Última Divisão
·21 de junho de 2022
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·21 de junho de 2022
A Série B de 2022 tem um claro quinteto de favoritos ao acesso: Cruzeiro, Vasco, Bahia, Grêmio e Sport fazem boas campanhas e disputam as vagas do G4 desde o início. Mas ainda não está claro quem pode desafiar esse quinteto. Na última semana surgiu um improvável candidato a esse posto: o Tombense, que acabou de sair da Série C e teve um começo fraco, mas cresceu de produção e chegou ao 6º lugar.
Nas últimas 5 rodadas da Série B, o Tombense somou 13 pontos. Ainda não é um time regular e há motivos para desconfiar se ele vai brigar pelo acesso mesmo. Mas é importante registrar como esse crescimento aconteceu.
O Tombense começou a Série B com o técnico Hemerson Maria. Foram 5 empates, todos por 1 a 1, e uma derrota.
Então o clube apostou na troca de técnico para sair da zona de rebaixamento. Chegou Bruno Pivetti, que já tinha treinado a equipe no ano passado – só saiu porque recebeu proposta para treinar o CSA, onde não foi bem.
De volta ao Tombense, Pivetti conseguiu bons resultados rapidamente. Basta ver os números até agora:
7 jogos 4 vitórias 2 empates 1 derrota
Então é inegável que ele é o principal responsável por uma grande mudança no time. A equipe já mostrou bom futebol em algumas partidas. E mesmo quando não foi tão bem, como na recente vitória contra o Novorizontino, encontra recursos para sair com a vitória.
Dois jogadores contratados durante a Série B já foram decisivos na boa fase do Tombense. Renatinho, aquele ex-Ponte Preta e Coritiba, fez o gol da vitória contra o Bahia e se firmou como titular. Também marcou o primeiro gol contra o Novorizontino.
Já o segundo e o terceiro gols do Tombense nesse jogo foram de Nenê Bonilha, aquele ex-Corinthians. Era apenas a quarta partida dele no time. Deve virar peça importante.
Outros “reforços” já estavam no elenco, como Ciel, que se recuperou de lesão, voltou contra o Ituano e fez o gol da vitória. O volante Rodrigo é outro que estava no elenco, voltou a jogar na 7ª rodada e acrescentou qualidade ao time.
Além de quem chegou ou voltou, é importante entender que o resto do time encaixou melhor, com algumas peças crescendo muito de produção, principalmente no setor ofensivo. É o caso de Everton Galdino, que fez 3 gols nos últimos 4 jogos.
Mudanças táticas também contribuíram. O Tombense virou um time mais agressivo, que avança linhas para marcar. E quando tem a bola, age mais rapidamente, com um ataque mais eficiente.
É claro que o Tombense não tem o mesmo desempenho e potencial do quinteto de favoritos. Uma dificuldade é melhorar o sistema defensivo, que sofreu gols mesmo na fase vitoriosa recente.
Outra dificuldade do Tombense é a falta de elenco. Se algumas peças importantes não puderem jogar, vai ser difícil o time mineiro manter o alto nível.
A impressão é que Pivetti precisa de reforços no setor. Veremos se a diretoria do Tombense terá ambição para contratar e se firmar na briga pelo acesso. Ou se vai manter o time atual e buscar apenas a manutenção na Série B.
O Tombense tem jogado em Muriaé, porque o estádio em Tombos não tem condições ideais para receber a Série B. O clube tem feito melhorias no Almeidão, mas dificilmente vai terminar tudo até o final da competição.
A promessa é melhorar toda a estrutura do estádio, dos portões aos vestiários, passando por iluminação e aumento de capacidade – crescerá de 3 mil para 6,5 mil.
Dessa forma o Tombense espera mandar jogos de menor interesse em casa. E ir para Muriaé apenas em grandes partidas.