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·22 de agosto de 2022

Como o Gladbach já mostra as convicções de Daniel Farke

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Após duas temporadas decepcionantes na Bundesliga, o Borussia Mönchengladbach aposta em Daniel Farke para tentar se restabelecer novamente entre os principais clubes da liga.

É o terceiro técnico em quatro anos, a terceira mudança de filosofia de jogo dos Potros. O objetivo é claro: se afastar do RB-Ball de pressão constante e jogar contra a bola, para voltar ao "jeito Borussia" à caminho de ter a posse de bola e controle de jogo a partir desta premissa.


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É por isso que o Gladbach é uma das melhores equipes para acompanhar se você gostar desse estilo de jogo. “Times de posse de bola são sempre criticados quando se trata de administrar (o jogo). É claro, você também precisa de um plano B. Mas não acho que seja promissor você apenas rebater a bola para frente e tentar (ganhar) a segunda bola”, comentou Daniel Farke sobre o estilo de jogo de sua equipe.

Mentalidade

Além de uma mudança no plano tático da equipe, outra ponto visado é a mentalidade dos jogadores, diretoria, e acima de tudo, os torcedores. Esse desenvolvimento é necessário para que o BORUSSIA-PARK se torne novamente um ambiente calmo, agradável e que potencialize a relação entre todas as partes em conjunto e cooperação.

A escolha por Daniel Farke também faz sentido nesse aspecto, já que diferentemente de Marco Rose e Adi Hütter, ele possuí uma comunicação melhor com os jogadores e torcedores. Farke desde seus primeiros momentos como técnico do Gladbach, passa a impressão que pode criar identificação com o clube, algo que não era notável com técnicos anteriores.

Um início promissor de temporada

O Gladbach fez uma boa pré-temporada, foram 8 jogos com 4 vitórias e 4 empates. Na estreia oficial na temporada, a equipe aplicou uma goleada de 9 a 1 contra o SV Oberachern e avançou na Copa da Alemanha. E na Bundesliga, teve começo invicto em 3 jogos com 2 vitórias e 1 empate.

Daniel Farke chegou em Mönchengladbach para melhorar o condicionamento físico dos atletas, questão que foi uma problemática na última temporada, já que era notório a queda de ritmo da equipe no 2º tempo. Stefan Lainer, ao ser entrevistado pelo BILD, falou sobre a preparação "exaustiva" que o elenco passou: “Esta é a preparação mais intensa que já estive na minha carreira (risos): desde a formação dos treinamentos, sessões de vídeo e até a duração dos treinos. [...] Estamos em um alto nível de condicionamento físico graças à preparação intensiva.”

De volta às origens

Como dito anteriormente, o Gladbach tenta voltar para a sua própria forma de enxergar futebol enquanto clube e não ao contrário. O encaixe, em teoria, é perfeito com o que Daniel Farke pensa sobre futebol.

Neste início de trabalho, Farke segue o com a sua formação pragmática, 4-2-3-1. A estrutura de jogo utilizada nessa formação é convencional por parte do técnico alemão, proporcionando equilíbrio tanto no ataque quanto na defesa.

No gráfico abaixo, a constância em que a formação foi utilizada no último trabalho de Farke em solo inglês:

E observe abaixo que em boa parte da temporada sob comando de Adi Hütter, o Gladbach atuou com uma linha de 3 ou 5 defensores.

A escolha de Farke em resgatar o 4-2-3-1 é inteligente, já que se adequa com o que o elenco pode oferecer. Florian Neuhaus e Christoph Kramer são dois dos jogadores que podem se beneficiar da nova abordagem trazida por Farke, também será interessante ver como Manu Koné irá se comportar tendo mais liberdade para jogar com bola.

No ataque, Marcus Thuram ressurge como centroavante após saída de Embolo, já Plea segue sendo o 'playermaker' entre meio-campo/ataque, e Hofmann um desequilíbrio nas definições. Na Bundesliga, nas 3 partidas disputadas até aqui o time esteve em contextos diferentes para construir o seu ataque, mas ambos jogos levavam à uma missão: encontrar espaços.

Na partida contra o Hoffenheim, os Potros saíram atrás do placar, mas contaram com a expulsão de Stefan Posch, e logo após isso o time ficou mais confortável no duelo. Claro, muito por estar com um a mais, porém, as estruturas básicas em campo foram bem aplicadas. O mesmo pode se dizer sobre a partida contra o Schalke 04, que teve um direcionamento similar, mas por uma falha individual de Herrmann nos acréscimos, a equipe não foi premiada com a vitória.

O Hertha Berlin foi o adversário que mais impôs desafios ao Gladbach, fazendo uma pressão alta constantemente, sendo assim testando a contrapressão da equipe de Daniel Farke, que controlou o adversário em boa parte do tempo. Porém, quando o Hertha conseguiu explorar seus pontos fortes jogando por fora, levou extremo perigo à baliza de Yann Sommer. Um verdadeiro teste!

Conclusão

O torcedor do Borussia Mönchengladbach, pode, mais uma vez, ter algum otimismo na temporada. 'Lasso' Plea e Jonas Hofmann ficam no clube, as contratações de Oscar Fraulo e Ko Itakura foram certeiras, além de Marvin Friedrich que tem a chance de um novo começo.

Ainda existem indefinições até o final da janela sobre novos reforços e as indefinições dos futuros de Yann Sommer, Marcus Thuram e Ramy Bensebaini. Apesar disso, todos jogadores parecem estar com humor renovado e motivados, após um 21/22 frustrante.

E o objetivo do clube? Enquanto a isso, ainda não está claro. Na Assembleia Geral, Roland Virkus, diretor esportivo, apontou a época como uma "temporada de transição". Já o vice-presidente do Borussia, Rainer Bonhof espera voltar à Europa: “Espero que estejamos lá quando outros times tropeçarem para que possamos ter as credenciais nas viagens na terça ou quarta-feira para jogos internacionais na próxima temporada”. Portanto, a única certeza é que o Gladbach busca ser oportunista na temporada!

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