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·23 de novembro de 2020

D’Alessandro reclama de influenciadores identificados: ‘Sou mais colorado que eles’

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Na tarde desta segunda-feira (23), o ídolo colorado, Andrés D’Alessandro anunciou que não seguirá no Internacional em 2021. Com contrato até dezembro, o camisa 10 optou por sair do clube ainda neste ano, mesmo que a temporada se estenda até fevereiro. Para decidir isso, o jogador afirmou ter pensado muito e ter sido motivado por decisão pessoal. Todavia, durante a coletiva, D’Alessandro revelou que, um dos motivos para a decisão, foi a desunião do clube como um todo.

Buscando exemplificar o que disse, sobre a desunião do clube, D’Alessandro leu o tweet de um conselheiro do clube, que fazia duras críticas ao meia. O ídolo, entretanto, não parou por aí, e entrou no tema torcedor. Mais especificamente, o capitão fez questão de criticar os influenciadores digitais, sem citar nomes, que se dizem colorados, mas que o criticam seguidamente. D’Alessandro afirmou, ainda, ter sido desrespeitado por eles diversas vezes.


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– Lembro até hoje da capa de um jornal esportivo importante, em 2009. Foi feita por dois jornalistas que não merecem o meu respeito. Obviamente não vou citar os nomes, mas eles já devem saber. Eu mal tinha chego no Internacional e tínhamos ganho a Sul-americana e o Gauchão de forma invicta. A capa do jornal foi o meu salário, o que eu ganhava por ano, mês, dia, minuto e segundo. Estes caras dizem ser colorados, sócios. Pelo menos um deles afirma ser muito colorado. Esse cara trabalhou no clube e, coincidência ou não, deixou de bater na equipe. E, agora que saiu, voltou a fazer isso. Começou a criticar o clube, os jogadores. Eu encontrei esse cara no corredor uma vez e não cumprimentei. Não merece meu respeito. Como tantos outros, que não merecem meu respeito pois não me respeitaram como pessoa – disse D’Alessandro.

D’Alessandro concorda com Renato Portaluppi

Capitão do Internacional, D’Alessandro citou, para exemplificar a briga junto a imprensa, o técnico e ídolo do rival, Renato Portaluppi. Recentemente, o treinador do Grêmio envolveu-se em uma série de discussões com jornalistas. Em uma das ocasiões, o comandante tricolor afirmou que o interesse, de um canal midiático em específico, era destruir o trabalho que vinha sendo feito. Sobre isso, D’Alessandro fez questão de concordar com o rival, e ainda desenvolveu sobre notícias falsas.

– Aqui vou concordar com o Renato (Portaluppi). Tem muitas coisas que eu não gosto nele, mas quando ele fala muitos se assustam na frente dele. Ficam com medo. Vou concordar contigo Renato. Eles querem destruir a história, o grupo, a gestão e ainda se dizem colorados. Eu sou colorado. Eu sou mais colorado que eles. Que eles me mostrem o contrário. Eles dizem que sabem, mas nenhum de vocês sabe o que acontece dentro do vestiário. Vocês dizem sempre ter as fontes, mas muitas vezes elas estão erradas. São informações erradas que vocês levam ao torcedor. Que vocês minam o torcedor e enchem a cabeça deles. E assim foi quando falaram mal de mim – falou D’Alessandro.

Formadores de opinião

Depois das diversas críticas, à imprensa e aos jornalistas, cujo nomes não foram citados, o meia voltou ao assunto. Desta vez, D’Alessandro focou suas opiniões nos influenciadores digitais, principalmente os que cobrem o Internacional, e questionou a fidelidade deles junto ao clube, citando, inclusive, ídolos do passado recente. Além disso, o camisa 10 mostrou-se bastante irritado com o formato das críticas que recebe.

– Posso citar uma série de jogadores, como Índio, Bolívar, Nilmar, Clemer e Magrão que são muito mais colorados do que estes que estão aí fora. Do que estes que se dizem influencers, que afirmam ser formadores de opinião. Formadores de opinião somos nós. Citando um dos grandes treinadores que tive, Marcelo Bielsa, formador de opinião tem que ser a escola, os professores. Por isso que o mundo está virado. Formador de opinião não pode ser um cara que vive do YouTube. Que nunca chutou uma bola. Pelo menos em futebol ele não pode formar opinião. Ele pode opinar, mas ele tem que ter nível para dizer se alguém jogou bem ou mal. Para, assim, fazer uma crítica construtiva. Ele não pode falar, como eu ouvi muitas vezes, que alguém é burro. Isso eu não aceito. Ninguém que jogou aqui 10, quase 15 anos, é burro. Ninguém que estudou jornalismo, como vocês, é burro. Eu não posso chamar nenhum de vocês de burros. Eu posso gostar ou não do jornalismo que vocês fazem, ou melhor, alguns de vocês. Mas eu nunca chamaria vocês de burros. Eu posso chamar vocês de mal caráter, isso sim, como eu mesmo fui chamado, muitas vezes. Eu não chamaria de burro alguém que passou anos estudando ou trabalhando numa profissão, nunca. É aí que se passa do limite, aí é quando não aceito – explicou D’Alessandro.

A última mensagem de D’Alessandro

Por fim, D’Alessandro deixou uma última mensagem, em defesa do Internacional, para os torcedores. “ Não é qualquer um que pode falar mal do Inter. Não pode pegar o microfone para diminuir esse clube”, disse o meia e ídolo colorado, cujo contrato se encerra em 31 de dezembro de 2020. Ele, inclusive, prometeu dedicar-se ao máximo para “blindar” o vestiário enquanto ali estiver.

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