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·16 de outubro de 2020
Conheça Manoel Miluir, técnico brasileiro que dirigiu a seleção de Andorra

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·16 de outubro de 2020
O futebol brasileiro é cercado por personagens que não tem espaço ou reconhecimento merecido. Dessa forma, a Coluna Lado B do Futebol mostra a história de Manoel Miluir. Assim, ele, que teve início no futebol brasiliense, passou também por outras várias equipes. Porém, teve seu ápice, dirigindo a Seleção de Andorra. Conheça a história.
A princípio, começou a carreira na equipe do Pederneiras, assim fez parte do time campeão em cima do Vila Matias, pelo Campeonato Brasiliense das categorias juvenis em 1966. Posteriormente, em 1967, ainda com idade para atuar nas categorias de base voltou a ser o vencedor só que dessa vez pelo Rabello.
Ainda nos campos do Distrito Federal, só que dessa vez como profissional atuou pelos profissionais do Rabello. Dessa forma, participou do time vice-campeão Brasiliense. Porém, teve participação mais como jogador para compor elenco, entrando mais nos decorrer das partidas.
Entretanto, foi neste clube que passou a admirar o trabalho do treinador argentino Hector Gritta. Logo, o jeito como comandava os treinos, e sua performance como gestor de um elenco, que na visão de Miluir o mesmo era um líder nato. Do outro lado, após passar um período de 1970 no Coenge, do Gama, teve sua volta confirmada ao Carioca para a disputa do Campeonato Brasiliense. Em suma, marcou quatro gols em oito partidas disputadas.
Surpreendentemente, seus últimos instantes como jogador de futebol ocorreram em 1971, na equipe do Minas Brasília Tênis Clube. Desse modo, passou a se interessar e investiu em uma nova carreira, a de preparador físico. Sendo assim, cursou a faculdade de educação física, em Brasília-DF.
Manoel Miluir, em 1980, iniciou a carreira de preparador físico nos juvenis do Brasília Esporte Clube. Nesse mesmo período integrou também a Seleção Brasiliense de juvenis, onde ficou por três anos. Na sequência, em 1981, foi eleito o melhor preparador físico do Campeonato Brasiliense, em premiação realizada pela equipe do esporte do jornal de Brasília. Posteriormente, em novembro de 1981, não pôde participar de uma excursão feita pelo Brasília, pois estava servindo a seleção brasileira de juniores.
Desse modo, de 1984 a 1986 foi técnico das equipes de base da ASBAC-DF e da seleção de juniores de Brasília e, em 1987, foi trabalhar no exterior. Logo, treinou “Os Marialvas“, time da segunda divisão portuguesa. Porém, foi em em 1988 que assumiu o Calheta F. C, clube da ilha de São Jorge, do Açores, em Portugal.
Após, foi para o Sporting de Portugal, a convite de José Bonetti, para comandar as equipes juvenis e juniores, onde permaneceu por seis anos. Logo, em sua passagem pelo Sporting, Manoel Miluir foi o responsável por revelar bons jogadores, entre eles Luís Figo e outros destaques da terrinha.
Posteriormente, seguiu para Angola, treinar um equipe filiada dos portugueses, o Sport Club Luanda. Ao retornar de Angola realizou um trabalho junto o Elvas, equipe da segunda divisão, em 1994. Após, em 1997, esteve em Hong Kong, onde trabalhou no Happy Valley e retornou quando teve um convite para treinar a Seleção de Andorra.
Permaneceu em Andorra por três anos, de 1997 a 1999, disputando as Eliminatórias da Euro-2000, contra a França, Rússia, Ucrânia, Irlanda, Armênia e Estônia, tornando-se o segundo brasileiro dirigir uma equipe europeia.
Porém, após dirigir a Seleção de Andorra, Miluir foi para o México, trabalhou no Puebla, em 1999. Assim, em 2000 esteve no Cintra-Constellación, de Yaoundé, em Camarões e, no mesmo período retornou a Portugal onde se instalou no S. C. Freamunde até setembro de 2001. Em 2002 chegou a América do Sul, precisamente no Juan Aurich, no Peru.
Entretanto, após 15 anos, retornou ao Brasil, em 2002. Logo, assumiu o Brasília, lanterna do Campeonato Brasiliense, contra o Sobradinho. Porém, na chegou a ficar nem um mês no clube, alegando problemas pessoais.
Em novembro da mesma temporada, foi para o Potiguar, de Mossoró, onde foi campeão estadual, pela primeira vez com o clube. Na sequência, dirigiu o AJMAN F.C. e regressou em 2005 para comandar o Baraúnas, também de Mossoró, onde fez excelente campanha na Copa do Brasil. No mesmo ano, foi um dos responsáveis pelo acesso do América à Série B do Campeonato Brasileiro. No ano seguinte, foi treinador do Potiguar, de Mossoró, e em 2007, do Baraúnas.
Contudo, retornou aos Emirados Árabes em 2007, para dirigir o Al-Orooba. De novo no Brasil, nos anos de 2008, esteve a frente do Potiguar, de Mossoró. Em 2010, foi técnico do Assu-RN, e regressou ao futebol brasiliense, quando treinou o Cruzeiro na segunda divisão do DF. Foram seis jogos apenas na frente da equipe.
Foto destaque: Reprodução/História do Futebol brasiliense