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·26 de maio de 2025
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O Fortaleza entrou em campo no Castelão sob pressão, vindo de derrota para o Vasco e eliminação recente na Copa do Brasil, além de ter empatado sem gols pela Libertadores. O técnico Juan Pablo Vojvoda precisou lidar com uma lista considerável de desfalques: Marinho (suspenso), Moisés, Rossetto, Bruninho e Lucas Sasha (lesionados). David Luiz e Bruno Pacheco ficaram fora por opção técnica. O ambiente no clube refletia o momento delicado, com protestos da torcida e clima tenso nos bastidores.
O Cruzeiro, de Leonardo Jardim, também não teve força máxima, especialmente com as ausências de Matheus Pereira (suspenso), João Marcelo (lesão grave) e Matheus Henrique (lesionado). A equipe, no entanto, chegou ao confronto em boa fase e estabilidade na tabela.
O Cruzeiro apresentou maior volume ofensivo desde o início, construindo o placar ainda no primeiro tempo. Kaio Jorge abriu o marcador aos 34 minutos após assistência de Gabriel Barbosa, que também foi o responsável pelo passe para Lucas Silva ampliar aos 41. Essa dobradinha no meio e ataque expôs a eficiência da equipe visitante, confirmada pelos números: 17 finalizações no total, 8 no alvo, superioridade no xG (2.30 a 0.96) e domínio em escanteios e posse de bola.
O Fortaleza encontrou dificuldades para criar oportunidades claras. A única finalização certa dos donos da casa exigiu defesa de Cássio. O goleiro João Ricardo, por sua vez, foi exigido em seis defesas e evitou um placar mais amplo. O time ainda teve Pedro Augusto expulso aos 83 minutos, agravando o cenário adverso.
No banco, Vojvoda buscou alternativas com Eros Mancuso, Tomás Pochettino, Pedro Augusto, Calebe e Lucca Prior, mas as alterações não surtiram efeito para reverter o domínio do Cruzeiro.
No Cruzeiro, William liderou estatísticas de desarmes, duelos e passes decisivos. Gabriel Barbosa participou diretamente dos dois gols e construiu jogadas ofensivas durante toda a partida. Lucas Silva marcou e atuou com destaque no controle do meio-campo. Entre os mandantes, João Ricardo voltou a ser figura importante com seis defesas, enquanto Tinga e Tomás Pochettino também tiveram participação ativa, sobretudo na segunda etapa.
Após o apito final, o ambiente ficou ainda mais pesado no Fortaleza. Houve protestos da torcida na Arena Castelão e manifestações nas redes sociais. Vojvoda se recusou a conceder entrevista, citando falta de vontade para falar. Na arquibancada, gritos de "olé" em tom de protesto marcaram a insatisfação com o desempenho do time.
João Ricardo, referência do elenco, entrou em campo usando a camisa número 100, apoiando campanha de combate à exploração e ao abuso sexual infantil.
Com a vitória, o Cruzeiro subiu para a terceira posição, consolidando sequência positiva no Brasileirão e se aproximando do G4. O Fortaleza caiu para a 16ª colocação, acendendo alerta para a zona de rebaixamento. A situação do clube cearense envolve cobranças crescentes, tanto da torcida quanto internamente.
O próximo compromisso do Fortaleza será pela Libertadores, contra o Racing na Argentina, enquanto o Cruzeiro terá o Palmeiras em confronto direto no Mineirão pela Série A.
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