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·16 de agosto de 2020

Coutinho, o rosto da gastança desenfreada no Barcelona pós-Neymar

Imagem do artigo:Coutinho, o rosto da gastança desenfreada no Barcelona pós-Neymar

Philippe Coutinho chegou ao Barcelona em janeiro de 2018 para ser o sucessor de Iniesta, pela perícia de seu passe, e de Neymar, para ocupar também o vácuo de habilidade deixado pelo brasileiro após sua ida para o PSG, ainda que suas características sejam diferentes tanto do espanhol quanto do companheiro de seleção brasileira. E como se a expectativa não fosse alta o bastante, o carioca ainda vestia a camisa blaugrana com o status de contratação mais cara já feita pelo clube: cerca de 120 milhões de euros foram pagos ao Liverpool.

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Um ano e meio depois, o Barcelona sentiu que Philippe Coutinho não servia para seus propósitos. O brasileiro, que teve passagem marcada pela irregularidade, acabou sendo emprestado ao Bayern de Munique. Os alemães já adiantaram que não vão pagar os 120 milhões para ficar em definitivo com o jogador.  Após outra temporada irregular, Coutinho saiu do banco de reservas dos bávaros para enfrentar sua antiga equipe, nas quartas de final da Champions League, quando os germânicos já venciam por 5 a 2. Deu a assistência para o sexto antes de marcar o sétimo e oitavo nos já históricos 8 a 2.

Coutinho, emprestado ao Bayern, em ação no 8 a 2 (Foto: Getty Images)

Enquanto a contratação mais cara do Barcelona contribuía, justamente contra o time com quem tem vínculo até 2023, para a maior goleada sofrida pelos catalães desde 1946, os outros dois jogadores mais caros da história do clube assistiam a tudo lá mesmo no Estádio da Luz, em Lisboa. Ousmane Dembélé (€ 138 milhões) nem mesmo saiu do banco de reservas, enquanto Antoine Griezmann (€ 120 milhões) entrou no segundo tempo e não conseguiu fazer muita coisa.

Dembélé chegou ao Barcelona para substituir Neymar, em 2017, enquanto Griezmann foi a última grande contratação para o ataque a não ter dado certo. Mas se existe alguém que simboliza os gastos exagerados do clube catalão, é impossível não citar Coutinho.

Coutinho, vestindo a camisa do Barcelona em 2019 (Foto: Getty Images)

Bastaria dizer que, se o Bayern for campeão da Champions League neste ano, o Barcelona terá que pagar € 5 milhões ao Liverpool – aumentando ainda mais o senso de humilhação pela forma como saiu da competição. Isso porque, quando conseguiu convencer o clube inglês a vender o brasileiro, os dirigentes blaugranas concordaram com uma série de cláusulas de desempenho que podem aumentar ainda mais o preço do ex-vascaíno – os valores totais podem chegar a € 140 milhões.

Uma destas cláusulas obriga, até este 2020, o Barcelona a pagar 100 milhões de euros além do que seria comum caso os catalães investissem em novos destaques dos Reds. Ou seja: se o Barça quisesse, por exemplo, tirar Sadio Mané do Liverpool, além de pagar o valor base pelo atacante ainda teria que colocar mais 100 milhões na mesa. Os dirigentes barcelonistas também concordaram em depositar € 20 milhões se Coutinho completar 100 jogos com a camisa blaugrana. O brasileiro, cujo futuro até o momento será o retorno ao Camp Nou caso não apareça alguma oferta, disputou 76 jogos.

Dentre os € 40 milhões extras que podia ganhar com o acordo, o Liverpool recebeu € 15 milhões. Neste período, já goleou o próprio Barcelona, com Philippe em campo, no caminho ao título europeu de 2019. E o Barcelona, desde então, não tirou o que conseguia do atleta e ainda sofreu com os gols do próprio Coutinho na humilhação sofrida contra o Bayern.

Em meio a toda esta situação é possível até argumentar que Philippe Coutinho possa ser a pior contratação na história do Barcelona. Mas apesar da irregularidade demonstrada pelo brasileiro desde então, este diagnóstico seria por culpa de tudo o que o clube catalão concordou em pagar. Não apenas por Coutinho, mas nestes últimos anos de gastos irresponsáveis e pouco pensados.