Corinthians cede camarote, camisa de treino e placa no CT por R$ 104 mil em camas e colchões | OneFootball

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Gazeta Esportiva.com

·22 de abril de 2024

Corinthians cede camarote, camisa de treino e placa no CT por R$ 104 mil em camas e colchões

Imagem do artigo:Corinthians cede camarote, camisa de treino e placa no CT por R$ 104 mil em camas e colchões

O Corinthians aceitou ceder espaço nas costas da camisa de treino da equipe profissional masculina, uma placa de publicidade no CT Joaquim Grava e um camarote, com capacidade para 12 pessoas na Neo Química Arena, em um contrato de permuta com a Gazin, uma indústria de colchões de Douradina, no Paraná.

Por todo esse pacote, a Gazin não vai repassar nenhum dinheiro ao clube. A empresa vai entregar ao Timão 64 “camas box” e 64 colchões, especificados em 62 camas e colchões de solteiro e duas camas e colchões de casal, tudo para ser usado no hotel do CT.


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Segundo o texto do próprio contrato, o qual a Gazeta Esportiva teve acesso, o valor de mercado dos produtos, somados, é de R$ 104,3 mil, sendo R$ 1.600 mil cada conjunto de solteiro e R$ 2.100 mil cada conjunto de casal.

Como base de comparação, o valor de mercado dos produtos que a Gazin vai entregar ao Corinthians representa menos de 25% do que o clube tem cobrado por um camarote na Neo Química Arena – cerca de R$ 420 mil por temporada.

Em janeiro deste ano, por exemplo, o ex-jogador e campeão mundial de Free Fire pelo Corinthians, Bruno “Nobru” revelou, durante uma transmissão ao vivo, que não teria mais camarote na casa alvinegra devido aos preços, que subiram na gestão Augusto Melo.

“Eu pagava lá no camarote 200 mil. Era “uma nota” (gíria para algo “caro”) anualmente, você tem que gostar muito do clube, mas, de certa forma, era investimento. O que a gente fez de networking e as pessoas que já levamos lá também era absurdo. Só que para esse ano dobrou. Para ter um camarote na Arena esse ano é R$ 400 mil. Não estamos com esse budget (orçamento)”, comentou Nobru.

Rozallah Santoro, atual diretor financeiro do Corinthians, também já falou sobre os novos valores cobrados pelos camarotes da Neo Química Arena.

“O camarote na Neo Química Arena vale o que entendemos que vale, porque tem gente que compra. Se eu tenho pessoas comprando camarotes no preço novo, vamos vendendo nesse preço”, explicou o dirigente, em entrevista ao Meu Timão.

À Gazin, além do camarote, o Corinthians também aceitou liberar uma placa de publicidade do CT e a exposição da marca na camisa de treino do time masculino.

O acordo foi negociado por Sérgio Moura, superintendente de marketing do Corinthians, e tem validade até o fim de 2024.

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A Gazin já está ocupando espaço nas costas da camisa de treino do elenco (Foto: Rodrigo Coca/Corinthians)

MAIS PERMUTA Em março, o Corinthians já tinha fechado outra permuta. A TOTVS, empresa de sistemas e software que tem parceria com o clube desde setembro de 2021, renovou o vínculo com uma novidade: o direito a expor a marca na barra traseira da camisa de jogo do time masculino por 30 dias.

A TOTVS  já esteve na camisa dos jogadores nos jogos contra Atlético-MG, Juventude e Red Bull Bragantino, e ainda estará naquele espaço da camisa nas partidas do Timão contra Argentinos Jrs-ARG, Fluminense, América-RN, Fortaleza, Nacional-PAR e Flamengo.

O contrato do Corinthians com a TOTVS ainda garante a exposição da marca na parte traseira do calção da equipe feminina de futebol até 30 de junho de 2025, além do uso de um camarote na Neo Química Arena, para 12 pessoas, até o fim de 2026.

Como o acordo é por permuta, o pagamento da TOTVS por esse pacote não será em dinheiro. A empresa vai continuar fornecendo ao clube suporte e plataformas de sistemas operacionais administrativos e financeiros.

O valor total do contrato entre Corinthians e TOTVS, com todas as entregas e contrapartidas, está avaliado em R$ 5,5 milhões. A barra traseira da camisa do time masculino teve uma cotação, nesta permuta, de R$ 1,6 milhão pelo período.

SILÊNCIO O Corinthians preferiu não anunciar nenhuma das duas parcerias feitas por meio de permuta. Não houve qualquer manifestação oficial, nenhum release à imprensa ou comunicado ao torcedor.

A Gazeta Esportiva procurou o clube para tratar sobre os dois contratos, mas o Corinthians preferiu não se manifestar.

ESPAÇOS VAGOS O Corinthians virou o ano com o uniforme totalmente preenchido por patrocinadores e uma camisa que rendia R$ 123 milhões, valor que ficava atrás apenas do Flamengo à época.

Neste momento, porém, o clube tem quatro espaços vagos no uniforme: a barra fontal, a barra traseira, a omoplata e o meião.

A Tele Sena foi a última a se desvincular. A empresa do ramo de título de capitalização preferiu rescindir o acordo três meses antes do fim do vínculo. Por isso, o clube deixou de receber uma parcela de R$ 2,5 milhões e ficou com R$ 225 mil da multa rescisória – 10% sobre o valor de contrato não cumprido.

PROMESSA DE R$ 200 MILHÕES A missão de encontrar parceiros, colher novas receitas e elevar o valor conseguido pelo clube com o uniforme da equipe de futebol é de Sérgio Moura, o “homem forte” do marketing do Corinthians e que trabalha com Augusto Melo desde a primeira campanha eleitoral do atual presidente.

Em dezembro de 2023, já eleito, Augusto falou com otimismo sobre o tema. “Nossa camisa vai explodir e vai para mais de R$ 200 milhões”, garantiu o mandatário em entrevista à TV Bandeirantes.

Durante o anúncio do acordo com a VaideBet, em janeiro deste ano, Augusto reforçou. “Quando falei isso, que nossa camisa valeria mais de R$ 200 milhões, deram risada. Vai ser maior do que isso. É a credibilidade que estamos passando”.

Para cumprir a promessa de Augusto, o departamento de marketing do Corinthians vive dias de pressão e continua no mercado em busca de parceiros e novos contratos.

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