FNV Sports
·15 de outubro de 2020
In partnership with
Yahoo sportsFNV Sports
·15 de outubro de 2020
Uéslei Raimudo Pereira da Silva, também conhecido como Uéslei Pitbull, foi revelado pelo Bahia. Durante o início do século, o brasileiro fez um enorme sucesso no Japão, disputando a J-League. Na Terra do Sol Nascente, jogou em três times: Nagoya Grampus, Sanfrecce Hiroshima e Oita Trinita, marcando 150 gols em 273 jogos.
Assim, a coluna Samurais da Bola traz nesta semana a história desse jogador, que tornou-se ícone em dois países muito diferentes em diversos aspectos, porém com uma paixão em comum: o futebol.
Nascido em Salvador (BA), no ano de 1972, iniciou sua jornada aos 11 anos, nas categorias de base do Bahia. Com isso, fez sua estreia no profissional em 1991, pelo próprio Tricolor Baiano. Em sua primeira passagem pelo clube, jogou até 1994, marcando 18 gols.
Seu apelido não veio ao acaso. Devido ao seu porte físico, quando arrancava em direção ao ataque, dificilmente era parado. Assim, ficou conhecido como “pitbull”, nome que o acompanhou durante toda a sua carreira.
Além disso, dedicação nunca faltou. Uéslei jogou em diversas posições antes de se tornar um atacante. Sendo assim, atuou também como lateral e volante. Contudo, para o jogador não havia problema. Isso pois sempre foi movido pela vontade de ser um atleta profissional e ajudar sua família. Apesar disso, não demorou para que descobrisse a sua maior qualidade em campo: fazer gols.
Desse modo, o pitbull atuou no Campeonato Brasileiro até o ano de 2000. Passou por clubes como Guarani, Flamengo, São Paulo, Cruzeiro, Internacional, Atlético Mineiro e Vitória, o maior rival da sua equipe de origem. No entanto, continuou sendo tricolor de coração.
Chegou ao Nagoya em 2000 e fez história. Afinal, marcou 100 gols em 151 jogos. Depois de sua primeira experiência com o futebol japonês, voltou ao Brasil. Durante essa época, acabou tendo que lidar com o pior momento de sua carreira. Isso porque caiu para a Série C com o Bahia. Após essa triste fase, retornou ao Japão. A partir daí, atuou pelas equipes Sanfrecce Hiroshima e Oita Trinita, clube pelo qual se aposentou, em 2009.
Disputou a J-League entre os anos de 2000-2004 e 2006-2009, sendo chamado de pitbull também pelos torcedores japoneses. Com isso, Uéslei tornou-se um ídolo do futebol japonês. Também recebeu o prêmio de artilheiro do Campeonato Japonês em 2003. Isso porque balançou as redes 25 vezes naquele ano. Desse modo, o brasileiro não foi somente um ícone do Nagoya, mas também um dos maiores artilheiros da história da liga japonesa.
Além disso, outra característica também ficou marcada durante seu período no Japão: seus hat-tricks. Uéslei fez três gols na mesma partida em seis jogos diferentes. Ainda marcou quatro tentos em um mesmo duelo duas vezes. O brasileiro simplesmente não desperdiçava!
Dessa maneira, assim como Zico, Bebeto, Dunga, entre outros, deixou a sua marca e ajudou a construir a relação entre Brasil e Japão que existe atualmente dentro do futebol.
Embora tenha vivido um momento conturbado durante a sua 3ª passagem, o ex-jogador não esconde seu afeto pelo Bahia. Paixão essa que é recíproca. Afinal, mesmo que tenha atuado no maior rival do tricolor, ainda é aclamado pelos torcedores da ex-equipe. Isso não somente por sempre declarar sua torcida e seu amor pelo time, mas também por seus belos gols e atuações. Uéslei marcou 140 tentos pelo clube e é o 4º maior artilheiro da história do Tricolor Baiano.
Além disso, o pitbull cita o ano de 1999 como o melhor de sua carreira. Isso porque foi o jogador com mais gols no Brasil e artilheiro da Série B na época, atuando pela equipe de Salvador. Assim, seu amor pela instituição não poderia ser diferente.
Foto destaque: Reprodução/YahooJapan