Como o River Plate, taticamente, encurralou e apavorou o Palmeiras | OneFootball

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Nosso Palestra

·15 de janeiro de 2021

Como o River Plate, taticamente, encurralou e apavorou o Palmeiras

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O Palmeiras levou um sufoco do River Plate, ficou apavorado após levar o primeiro gol e esteve psicologicamente muito mal durante a partida de volta da final da Libertadores. Abel Ferreira ressaltou o aspecto anímico na coletiva pós-jogo:

– Eu gosto muito da psicologia, é um dos componentes que eu adoro. A intensidade do sentimento da perda é o dobro da intensidade do lucro. O jogo hoje era muito mental.


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Ao apostar em uma formação com três zagueiros, Marcelo Gallardo ganhou superioridade numérica na maior parte do campo. Os três defensores Millonarios foram peças chave para os visitantes. Com o Palmeiras postado no 5–4–1, Luiz Adriano ficou isolado contra os zagueiros, tornando a disputa pela primeira bola um caso perdido. A

Contra somente um adversário, os beques do River puderam conduzir a bola para o campo de ataque e arriscar passes verticais, empurrando o Alviverde para trás. Por fim, esses três jogadores de defesa aumentaram a segurança da equipe em transições defensivas.

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No meio-campo, o River começou a ganhar superioridade com Enzo Pérez. Respaldado pela zaga, não precisava descer para fazer a saída de bola e jogava mais próximo de Nacho Fernández e De La Cruz, dois excelentes jogadores, cuja mobilidade e capacidade de armação no campo ofensivo infernizaram o Palmeiras durante toda a partida.

Esses três, contra somente Danilo e Zé Rafael, os únicos da linha média do Verdão que atuaram centralizados (Scarpa e Rony jogam abertos), dominaram as segundas bolas e sempre estavam livres na intermediária para criar. Quando Borré e Matías Suárez se aproximavam, a coisa ficava ainda mais difícil.

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Com a primeira e a segunda bolas controladas e a intensidade de quem precisava reverter um 3 a 0, os argentinos forçaram muitos erros de passe do Palmeiras. Nesse aspecto, inclusive, foi notável o nervosismo dos atletas de verde desde o apito inicial.

Recuperando a bola rapidamente, com superioridade numérica na defesa e no meio, dois alas de muita qualidade espetados como pontas e dois atacantes mortais na grande área, o River Plate encurralou os donos da casa e os colocou de frente com a possibilidade de uma derrota histórica.

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A chance de um fracasso traumático foi se fortalecendo na cabeça dos palmeirenses, os gols saíram e o que vimos foi um time congelado pelo medo.

No segundo tempo, não houve pênalti cancelado ou expulsão capaz de aliviar o sufoco. Nem mesmo a mudança de Gabriel Menino pra preencher o meio — providência tardia tomada por Abel — adiantou muita coisa.

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A expressão “congelado” se dá porque a tensão do jogo impediu os jogadores de dividir com intensidade, de pressionar a bola, de arriscar passes perigosos e até movimentar para dar opção ao companheiro.

A impressão foi de uma equipe que apenas assistia à partida, estática, tomando decisões erradas com e sem bola. E por isso sofreu tanto. Mas passou, isso que importa. Agora é necessário tirar muitas lições para a final.

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