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·26 de novembro de 2020

Como o Atlético-MG ilustra mudança de expectativa do Botafogo no Brasileirão

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O Atlético-MG não encontrou grandes dificuldades para bater o Botafogo por 2 a 1, em duelo válido pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro. Ainda que sem a presença do técnico Jorge Sampaoli, ainda em recuperação do quadro de Covid-19, o Galo segue correspondendo às expectativas de ser um forte candidato ao título nacional e lidera a corrida. O outro Alvinegro, por outro lado, fica cada vez mais afundado na zona de rebaixamento, correndo o risco de fazer a sua pior campanha de Série A em todos os tempos.

E pensar que no encontro válido pelo primeiro turno, o torcedor botafoguense chegou a ter a vã expectativa de que 2020 poderia ser um ano mais tranquilo em relação à luta contra o rebaixamento. Naquele 19 de agosto, apesar do massacre ofensivo do time de Sampaoli, a equipe até então treinada por Paulo Autuori foi efetiva quando as oportunidades apareceram: apostando em contra-ataques, puxados pelas pernas de Luis Henrique e Luiz Fernando, o time carioca venceu por 2 a 1. Os gols foram marcados por Luiz Fernando e Caio Alexandre, mas o triunfo também foi creditado às defesas de Gatito e à sorte: afinal de contas a trave salvou o Botafogo em três ocasiões.


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Passou um turno e a falta de efetividade no ataque é um dos maiores problemas no futebol apresentado pelo Botafogo, que também perdeu suas melhores opções de contra-ataque (Luis Henrique foi vendido ao Olympique de Marseille, enquanto o seu xará de primeiro nome deixou o Estádio Nilton Santos para ser opção ao Grêmio de Renato Gaúcho, em negociação que levanta um mínimo de curiosidade entre torcedores e analistas). Gatito, que vinha fazendo ótima campanha, se lesionou e não defende o clube desde setembro, enquanto até a sorte parece ter abandonado de vez os botafoguenses.

Jogadores comemoram gol sobre o Galo, ainda no 1º turno (Foto: Vitor Silva/Botafogo)

Sem ter feito contratações à altura para ocupar as lacunas, optando mais pela quantidade do que a qualidade de jogadores, o clube de General Severiano chegou a fazer boas partidas após aquela vitória sobre o Atlético-MG... mas não conseguia segurar o resultado. Ficou 10 jogos sem vencer, quase igualando seu maior jejum de partidas sem vitórias em Brasileirões (11 duelos) até que duas vitórias deram um leve respiro. Mas naquele momento o Botafogo já era outro, bem diferente em relação ao da vitória sobre o Galo: peças diferentes, atuações cada vez mais abaixo, treinador diferente, ânimo diferente e, sobretudo, expectativas diferentes.

Se o 2 a 1 de agosto, na terceira partida do time no Brasileirão, levantou certo ânimo e possibilidades de jogo, a derrota pelo mesmo placar agora em novembro deixa escancarado o desespero. Se pouco mudou em relação às boas expectativas do Galo de um turno para o outro, para o Botafogo a esperança de apenas um purgatório revelou-se uma realidade tão ou até mais infernal do que a vivida em 2002 e 2014, anos em que foi rebaixado à segunda divisão.

Com 20 pontos e apenas três vitórias em 22 rodadas, o rebaixamento está a detalhes de abraçar, mais uma vez, o Botafogo. Desde que o Campeonato Brasileiro de pontos corridos passou a ser disputado com 20 equipes, em 2006, somente em quatro ocasiões um time com pontuação tão baixa conseguiu escapar da degola após 22 jogos – Ceará em 2018 (20 pts), Atlético Goianiense em 2010 (20 pts), Fluminense em 2009 (16 pts) e Náutico em 2007 (18 pts).

A questão é que, além de não ter efetividade em suas chances, ser o time que mais comete pênaltis e de não passar nenhuma confiança, os jogadores botafoguenses dão mostra de não acreditarem em uma reviravolta.

“Nosso primeiro tempo foi ridículo. A gente não conseguiu trocar três passes, faltou coragem. No segundo tempo, esperamos tomar o gol para reagir”, disse o zagueiro Marcelo Benevenuto para o SporTV após mais uma derrota.

Os próximos jogos do Botafogo serão contra Flamengo (2º), São Paulo (3º) e Internacional (4º).