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·21 de maio de 2025

Conselho Deliberativo do Flamengo aprova empresa nos EUA para fugir de impostos no Mundial

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Nesta terça-feira (20), o Conselho Deliberativo do Flamengo aprovou a criação de uma empresa do clube nos Estados Unidos durante o Mundial de Clubes. Com 177 votos a favor, os conselheiros formalizaram o plano financeiro do clube para diminuir os impostos sobre a premiação do torneio da Fifa.

Ao todo, 206 membros do conselho participaram da votação. Foram 177 votos a favor, 17 contra a aprovação das contas e 12 abstenções. O assunto foi apresentado aos conselheiros na última quarta-feira (14), e a votação aconteceu de forma urgente pelo pouco tempo até o início da competição. O Mundial acontece entre 14 de junho e 13 de julho.


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O objetivo do Rubro-Negro é diminuir as tarifas que podem variar de 30% até 46% a depender da cidade onde o clube jogue. Valor cobrado para sobre o lucro de empresas estrangeiras em território norte-americano, parte da nova política fiscal do presidente Donald Trump.

A criação de uma empresa temporária para registro dos atletas exclusivamente durante o torneio reduz esse índice para cerca de 21%, índice de empresas dos EUA. Essa estratégia foi montada após parecer de um advogado norte-americano. A estratégia foi recomendada por duas empresas especialistas no tema que prestam consultoria ao clube: Sands Anderson PC e Ernst & Young (divisão de consultoria tributária).

O primeiro pagamento da Fifa será no dia 29 de maio, no valor de 11,7 milhões de dólares (R$ 66 milhões). A diretoria destacou que, caso não fosse constituída a empresa, o impacto tributário serio "integral e oneroso".

Entenda o plano do Flamengo para reduzir os impostos dos EUA

De acordo com a explicação, a manobra fiscal pode reduzir os impostos dos EUA para até 15% do total. Isso porque o clube planeja receber parte do montante no Brasil como receita de imagem ou de marca, valor que não passaria pela taxa dos EUA.

Dessa forma, os 21% de impostos seriam cobrados apenas sobre a parcela de premiação que o Flamengo receber em solo estrangeiro. Isso porque o clube planeja não receber todo o valor é receber parte da premiação da Fifa no Brasil como receita de imagem ou de marca.

"Se a gente abrir uma empresa lá e a FIFA pagar um pedaço por fora, a gente paga 21% sobre um número que é menor do que os 100% (de premiação). Talvez dê uns 15, 16% no fim das contas de impostos [sobre o total]", afirmou Bap na reunião do dia 14.

Quanto o Flamengo deixa de perder

Flamengo receberá US$ 15,21 milhões (cerca de R$ 86 milhões) apenas pela participação no Mundial de Clubes. Esse montante é dividido em 7.800 milhões alvos das taxas e outros 7.320 milhões livres de impostos nos EUA. E, sem a empresa, a projeção do clube é perder quase mais de 50%

A apresentação no Conselho Deliberativo aponta que o clube seria obrigado a pagar mais de 6 milhões de dólares (R$ 33,9 milhões) em impostos no país estrangeiro. Somando a outros descontos, o lucro líquido pela participação seria de 6,79 milhões de dólares (R$ 38.3 Mi), o que representa apenas 44% do total.

Agora, com a empresa nos EUA para registrar os jogadores e maior liberdade para administrar os valores, o Rubro-Negro estima que consegue permanecer com 12,45 milhões de dólares. Montante que representa 70,3 milhões de reais na cotação atual.

Lembrando que esse valor é apenas pela participação no torneio. Premiação que aumenta conforme o clube vencer partidas e conquista classificações no torneio.

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