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·21 de junho de 2024

Da empolgação à preocupação: Goleadas expõem fragilidades no Atlético

Imagem do artigo:Da empolgação à preocupação: Goleadas expõem fragilidades no Atlético

O intervalo foi de apenas quatro dias. O suficiente para o Atlético Mineiro ver ruir a empolgação inicial no Brasileirão. Foram oito gols sofridos, com duas derrotas pesadas, expondo as limitações de um elenco que sofre com desfalques por motivos variados.

O primeiro choque de realidade veio na segunda-feira. Invicto no Brasileirão, o Galo recebeu o Palmeiras no que parecia ser um confronto direto pelas primeiras posições na tabela. Mas o resultado mostrou times em estágios diferentes. O clube alviverde promoveu um massacre e impôs a maior derrota do confronto em solo mineiro: 4 a 0.


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A partida foi marcada por arbitragem polêmica, e a expulsão questionável de Hulk fez o peso da derrota ser relativizado por muitos. Mas o domínio paulista já era claro, e o placar favorável aos visitantes antes mesmo do vermelho do atacante. De qualquer maneira, o jogo seguinte, contra o lanterna, era propício para o Galo dar a resposta rápida em campo, para provar que o ocorrido na segunda foi apenas um acidente de percurso.

Quem deu resposta nesta quinta-feira, no fim, foi o antes lanterna, Vitória. Com apenas oito gols marcados em nove partidas até então, o Leão marcou mais quatro contra o Atlético. A vitória, por 4 a 2, deixou pouca margem para dúvidas. Desta vez sem grandes polêmicas ou expulsões.

Desde 2011, quando perdeu em sequência para Flamengo, por 4 a 1, e Internacional, por 4 a 0, o Atlético não sofria duas derrotas por 4 ou mais gols seguidas. Naquele ano, o Galo escapou por pouco do rebaixamento. Um momento completamente diferente do atual, em que é apontado entre os candidatos ao título.

Os motivos para a queda atleticana

O clima em Belo Horizonte era de euforia até o início desta semana. Invicto no Brasileirão, o Atlético via o trabalho de Gabriel Milito seguir em bom caminho. Evolução, invencibilidade, aproveitamento de campeão... O argentino conheceu rara paz para um técnico estreante em solo brasileiro, em um futebol conhecido por moer treinadores, como fez recentemente com Álvaro Pacheco, demitido do Vasco após quatro partidas.

O bom início deu lastro para Milito suportar a semana desastrosa. Mas a semana chega ao seu fim com nova sensação para o argentino, que atravessa seu primeiro momento de pressão e críticas no Brasil. Mas as goleadas evidenciaram também um dos maiores desafios do treinador: um elenco com limitações em um campeonato longo e que costuma premiar plantéis mais largos.

Os desfalques justificam em grande parte o desaire da semana. Titulares, Guilherme Arana e Alan Franco estão em atividade na Copa América, assim como Vargas, reserva imediato no ataque, setor que não contou com Hulk e Paulinho contra o Vitória, suspensos. No departamento médico, Otávio e Rubens deixam Milito com poucas soluções para reforçar a marcação no meio-campo.

O elenco ainda perdeu nomes importantes no mercado. Como Pavón e Jemerson, embora tenha trazido Gustavo Scarpa e Brahian Palacios, com características diferentes. Palacios, ainda jovem, uma aposta a longo prazo. Patrick e Edenílson também deixaram o clube e, embora poucos sintam saudades entre os torcedores, a versátil dupla ao menos trazia alguma profundidade ao elenco.

O Atlético vai receber no próximo mês os reforços de Bernard e, provavelmente, Júnior Alonso. Dois nomes que devem encorpar mais o elenco atleticano. Resta saber em qual cenário chegam ao Galo, e se suas vindas serão o suficiente para Milito manter o seu time competitivo ao longo da maratona da temporada.

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