Central do Timão
·28 de novembro de 2024
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O Corinthians informou, em nota divulgada na última quarta-feira, 27, que ingressou com uma ação judicial junto ao Poder Judiciário do Estado de São Paulo, denominada Regime Centralizado de Execuções. A medida tem como objetivo concentrar as cobranças da esfera civil em uma negociação unificada, buscando garantir uma solução coletiva para o pagamento das dívidas e promover a estabilidade financeira do clube.
A decisão foi sugerida por uma Comissão Especial Mista, nomeada pelo presidente do Conselho Deliberativo Romeu Tuma Júnior e composta por membros da diretoria executiva e conselheiros, com a missão de estudar medidas jurídicas que possam auxiliar na reestruturação financeira do Timão, sem ônus advocatícios para o clube.
Foto: José Manoel Idalgo/Agência Corinthians
Formada pelos conselheiros Ademir de Carvalho Benedito, Felipe Legrazie Ezabella, Fernando do Amaral Perino, Herói Vicente, José Luís de Camargo, Leonardo Pantaleão, Marcelo Kahan Mandel, Paulo Roberto Bastos Pedro, Rozallah Santoro e Wesley Melo, além do ex-conselheiro Julio Kahan Mandel, e pelos diretores Pedro Silveira (financeiro) e Vinicius Cascone (jurídico), a comissão recomendou a reativação do Regime Centralizado de Execuções (RCE Cível) com o objetivo de evitar bloqueios judiciais, como os que resultaram na retenção de mais de R$ 50 milhões apenas em 2024.
O Corinthians havia adotado o RCE em 2022, por iniciativa do então diretor jurídico Herói Vicente, mas desistiu da medida cinco meses depois, alegando que o regime ficou esvaziado após o clube conseguir acordos com parte dos credores. No entanto, diante do aumento significativo de seus débitos, a comissão criada em 2024 concluiu que a reativação do processo se tornou imprescindível.
O pedido formal para o retorno ao RCE foi protocolado pelo clube na última terça-feira, 26, e prontamente aceito pela Presidência do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que o encaminhou para uma das varas especializadas da 1ª instância.
O clube também apresentou à Câmara Nacional de Resolução de Disputas da CBF (CNRD) uma proposta de pagamento coletivo para as dívidas acumuladas com jogadores, clubes e empresários. A iniciativa visa parcelar os débitos ao longo dos próximos anos, abrangendo processos já em andamento no órgão. A homologação da proposta, no entanto, ainda está pendente.
O Corinthians possui uma dívida aproximada de R$ 2,3 bilhões, dos quais R$ 710 milhões correspondem à pendência com a Caixa Econômica Federal pela Arena em Itaquera. Para resolver essa situação, o clube e o banco assinaram um Protocolo de Intenções com a Gaviões da Fiel, principal torcida organizada do Timão. Juntos, lançaram a campanha de arrecadação “Doe Arena Corinthians“, iniciada na última quarta-feira, com previsão de duração de seis meses. Até o momento, a campanha já arrecadou mais de R$ 5 milhões.
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