FNV Sports
·26 de novembro de 2020
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·26 de novembro de 2020
Desde a categoria de base até a equipe profissional dos clubes de futebol existem jogadores e comissões técnicas muito capacitadas de grandes coisas. Na final da Copa do Rei de 1979/80, dois times do mesmo clube mostraram isso, brigando pelo título. A coluna Navegando pela La Fúria dessa semana conta a história do dia em que o Real Madrid enfrentou o Real Madrid Castilla.
Na década de 70, pouco se falava sobre os times juvenis, principalmente na Espanha. Até 1991, os times B (ou juvenis) eram considerados clubes separados em terras espanholas. Contudo, as equipes nunca poderiam competir na mesma divisão. Porém, o Real Madrid Castilla, o time B do Real Madrid, conseguiu disputar a Copa do Rei. Foram poucas oportunidades em que os elencos faziam boas atuação, o que lhes permitiam competir no torneio além das primeiras rodadas.
O Real Madrid Castilla e as demais equipes juvenis, que chegaram a totalizar 18 no torneio, haviam sido proibidos de enfrentar os seus times principais até as semifinais. Assim, novamente, a equipe conseguiu chegar à final. Além disso, com jogadores com menos de 23 anos, o elenco fez uma ótimo campanha.
Nos playoffs, a equipe do Hércules sofreu. Na ida, os madrilenhos perderam por 4 x 1. Contudo, na volta surpreenderam. O clube conseguiu se recuperar e anotou 3 x 0 no tempo regular. Na prorrogação, Valentin Cidón marcou mais um, fazendo o Real Madrid Castilla avançasse. As próximas vítimas foram o Extremadura, por 10 x 2, o Alcorcón, por 5 x 1, e o Racing Santander, por 3 x 1.
Com ótimos resultamos, o time avançou para as oitavas de final, onde era a vez de enfrentar o Athletic Club. No duelo de ida, os clubes ficaram no empate em zero. Contudo, na volta, os Merengues venceram por 2 x 1, fora de casa, em Bilbau. Assim, na sequência, a Real Sociedad, a grande líder do Campeonato Espanhol no momento, enfrentou os Blancos. Na ida, os bascos venceram por 2 x 1. No entanto, com 100 mil torcedores e em casa, o Real venceu por 2 x 0. Os gols foram de autoria de Paco e Sánchez Lorenzo.
Na semifinal, foi a vez de encontrar o Sporting de Gijón. No jogo de ida, não tiveram um bom resultado, resultando em um 2 x 0 para os seus adversários. Entretanto, na volta tudo mudou. E a classificação veio através de uma goleada. Venceram e carimbaram a ida à final por 4 x 1. Era o terceiro clube da segunda divisão a chegar em uma final da Copa do Rei.
“Nós éramos um time com jovens que saiam para jogar futebol e isso surpreendeu. Quando um time passa a bola com fluência, corre como nós e tem juventude, qualquer oponente que não estivesse preparado seria deixado para trás”, comenta Ricardo Gallego, jogador do elenco na época.
O jogo aconteceu no dia 4 de junho. O Real Madrid A tinha chegado na final após vencer o Atlético de Madrid nas penalidades. A casa estava lotada. Eram mais de 65 mil pessoas vendo qual dos Merengues levantariam a taça. Assim, o clima era de familiaridade e amistoso, visto que o troféu permaneceria em casa.
No primeiro tempo, até que o Castilla tentou. Mas não conseguiram segurar a equipe A do Real Madrid. Até o intervalo, o Juanito e Santillana já haviam aberto o placar. Dessa maneira, o segundo tempo não foi muito diferente. Andrés Sabido e Vicente del Bosque aumentaram a diferença do placar.
O gol de honra saiu dos pés de Ricardo Álvarez, que deixou o placar no 4 x 1. García Hernandez e Juanito, novamente, marcaram, transformando o jogo em uma goleada. Assim, o árbitro deu o apito final, e o jogo se encerrou em 6 x 1. O Real Madrid A ficou com título.
Mesmo não conquistando o torneio, a chegada do Real Madrid Castilla à final da Copa do Rei fez com que o clube percebesse a grande importância das categorias de base. Assim, isso foi um chamado para que dessem uma maior atenção para os garotos. Isso fez com que a equipe tivesse em seu elenco grandes novas, principalmente da Era Galáctica. Enquanto isso, o Castilla não deixou de ser um grande vitorioso, já que se classificou para a Champions League.
Foto destaque: Reprodução/Meu Madrid
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