Cruyff mudou o Barcelona e o futebol para sempre | OneFootball

Johan Cruyff deixou esta plano faz três anos, mas a sua influência e lembrança especialmente com Holanda, Ajax e Barcelona seguem vivos. Na Catalunha, por exemplo, o seu mito cresce a cada dia desde a estreia como jogador, contra o Granada, em 28 de outubro de 1973. O presidente do Ajax na época, Jaap Van Praag, queria negociá-lo com o Real Madrid, mas o meia-atacante bateu o pé e decidiu que seu futuro seria dentro do Camp Nou. E assim mudou para sempre o futebol.

Ainda como jogador, ajudou o Barça a reconquistar o título espanhol após um longo jejum sem o título logo na temporada de estreia. Como era titular, e a regulamentação espanhola obrigava a escalação principal a usar números de 1 a 11, não conseguiu envergar a sua histórica 14 às costas. No Barcelona, então, imortalizou a 9 em duelos inesquecíveis. No entanto, talvez a sua grande contribuição histórica tenha sido como mentor da forma de jogar bola.

Em 1988, Cruyff voltou ao Barça para marcar época como treinador mais longevo na história do clube até hoje: foram 430 jogos e o primeiro título de Champions League do Barça, em 1992. Definiu a filosofia moderna do jogo barcelonista, colocando a pedra fundamental para o que vemos hoje em campo. Naquela equipe, que entrou para a história como Dream Team, Pep Guardiola era a sua extensão dentro de campo. Quis o destino que, anos depois, o catalão ressuscitaria definitivamente os conhecimentos que aprendeu com o mestre holandês, levando os Blaugranas ao maior auge esportivo de sua história.

“Acreditamos que jogar bem é o melhor caminho para conquistarmos vitórias e títulos”, disse Pep em sua apresentação como treinador do Barça, em 2008. No ano seguinte, o gigante catalão levantou os três maiores títulos possíveis. Mas não são apenas as taças que definem a importância de Cruyff: a sua ideia de futebol, que privilegiava tanto a fortaleza de equipe quanto a liberdade individual para o craque se expressar, é o seu maior legado.

Não foi apenas a cidade de Barcelona e o clube que choraram a despedida do holandês. Todo o mundo, inclusive os que discordavam de suas ideias e entravam em longos e acalorados debatem, concordam ao aponta-lo como o único grande craque que foi maior ainda como treinador. Ocupa figura de protagonismo não apenas no Olimpo do futebol, mas do esporte como um todo.