Futebol Latino
·20 de janeiro de 2024
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Em uma considerável reviravolta, o zagueiro Lucas Veríssimo passou de quase contratado em definitivo pelo Corinthians a reforço de um clube do Oriente Médio. Mais precisamente, o Al-Duhail (Qatar), equipe onde atua o ex-Corinthians Róger Guedes.
O jornalista Fabrizio Romano, nas redes sociais, construiu uma linha do tempo para explicar a ordem dos acontecimentos até a proposta do clube qatari. Proposta essa, aliás, robusta tanto no aspecto financeiro como suportada pela situação burocraticamente indefinida do atleta de 28 anos.
Com acerto verbal entre Timão e Benfica pela aquisição definitiva de Lucas Veríssimo, o contrato que seria assinado no último dia 15 de janeiro não foi preenchido e o Corinthians, tampouco, realizou o pagamento de oito milhões de euros (R$ 42,8 milhões). Mal sabiam as partes que isso seria, sobretudo, o princípio de uma brecha onde o Al-Duhail iria agir para atravessar as conversas.
A representação do Qatar abordou diretamente o Benfica com proposta de nove milhões de euros (R$ 48,2 milhões) e salário mais do que dobrado em relação aos vencimentos no Alvinegro. Com isso e sem qualquer impedimento contratual, Benfica e Lucas Veríssimo aceitaram a oferta. Deixando o Corinthians, inegavelmente, sem poder de reação.
“O clube lamenta, mas respeita a decisão do atleta. Vale ressaltar que havia um contrato para a sua permanência definitiva pronto para assinatura do jogador e seu staff desde o dia 4 de janeiro. Porém, com a nova proposta, ele optou por seguir sua carreira no país asiático”, publicou o clube em nota.
É evidente que acertos verbais são ferramentas importantes no avanço de qualquer negociação no futebol. Entretanto, os seguidos apontamentos da necessidade de maior profissionalismo e seriedade exigem que a questão documental não seja negligenciada. Visando, sobretudo, proteger os direitos de todas as partes envolvidas em qualquer transação. Nesse caso, mais especificamente, o Corinthians, maior prejudicado na situação.
Agora, às vésperas do início da temporada, o clube de Parque São Jorge se vê perdendo nome com condição de titularidade. Problema esse que, naturalmente, precisa ser solucionado, no curto prazo, pelo técnico Mano Menezes. E, em uma análise de planejamento de elenco no médio prazo, pela diretoria corintiana.