Cria do Flamengo admite dificuldades em início de carreira: 'Sempre fui sozinho' | OneFootball

Com um gol pelo Flamengo logo em sua estreia como profissional, o meia Guilherme, de 18 anos, relembrou a trajetória antes de desembarcar no Rio de Janeiro. O Rubro-Negro tirou o atleta do sub-17 do Azuriz, em 2022, e o mantém nas categorias de base até hoje. Em 2024, veio a primeira partida no elenco principal.

E a estreia, certamente, ficará guardada para Guilherme. Contra o Cuiabá, pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro, o meia saiu do banco aos 11 minutos do segundo tempo e foi às redes aos 18 para anotar o primeiro gol como profissional. Com outro de Matheus Gonçalves, o Rubro-Negro levou a melhor por 2 a 1.

➕ Osijek anuncia saída de José Boto, novo diretor de futebol do Flamengo

Em entrevista ao GE, Guilherme relembrou o início de carreira, ainda na base, e admitiu que passou algumas dificuldades em termos de adaptação. O jovem, nascido no Paraná, sofreu com a distância em relação aos pais durante a caminhada.

"Tanto no Azuriz como em meu começo no Flamengo, sempre fui sozinho. Dividia apartamento com alguns meninos. Minha família se mudou esse ano, agora que eles estão morando comigo. Mas, da trajetória do Azuriz até eles se mudarem, sempre fiquei longe deles. Às vezes, as pessoas veem que fiz gol no profissional e não sabem o que aconteceu por trás disso", relembrou.

Ao contar sobre o início da carreira, Guilherme destacou o fato de ter saído de casa muito cedo e voltou a admitir que passou por um período difícil longe dos pais.

"Foi bem difícil. Eu tinha 13, quase 14 anos quando saí de casa para morar sozinho no Azuriz. Foi um período muito complicado porque nunca tinha ficado longe deles. No começo, meu avô me acompanhou, para que eu não fosse totalmente sozinho. Foi um cara que me ajudou bastante também. Com 13 anos, a gente ainda não podia alojar. Então, ficava em uma pensão com outros meninos", explicou Guilherme.

Chances com Filipe Luís

De acordo com Guilherme, o atual treinador do profissional do Flamengo, Filipe Luís, foi o grande responsável pelo aumento de chances no sub-20. O atleta admitiu que não vinha tendo muitas chances, mas tudo mudou com a chegada do ex-lateral.

"É natural, no primeiro ano de sub-20, você começar no banco e ir adquirindo seu espaço durante o ano. Quando o Filipe chegou, eu era reserva. Não estava jogando, não estava tendo tantas oportunidades, e ele foi um cara que acreditou muito no meu potencial e me colocou para jogar", destacou.

"Se não me engano, no segundo jogo dele no sub-20, contra o Bahia no Brasileiro, me colocou de titular. E fui feliz nesse jogo, joguei muito bem, dei uma assistência. A partir daí, não saí mais. Joguei praticamente todos os jogos com ele de titular", afirmou Guilherme.