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·19 de novembro de 2020

Corrupções no Calcio: Totonero 1986

Imagem do artigo:Corrupções no Calcio: Totonero 1986

Após o famoso caso Totonero 1980, a Itália passou por outra grande polêmica que associou futebol a muito dinheiro sujo. Em suma, o novo escândalo envolveu jogadores, dirigentes e clubes das três primeiras divisões do Calcio. Com isso, o caso ficou conhecido como Totonero Bis ou Totonero 1986. O caso veio à tona quando conversas grampeadas  revelaram a cumplicidade de dois treinadores de diferentes times neste esquema.

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Com isso, o jornal El País mostrou, na época, que um jogo entre Perugia e Cagliari, de 1985, ocorreu de forma suspeita. Desse modo se desenrolou:


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“O Perugia marcou aos oito minutos, graças a um gol contra de Chinellato; Aos 73, Massi aumentou o placar para o Perugia, e Quagliozzi diminuiu a diferença seis minutos depois. Quando estava 1 x 0 no placar, o jogador do Cagliari Venturi jogou nas nuvens um pênalti que, se tivesse sido transformado, teria significado 1 x 1 ”.

Assim, a Polícia local e Armando Carbone (amigo de um dirigente do Napoli) descobriram o caso em 1986. Além disso, o fato ocorreu durante dois anos até o momento da descoberta. Desse modo, jogadores e cartolas de diversas equipes combinavam resultados e envolviam dinheiro nas negociações.

ENVOLVIDOS NO TOTONERO 1986

Diversos clubes de tradição da Itália participaram deste esquema. Entre eles, Lazio, Udinese, Palermo e Cagliari. Com isso, completam a lista o Lanerossi Vicenza, Triestina, Perugia, Foggia e Cavese. Como resultado, as suspensões aconteceram, porém variaram de time a time.

Em resumo, o Lanerossi Vicenza foi rebaixado da Serie A no ano seguinte. A Udinese, único destes na primeira divisão, perdeu nove pontos. Lazio e Cagliari, na Serie B, também perderam (-5 e -9 respectivamente). O Triestina perdeu cinco pontos em duas temporadas na segunda divisão, -1 em 85/86 e -4 em 86/87.

O Palermo chegou a perder cinco pontos quando esteve na Serie B durante 86/87. Além disso, o Perugia e o Cavessi ainda foram rebaixados à quarta divisão da Itália. Em seguida, 17 pessoas, entre cartolas e técnicos foram punidos com suspensões do esporte. Em suma, mais 34 atletas foram suspensos. As sentenças variaram de um mês a cinco anos.

CARREIRAS MANCHADAS

Assim, alguns jogadores ainda tiveram suas carreiras encerradas por conta do banimento da Federação Italiana. Franco Cerilli (Vicenza), Claudio Vinazzani (Lazio), Giovanni Lorini (Monza) e Maurizio Rossi (Pescara) foram os detentores desta sentença. Com isso, houveram dirigentes que foram também tiveram suas carreiras encerradas no esporte.

No caso dos cartolas, Guido Magherini, que já havia sido suspenso na época de jogador do Palermo no escândalo do primeiro Totonero, foi banido do futebol também como dirigente do Rondinella. Dessa forma, as exclusões também aconteceram com Guerino Amato (presidente do Cavese na época), Tito Corsi (Udinese), e Spartaco Ghini (presidente do Perugia).

Em resumo, este não foi o primeira, nem a última mancha deste tipo na Itália. Porém, foi uma das que mais teve envolvidos e punidos em toda a história do futebol. Além disso, houve transmissão na TV, e com isso, a imprensa teve acesso liberado. No final, as investigações consideraram que o núcleo dessa “máfia” visava mais alterar a tabela em si do que lucrar com esse esquema.

Foto destaque: Divulgação / Lazio

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