Conheça Stephanie Noronha, goleira da Seleção Brasileira Sub-17 | OneFootball

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·04 de agosto de 2020

Conheça Stephanie Noronha, goleira da Seleção Brasileira Sub-17

Imagem do artigo:Conheça Stephanie Noronha, goleira da Seleção Brasileira Sub-17

A princípio, foi anunciado nesta segunda-feira (3), o retorno aos treinos da Seleção Brasileira Feminina Sub-17. Dessa forma, as atletas irão se preparar para o Campeonato Feminino Sul-Americano Sub-17, que acontece no Uruguai, no mês de novembro. O que chama a atenção na convocação, é o número de convocadas que defendem a camisa do São Paulo. Entre as sete jogadoras do Tricolor que chamaram atenção da técnica Simone Jatobá, está a goleira Stephanie Noronha de 16 anos. Recentemente, o Futebol na Veia teve a oportunidade de conversar com a arqueira, sendo então, este bate-papo o foco da matéria.

CARREIRA

Oriunda de Itu, cidade paulistana, Stephanie sentiu a paixão pelo futebol emergir desde cedo. Observando o irmão jogar bola aqui e acolá, a jovem descobriu o interesse em comum. Passou por diversas escolinhas onde jogava com meninos. Quando tinha seis anos, começou a treinar especificamente sua posição com Kiko Lima, na KFC Escola de Goleiros, local que frequentou por quatro anos. Assim, quando completou 10 anos, foi para o Centro Olímpico, conhecido pela excelência no futebol feminino e por “descobrir” grandes talentos para a Seleção Brasileira. Sendo este o caso de Stephanie, que foi convocada nesta mesma época -com 10 anos- pela Seleção no Rio de Janeiro, em Pinheiral.


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Durante esse período, a atleta frequentou o Centro Olímpico por quatro anos. Contudo, houve idas e vindas durante essa passagem, pois não tinha condições de viajar três vezes na semana. Afinal, morava em Itu, interior de São Paulo, e os custos acabavam saindo do orçamento. Então, recebeu o contato do São Paulo, onde está atualmente. Todavia, também passou por alguns obstáculos, já que o clube não contava com alojamento e novamente o deslocamento tornava-se insustentável. Logo na sequência, a goleira mudou-se para Criciúma (SC), onde ficou apenas um mês com muitas dificuldades. Depois, foi para o time São José e ficou um ano por lá. Enfim, o Tricolor Paulista ofereceu alojamento e fechou contrato com Noronha.

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PING-PONG COM STEPHANIE NORONHA

Você sempre teve interesse em ser goleira ou foi pelo acaso?

“Na verdade por causa do meu irmão eu comecei a jogar na linha… aí não deu certo, eu fazia gol contra e pegava a bola do meu próprio time (risos). Meu pai acabou me perguntando se eu queria uma roupa de goleira para eu tentar ir no gol, e acabou dando certo! Desde os meus 6 anos de idade estou no gol.”

Você disse que no começo teve que jogar com meninos. Como era isso? Havia algum preconceito?

“Para mim, jogar com meninos me ajudou muito porque fez eu amadurecer mais rápido e pegar muito mais experiência… mas o preconceito sempre teve nos piores e melhores momentos.”

Como é estar hoje no São Paulo? Você pensa em chegar ao profissional com o próprio clube?

“Para ser sincera eu agradeço muito por estar no clube que estou hoje, eles se importam muito com nós atletas e temos muito apoio de todos. Acho que chegar no profissional do time que você joga, é meta pra qualquer jogadora, eu gostaria muito.”

O que você acha que falta para o futebol feminino crescer no Brasil?

“Para crescer mais eu acho que precisamos de mais investimento nos clubes e nas escolas, e eu acho que isso é uma das partes que já melhorou. Em vista de antes que não tínhamos nada de investimento ou qualquer coisa do tipo agora está muito melhor e a tendência é melhorar.”

Quem são as suas maiores inspirações no futebol feminino?

“Para falar a verdade inspiração eu não tenho… mas eu admiro muito a Aline Reis que também é da Seleção.”

Falando em Seleção, como foi a sua primeira convocação?

“A minha primeira convocação foi com 10 anos em 2013. Eu era toda inocente e não tinha a noção da importância que era estar lá, eu fui e mostrei meu trabalho e depois de dois anos eu voltei e comecei a ir para as convocações.”

Como é a sensação de defender o seu país? E tem algum jogo favorito?

“Representar o meu país não tem coisa melhor! Saber que tudo deu certo, o esforço do começo que valeu a pena agora não tem preço e não tem sensação melhor quando estamos com o peso e a responsabilidade dessa camisa! Teve vários amistosos, mas teve um torneio em Portugal que fomos participar, ganhamos o primeiro jogo contra a Áustria e eu acho que esse jogo eu consegui me destacar mais.” Stephanie em campo pela Seleção (Foto: Arquivo Pessoal)

Como é a pressão de ser goleira?

“Pra mim é uma pressão gostosa de sentir e responsabilidade que a gente carrega é muita mas é boa. Mas claro que também é complicado, se você errar é direto pro gol então a concentração tem que ser muita.”

E como você se vê daqui a cinco anos?

“Se Deus quiser com minha casa, meu carro e atuando em um time fora do Brasil.”

Por fim, que conselho você compartilharia para uma menina que sonha em jogar futebol?

“Eu diria para seguir em frente com o que gostaria de praticar e independentemente dos obstáculos seguir com a cabeça erguida que o resultado vai chegar.”

Foto Destaque: Divulgação/Arquivo Pessoal

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