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Zerozero

·26 de abril de 2024

Cruzes, que é isto?

Imagem do artigo:Cruzes, que é isto?

No duelo de abertura da jornada 31 da Liga Betclic, o Arouca esteve perto de vencer o Gil Vicente (2-2) na deslocação ao Estádio Cidade de Barcelos, mas deixou escapar a vantagem dupla em pleno período de descontos, depois de uma reta final eletrizante dos homens de Tozé Marreco, num duelo que marcou a estreia do timoneiro gilista em jogos caseiros. Foi caso para exclamar: "Cruzes, que é isto?", perante tal recuperação.

Depois de colocado termo à série de sete jogos consecutivos sem vencer na estreia ao leme dos Galos, Tozé Marreco optou pelo mesmo onze em relação ao jogo frente ao Moreirense. Já Daniel Sousa - de regresso a um estádio que bem conhece - fez entrar Matías Rocha para o eixo defensivo e lançou Thiago Rodrigues face à surpreendente ausência de de Arruabarrena.


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A uns dez minutos iniciais de toada dividida e sem grandes motivos de realce, o Arouca colocou em prática o seu futebol. Com primazia dada ao ataque organizado, os Lobos de Arouca acordaram numa autêntica oferta de Gabriel Pereira, ainda no quarto de hora inicial.

Uma perda de bola do central brasileiro em zona proibida deixou Cristo González na cara de Andrew, valendo a atenção e timing de mancha do internacional sub-23 brasileiro. Na recarga, Jason Remeseiro fez o mais difícil e, com a baliza deserta pela frente, atirou contra... o placard publicitário. Ameaçavam os protagonistas do golo inaugural!

No lance seguinte, um fora de jogo de Fujimoto impediu Félix Correia de consumar a primeira situação «oficial» para os minhotos, num período em que as saídas para o ataque se tornavam cada vez mais raras por parte dos gilistas. Obra da excelente coordenação coletiva arouquense e das leituras irrepreensíveis de David Simão e Pedro Santos.

Ao bater a meia hora e perante o ligeiro esmorecer do ímpeto arouquense, o Gil tornou-se mais capaz de protagonizar algumas saídas e quase abriu o ativo. Maxime Domínguez saiu da «cabine telefónica», lançando Félix Correia, Fujimoto e Alipour na «conspiração» à baliza de Thiago Rodrigues, que Murilo - no jogo 250 da carreira - desperdiçou sobre a trave.

Até ao descanso, o Arouca ficou perto da vantagem. David Simão optou pela meia distância (com pouco sucesso) e Rafa Mujica ficou (ligeiros) centímetros do golo após centro na largura conferida por Jason. O Gil foi respondendo com um crescente aproveitamento da profundidade, Murilo abriu o ativo após recuperação alta dos gilistas, mas uma posição irregular adiou a estreia no marcador.

Cristo da desgraça... anulada

No recomeço, os visitantes reativaram o chip dos instantes iniciais da partida, impuseram dificuldades na saída aos gilistas e o golo não tardou em surgir. Canto curto à direita, cruzamento largo de Jason e finalização imaculada de Cristo González ao segundo poste, num lance em que o espanhol ficou livre de marcação depois de Gabriel Pereira se ter lesionado no mesmo lance.

Logo a seguir, Jason ameaça o 0-2 e, sem tempo a perder, Tozé Marreco faz entrar Martim Neto, Miro e Tidjany Touré que, de imediato, fez Félix Correia derivar para a direita. Com os extremo em «modo flanqueador», o Gil verticalizou o seu jogo, ganhou outra capacidade de chegar ao último terço - o golo anulado a Depú é a grande prova disso - e fez o público barcelense desesperar com o desacerto pela baliza.

Por essa altura, o conjunto minhoto fazia acreditar os seus adeptos, mas, novo momento de Cristo, parecia colocar uma cruz no resultado final. No entanto, o coração minhoto foi gigante e, num ápice, os pontos tornaram-se reais.

Tidjany Touré reduziu com um belo remate cruzado no período de descontos, tornou o anfiteatro gilista um verdadeiro vulcão e o empate surgiu mesmo instantes depois. Lançado no limite do fora de jogo por Fujimoto, Buatu confirmou o resultado final com uma finalização digna de ponta de lança.

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