gianinna precisava dele.”

No trecho final da entrevista, Dalma Maradona garante que não alimenta qualquer arrependimento e também reforça sua crença de que, apesar da imensa dificuldade, é possível obter a sobriedade:

“Nunca trocaria de pai, mesmo com tudo o que me implicou ser sua filha. Não acho que ele mudaria alguma coisa em ser quem foi, as coisas que aconteceram, inclusive a droga, sabendo que pode se sair, com muito amor e esforço, de verdade, eu o vi lutar com tudo o que tinha. Se há uma criança de seis, sete, oito anos, batendo na porta de um banheiro, com seu pai aí dentro, eu diria a ela: ‘Fique aí e bata na porta porque isso que você está fazendo serve para ajudá-lo, para melhorá-lo. Se você pode ajudar a outra pessoa, faça isso, como tentei fazer.”

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