FNV Sports
·22 de setembro de 2020
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A Coluna Lado B do Futebol desta terça-feira (22) segue trazendo entrevistas com grandes nomes do futebol. Assim, atuando pelo Torpedo Zhodino, da Bielorrússia, Gabriel Ramos ganha destaque cada vez mais no futebol. O jogador tem chamado a atenção e conquista um grande espaço em Belarus.
Com passagem pelo Bahia e Flamengo, nas categorias de sub-20, Gabriel chegou ao profissional através do Cuiabá. Assim, foi emprestado pelo Rubro-Negro e teve cinco participações dentro das quatros linhas pelo time. Dessa forma, na sequência, foi para o Dinamo Batumi, da Geórgia. Por lá, ficou um pouco mais que dois anos.
Em março de 2020, chegou ao Torpedo, onde disputa a Visshaya Liga. O brasileiro chamou bastante atenção em abril. Como a Bielorrússia foi um dos únicos países a não paralisarem o futebol, o jogador continuou em atividade. Assim, foi considerado o melhor atleta do mês do Campeonato de Belarus. Gabriel Ramos já foi campeão estadual mato-grossense. Além disso, conquistou o Campeonato Baiano e a Segunda Divisão da Geórgia.
“Eu gostava de jogar bola desde pequeno. Comecei com cinco anos no futsal, que meu pai me levava, e depois com sete ou oito anos eu fui para o campo. Assim foi até os 14, quando passei nos testes das categorias de base do Esporte Clube Bahia.”
“Meu contrato estava acabando no Dínamo Batumi e eu não queria renovar. Procurava uma liga mais forte para meu futebol crescer, então o Torpedo Zhodino, da Bielorrússia, se interessou. Acabei gostando da proposta e assinei por uma temporada.”
“A adaptação foi muito rápida, porque eu já tinha essa experiência de jogar na Europa por um ano e meio. Além disso, já sabia como era, mas o mais difícil com certeza é a língua. De resto foi tudo tranquilo.”
“O futebol daqui é muito intenso e de muita força física. A diferença do futebol brasileiro é essa. No futebol brasileiro a intensidade é mais baixa. Você tem muito mais espaço para pensar com a bola antes do marcador chegar. Enquanto isso, aqui você não tem muito esse tempo para pensar.”
“Tenho como ídolos e inspirações para minha carreira o Ronaldinho, Messi e Neymar.”
“Minha maior realização é poder ter a oportunidade de estar jogando futebol e de ter conseguido virar um jogador profissional como sempre sonhei desde criança. Meu maior sonho é jogar no Barcelona um dia.”
“Infelizmente sinto muita saudade da minha família. No entanto, tudo é questão de costume. Tento estar próximo deles o máximo possível, seja pelo FaceTime, WhatsApp, etc.”
“No momento não pretendo. Quero fazer minha carreira na Europa, mas se rolar alguma proposta quem sabe eu não volte ao Brasil. Não tenho preferência de clubes brasileiros, mas gostaria de jogar no Bahia e no Flamengo por conta de ter tido minha formação de base em ambos.”
“Quero chegar a jogar em um grande clube da Europa, disputar os melhores campeonatos do mundo e, se Deus quiser, vestir a camisa da Seleção Brasileira.”
“Quando estava prestes a assinar um contrato com um clube da Letônia e tive que fazer uma cirurgia de emergência. Isso me marcou muito, porque tive que voltar ao Brasil e ficar sem clube até me recuperar. Assim, foi quase começar tudo do zero novamente.”
“Ainda há muitos sonhos e objetivos que quero realizar na minha carreira e na minha vida. Sou novo e tenho muitas metas a serem batidas profissionalmente.”
“Aqui foi o único país que não parou o futebol na pandemia do coronavírus. No começo fiquei preocupado, mas depois fui me tranquilizando porque o clube e a federação deram todo o suporte para continuarmos jogando.”
Foto destaque: Divulgação/Torpedo Zhodino