
Central do Timão
·21 de julho de 2025
Corinthians apresenta novo plano à Justiça para pagamento de dívidas no RCE

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·21 de julho de 2025
O Corinthians protocolou na Justiça um novo plano de pagamento de parte de suas dívidas, como etapa do processo de adesão ao Regime Centralizado de Execuções (RCE), segundo o ge.globo. O mecanismo permite ao clube reunir todas as execuções judiciais em um único juízo, evitando bloqueios de contas e garantindo maior previsibilidade financeira.
Inicialmente, o clube propôs o parcelamento de R$ 367 milhões em um prazo de dez anos. No entanto, após a análise do administrador judicial do processo, o valor reconhecido foi reduzido para R$ 190 milhões. Esse montante engloba débitos com empresários, fornecedores e atletas (especialmente referentes a direitos de imagem). Ficaram de fora do RCE as dívidas tributárias e o financiamento da Neo Química Arena junto à Caixa Econômica Federal.
Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians
Na proposta original, o Corinthians pretendia destinar 4% de suas receitas recorrentes — como direitos de transmissão e patrocínios — ao pagamento dos credores do RCE. Os credores, por sua vez, reivindicavam 20%, percentual considerado inviável pela diretoria alvinegra. Agora, o clube propõe um modelo escalonado:
Receitas recorrentes: 4% no primeiro ano, 5% no segundo, e 6% a partir do terceiro ano.
Receitas com venda de jogadores: 5% no primeiro ano, 6,5% no segundo, e 8% a partir do terceiro ano.
A proposta também estabelece diferentes categorias de credores. Os chamados “credores parceiros”, que mantiverem vínculo com o clube após a adesão ao RCE, teriam direito a 35% do valor arrecadado no plano. Já os “credores preferenciais”, como idosos, gestantes e pessoas com doenças graves, receberiam 25%.
Como exemplo, o clube apresentou uma simulação de pagamento mensal de R$ 3 milhões, a serem distribuídos entre as categorias de credores de acordo com os percentuais propostos. Confira abaixo:
Foto: Reprodução
As dívidas com credores ordinários, preferenciais e parceiros seriam corrigidas pela taxa Selic. Já os débitos com credores aderentes teriam como índice de correção a inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
O plano ainda depende de aprovação judicial para entrar em vigor. A expectativa do Corinthians é de que, com o RCE, consiga eliminar os frequentes bloqueios judiciais em suas contas e estabelecer um fluxo financeiro mais previsível, considerado essencial para a reestruturação econômica do clube.
Paralelamente, o clube firmou um acordo com a Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD), da CBF, para o pagamento de R$ 76 milhões em dívidas com clubes, atletas e empresários. No entanto, a primeira parcela do acerto, com vencimento na semana passada, ainda não foi paga.
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