Confronto a confronto, um mini-guia das quartas de final da Liga Europa | OneFootball

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Trivela

·13 de abril de 2023

Confronto a confronto, um mini-guia das quartas de final da Liga Europa

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A Liga Europa chegou às quartas de final. E com camisas pesadas. O sorteio evitou que Manchester United e Juventus se enfrentassem, mas ainda colocou o Sevilla no caminho dos Red Devils. Apesar da péssima temporada, o clube espanhol nunca pode ser descartado no torneio em que é especialista. A Velha Senhora medirá forças contra o Sporting, responsável pela eliminação do líder da Premier League, e Feyenoord e Roma farão uma reedição da final da Conference League. E sempre tem uma zebra: a Union Saint-Gilloise tentará manter uma caminhada surpreendente contra o Bayer Leverkusen. Preparamos um guia express para você ficar por dentro de todos os clubes que começarão a disputar vagas nas semifinais nesta quinta-feira.

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Rashford, do Manchester United (Foto: DARREN STAPLES/AFP via Getty Images/One Football)


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O Manchester United precisava dar uma resposta, depois de levar 7 a 0 do Liverpool, e o fez com louvor, goleando o Betis no jogo de ida das oitavas de final. Antes, precisou passar pela repescagem porque, embora esteja evoluindo sob o comando de Erik ten Hag, não conseguiu ficar à frente da Real Sociedad na fase de grupos. Talvez até tenha sido bom porque a dura e pesada eliminatória contra o Barcelona lhe rendeu muito moral e confiança para o restante da temporada. Um lugar entre os quatro primeiros colocados na Premier League está encaminhado, em uma disputa cabeça a cabeça com o Newcastle. Conquistou a Copa da Liga Inglesa e tem o Brighton pela frente para chegar à final da Copa da Inglaterra.

No geral, está sendo uma temporada muito positiva, apesar do vexame em Anfield, e parece finalmente no caminho certo. Pelos recursos e jogadores que tem à disposição, talvez seja o principal favorito ao título da Liga Europa. Casemiro perdeu sete das últimas nove rodadas da Premier League por causa de duas expulsões quase consecutivas, e o torcedor ficará feliz de tê-lo de volta para enfrentar o Sevilla. Ele tem sido um dos principais propulsores da progressão dos Red Devils. Outro é Marcus Rashford, que baixou do modo divino para apenas ótimo nas últimas rodadas, e continua a principal esperança de gols. Antony está melhorando, e Scott McTominay aproveito suas oportunidades. Até Harry Maguire está jogando bem quando entra na rotação do maior campeão inglês.

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En-Nesyri comemora – Foto: Getty Images / One Football

O desastre só não é completo porque o Sevilla sempre pode contar com a Liga Europa. Porque o resto… Os primeiros resultados ruins culminaram na demissão de Julen Lopetegui. Monchi chamou Jorge Sampaoli para voltar ao Ramón Sánchez Pizjuán, e o argentino aceitou porque não havia gostado da maneira como saiu para treinar a seleção argentina na Copa da Rússia. Sampaoli conseguiu emplacar uma ou outra sequência de bons resultados, mas nada de avançar às oitavas de final da Champions League ou sequer fazer frente a Real Madrid e Borussia Dortmund. Nem passou das quartas de final da Copa do Rei e o rebaixamento começou a parecer palpável, o que seria o apocalipse para um clube que se estabeleceu no segundo patamar de La Liga e é competitivo em torneios europeus.

O único sucesso de Sampaoli, antes de ser demitido após perder do Getafe em meados de março, foi na Liga Europa: uma vitória contundente por 3 a 0 sobre o PSV na repescagem e outra por 2 a 0 para despachar o Fenerbahçe nas oitavas de final. Acabou passando por apenas um gol de vantagem no agregado dos dois confrontos, mas soube administrá-los direitinho, apesar de precisar resistir a uma certa pressão em Istambul. Desde que substituiu o argentino, Mendilibar conseguiu vencer o Cádiz e abriu 2 a 0 sobre o Celta de Vigo, com um a menos, mas deixou o adversário empatar. Monchi não fez um grande trabalho nos mercados e deixou o Sevilla com um elenco mais fraco do que em anos recentes. O líder é o experiente Ivan Rakitic. Lucas Ocampos retornou de empréstimo do Ajax e tem ajudado. Outros destaques são do semifinalista da Copa do Mundo: o goleiro Bono e o centroavante Youssef En-Nesyri.

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Di Maria comemora gol pela Juventus (Icon sport)

Não dá para dizer que Allegri criou uma obra de arte, mas, a trancos e barrancos, tornou a Juventus competitiva. Seria vice-líder da Serie A se não tivesse propensão a cometer fraudes financeiras e está em uma sequência positiva de resultados, apesar de ter perdido em casa para a Lazio na última rodada. O crescimento da Velha Senhora chegou tarde demais para evitar a eliminação na Champions League, então lhe restou a Liga Europa. O empate em Turim contra o Nantes assustou, mas a vitória por 3 a 0 na França foi sonora. Soube controlar o perigoso Freiburg para chegar às quartas de final e está na semi da Copa da Itália.

Com Dusan Vlahovic em seca, e Paul Pogba eternamente machucado, o destaque da temporada tem sido Ángel Di María. Ele poderia ajudar mais a Juventus se não tivesse se machucado tanto, mas está conseguindo jogar com regularidade no momento. O lateral brasileiro Danilo deu solidez à defesa, ao lado do compatriota Bremer e do jovem Federico Gatti. Outro garoto despontando é o meia Nicolò Fagioli, que dá energia a um meio-campo com Adrien Rabiot e Manuel Locatelli. Até Moise Kean tem jogado melhorzinho, e Federico Chiesa retornou de um longo tempo machucado para dar ainda mais opções a uma Juventus que, se não brilha, é uma ameaça para qualquer um em 180 minutos de futebol.

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Pedro Gonçalves, do Sporting (Foto: Gerardo Santos/Imago/One Football)

O goleiro Adán foi um dos heróis das oitavas de final. Fez defesas importantes no tempo normal e na prorrogação. Também barrou um pênalti na disputa decisiva, e o Sporting conseguiu eliminar o Arsenal, líder do Campeonato Inglês. Uma vitória que dá muito moral aos Leões em uma temporada complicada. Não houve título nas taças portuguesa e a campanha é fraca na liga nacional, apenas em quarto lugar, atrás do Braga, o que costuma ser um desastre para o Trio de Ferro. A decepção foi grande na Champions League, eliminado por apenas três pontos depois de ganhar as duas primeiras partidas em um jogo equilibrado. A Liga Europa aparece como uma possível salvação.

Antes de eliminar o Arsenal, conseguiu uma vitória imponente por 4 a 0 na Dinamarca contra o Midtjylland na repescagem. A equipe cresceu de rendimento no Emirates quando Pedro Gonçalves, ainda a referência técnica, passou a aparecer mais. O excelente técnico Rúben Amorim tem uma defesa sólida com Jerry St. Juste, Gonçalo Inácio e o capitão Sebastián Coates e conta com a criatividade de Marcus Edwards e Francisco Trincão pelos lados.

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Arne Slot faz bom trabalho no Feyenoord (Foto: MAURICE VAN STEEN/ANP/AFP via Getty Images/One Football)

O trabalho do técnico Arne Slot segue de vento em popa. O ex-jogador de PEC Zwolle e NAC Breda assumiu o Feyenoord na temporada passada e foi vice-campeão da Conference League. Agora, o clube de Roterdã está nas quartas de final da Liga Europa pela primeira vez desde que foi campeão da Copa da Uefa em 2002 e caminha para conquistar a Eredivisie apenas pela segunda vez no século. Com oito vitórias seguidas na liga nacional, inclusive sobre o Ajax, abriu oito pontos na liderança.

O momento é ótimo e levou os holandeses a eliminarem o Shakhtar Donetsk com o placar agregado (8 a 2) mais elástico das oitavas de final. O lateral Lutsharel Geertruida aproveitou a última Data Fifa para estrear pela seleção holandesa. O meia Orkun Köklü tem contribuído com muitos gols, e o mexicano Santiago Giménez, 21 anos, tem sido um dos destaques. Marcou 18 vezes, sendo cinco em sete jogos da Liga Europa. O brasileiro Danilo também tem sido prolífico, saindo do banco de reservas.

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Paulo Dybala comemora o gol (Paolo Bruno/Getty Images)

A Roma ganhou do Torino no último fim de semana. Foi uma novidade: segunda vitória fora de casa desde o fim de outubro. Não precisa ser um Sherlock Holmes para encontrar a fonte da oscilação do time de José Mourinho. A força no Olímpico não se equipara às atuações na estrada. Tem sido o bastante para ficar no G4 porque ninguém na Serie A está livre de altos e baixos nesta temporada. E ser bom como mandante e fraquinho como visitante de vez em quando é até uma fórmula vencedora em torneios de mata-mata.

Mourinho está buscando seu segundo título europeu consecutivo pela Roma, depois de vencer a primeira Conference League. Espera que Tammy Abraham e Andrea Belotti encontrem o endereço do gol novamente na reedição daquela final contra o Feyenoord. A Roma recebeu o reforço de Wijnaldum no meio-campo depois da Copa do Mundo e tem dependido dos gols de Paulo Dybala, que marcou em três das últimas quatro rodadas. As alas, principalmente com Spinazzola pela esquerda, costumam ser uma importante válvula de escape para o setor criativo.

Bayer Leverkusen

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Moussa Diaby, do Bayer Leverkusen (Angel Martinez/Getty Images)

A temporada das Aspirinas é curiosa. Xabi Alonso assumiu no começo de outubro e precisou de algumas semanas para se ambientar. Conseguiu recuperar a campanha na Bundesliga, mas parecia tarde demais para brigar por vaga na Champions League porque o pelotão da frente se distanciava e porque houve uma sequência ruim em fevereiro. No entanto, o RB Leipzig começou a tropeçar, o Freiburg esbarrou em suas limitações e o Eintracht Frankfurt simplesmente derreteu. Então, lá está o Leverkusen a cinco pontos do quarto lugar, a sete rodadas do fim.

Uma outra via para disputar a principal competição continental é vencendo a Liga Europa e não dá para descartar o clube alemão como um candidato. Depois de ficar em terceiro lugar no seu grupo na Champions, contribuindo para a eliminação do Atlético de Madrid, despachou o Monaco em dois jogos eletrizantes e se impôs contra o Ferencváros. Alonso tem jogadores experientes à disposição, como o goleiro Lucas Hrádecky, o meia Kerem Demirbay e o zagueiro Jonathan Tah. A ausência de Patrik Schick por lesão é sentida, mas a aposta está principalmente na juventude. Moussa Diaby faz uma excelente temporada, voando pelas pontas, e Florian Wirtz está se estabelecendo como um dos grandes nomes para o futuro do futebol alemão. O zagueiro equatoriano Piero Hincapié tem sido muito elogiado, e vale ficar de olho no forte garoto Adam Hlozek.

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Boniface, da Saint-Gilloise (Foto: LAURIE DIEFFEMBACQ/BELGA MAG/AFP via Getty Images/One Football)

É a maior surpresa das quartas de final. A Union Saint-Gilloise quase levou o título em seu retorno à primeira divisão do Campeonato Belga e está aproveitando muito bem a volta às competições europeias. A campanha na fase de grupos foi excelente, à frente de Malmö, Braga e Union Berlim, do qual se confirmaria como uma pedra no sapato no mata-mata. Perdeu dos alemães, quando já estava garantida nas oitavas de final, mas venceu na capital da Alemanha. Ao se reencontrarem no mata-mata, a USG foi muito eficiente para empatar por 3 a 3 fora de casa e garantiu a vaga com um chocolate por 3 a 0 diante dos seus torcedores.

Desde então, a campanha no Campeonato Belga segue em alta, com duas vitórias e um empate. Está novamente brigando na ponta, a dois pontos do líder Genk, a duas rodadas do fim da temporada regular. O elenco conta com o goleiro da seleção de Luxemburgo, Anthony Morris, e o capitão Teddy Teuma no meio-campo. Não é o time mais artilheiro do mundo, e seus gols estão bem equilibrados. O centroavante Victor Boniface, contratado do Bodo/Glimt, é o mais eficiente, com 14.

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