Sambafoot
·25 de novembro de 2021
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·25 de novembro de 2021
Rankings, listas de melhores, Top-10 sempre causam polêmica. O ranking CBF, que a mandatária do futebol brasileiro utiliza como critérios para classificações à Copa do Brasil e à Série D, não é perfeito, mas reflete o momento recente das equipes brasileiras. Historicamente, já houve diversas tentativas de classificar os times brasileiros, mas a sobrevivente é o que a CBF chama de Ranking Nacional de Clubes (RNC). Vamos conferir como ele funciona e quem está na ponta.
Depois do encerramento do Brasileirão de 2020 em 25 de fevereiro de 2021, a CBF atualizou seu ranking e, pela primeira vez desde a implantação desta classificação, o Flamengo apareceu em primeiro lugar. Nos três anos anteriores, a liderança era do Palmeiras. A Confederação Brasileira de Futebol considera os desempenhos dos clubes nos últimos cinco anos nas competições organizadas pela entidade, que são o Brasileirão de A a D e a Copa do Brasil. As pontuações dos times servem para outro ranking, o das federações. Quanto melhor uma federação estiver, mais times do estado conseguem vagas na Copa do Brasil e na Série D.
Como já falamos, o ranking leva em conta os últimos 5 anos de cada clube, num sistema similar ao utilizado pela UEFA. Vamos apresentar o quanto valem cada competição e as colocações dos times em cada uma delas. Um ponto interessante é que, quanto mais recente a competição, maior o peso dela.
A partir do 5º colocado, o percentual cai 1% em relação à posição superior.
Como a Copa do Brasil é disputada no sistema eliminatório, a pontuação corresponde à fase que o time alcançou na competição. Assim, o campeão recebe 600 pontos, o vice-campeão 480, os semifinalistas 450. Os clubes que completam o top-8 somam 400 pontos e eliminados nas oitavas ganham 200 pontos para o ranking.
Para completar o ranking, quem cai na 4ª fase recebe 100 pontos, desclassificados na 3ª fase ganham 50, na 2ª recebem 25 e as equipes que participam e ficam logo na fase inicial da Copa do
Brasil ganham 15 pontos.
As competições do último ano do ranking têm peso 5, do período anterior, 4, e assim por diante, até o quinto ano passado, que têm peso 1.
Já houve outras formas de apontar o melhor time de futebol do Brasil em um determinado ano ou de um período. E, como todo ranking, com boas ideias, boas intenções e muitos problemas.
Este ranking é ainda atualizado informalmente, e nele o São Paulo é soberano. O tricolor lidera a classificação desde 2006, somando, até o fim do Brasileirão de 2020, 2163 pontos. O Internacional vem em seguida, com 2045 pontos, 13 à frente do Flamengo. Fechando o Top 4 aparece o Corinthians, com 2009 pontos.
Principal revista esportiva durante décadas no Brasil, a Placar ainda manteve seu ranking na ativa até recentemente. Ele levava em conta todos os torneios que equipes brasileiras podiam jogar, desde o Mundial de Clubes até a Segundona Acreana.
Os problemas com ele estão na arbitrariedade de valorizar torneios em detrimento a outros e ao classificar torneios antigos com dimensões maiores e na quantidade de pontos atribuída às competições.
Ainda assim, na pontuação atualizada em 2021, o Flamengo aparecia em primeiro, o Corinthians em segundo e o Palmeiras em terceiro lugar.
Elaborado com critérios similares ao Ranking Placar, mas menos abrangente, a classificação que a Folha de S. Paulo faz anualmente só considera clubes com títulos ou vices em torneios de relevância nacional ou internacional. Por isso, o ranking até hoje possui apenas 36 times.
Novamente, o Flamengo aparece na liderança, mas aqui seguido por Palmeiras, São Paulo e Corinthians.
De todos os rankings apresentados, o único que tem função além de o torcedor poder dizer que seu time está em primeiro, é o da CBF, que garante vagas para os times que não se classificam por critérios técnicos à Copa do Brasil e Série D. É interessante observar que, apesar dos diferentes critérios, os primeiros lugares não variam muito de um ranking para o outro.