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·14 de setembro de 2020
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A Libertadores está de volta! E dois clubes uruguaios seguem vivos na competição, os dois maiores do país: Peñarol e Nacional. Ambos os clubes reconhecem a dificuldade que enfrentam nos últimos anos desta década, principalmente financeira, o que interfere para que consigam chegar mais longe na competição. Por exemplo, desde o vice-campeonato dos Carboneros em 2011 para o Santos, o Uruguai não voltou a ser representado na grande final. Contudo, veja como os dois times chegam para a conclusão da fase de grupos.
Logo no início da noite desta terça-feira (15), o Peñarol vai até o Chile para enfrentar o Colo-Colo, jogo válido pelo Grupo C da competição. Com três pontos, assim como todos os outros três times, os Aurinegros perderam para o Athletico Paranaense, na Arena da Baixada, pelo placar mínimo e, da mesma forma, venceu o Jorge Wilstermann em casa. Tudo isso antes da paralisação, ainda em março, devido a pandemia do novo coronavírus. Agora num intervalo de apenas um mês irá realizar os quatro jogos restantes, além da reta final do Apertura Uruguaio.
Com 14 jogos disputados no ano, o Peñarol venceu apenas cinco partidas, empatou outras cinco e foi superado em quatro oportunidades. Além disso, o time demonstra muita dificuldade em criar chances no ataque, tendo em vista a quantidade de gols marcados, foram apenas 15 tentos em 14 jogos. Por outro lado, não tem uma defesa sólida, o que continua sendo um grande problema para a equipe, que sofreu 14 gols, média de um gol sofrido por jogo. Então é uma equipe bem longe de estar na sua melhor fase.
Além disso vem de baixa nas últimas semanas após a demissão de Diego Forlán. O uruguaio deixou o cargo após apenas 11 jogos à frente da equipe. Os torcedores do clube não gostaram da forma com que foi conduzida a saída de Forlán. Inclusive, um estagiário chegou a publicar nas redes sociais que o clube não o merecia.
Contudo, quem assumiu o cargo foi Mario Saralegui, já conhecido pelos aurinegros, uma vez que está em sua terceira passagem por lá. Desde então, sob seu comando, o Peñarol já realizou três partidas e, mesmo que não tenha perdido nenhum jogo, segue sem criar no ataque. Depois da vitória por 3 x 2 sobre o Liverpool, jogando em casa, a equipe já empatou dois jogos sem marcar gols. Apesar disso e, embora o Grupo C esteja bem equilibrado, o Peñarol deve fazer jus a tradição e avançar de fase.
“Estamos muito animados e temos trabalhado bem. Esperemos que possamos fazer um grande jogo na terça-feira. E que o resultado seja consequência do trabalho que fazemos”, disse Kevin Dawson, goleiro do Peñarol.
Atual campeão uruguaio, o Nacional não começou 2020 muito bem, mas desde março vem em alta! A equipe de Gustavo Munúa não sabe o que é perder após a derrota para o Rentistas ainda em 16 de fevereiro, quando sofreu um revés por 2 x 0. Desde então foram 13 jogos e nenhuma derrota, pelo contrário já são oito vitórias e cinco empates.
Como resultado, após vencer o Danubio neste final de semana, o Tricolor passou a ser o novo líder do Apertura Uruguaio restando agora apenas duas rodadas. Sendo assim, na teoria, a equipe deve confirmar o título, tendo em vista os dois últimos compromissos, Boston River e Deportivo Maldonado, em casa.
Muito destes bons resultados acontecem através dos pés de Gonzalo Bergessio. No fim da temporada passada a permanência do atacante argentino foi colocada em dúvida. Isso porque tinha um salário considerável alto para a realidade do clube. Além de sua idade avançada. No entanto, após nova renovação, o centroavante é, de forma isolada, o artilheiro do Apertura com 10 gols dos 22 marcados pelo clube. Isso em 10 jogos disputados.
Uma das poucas equipes ainda com 100% de aproveitamento, o Nacional venceu as duas primeiras partidas na fase de grupos contra Estudiantes de Mérida e Alianza Lima. Agora o próximo adversário é o Racing, também com seis pontos na tabela, na próxima quinta-feira (17). A equipe não deve ter dificuldades em avançar de fase e, conquistando o Apertura, traria ainda mais confiança para o bom trabalho de Munúa à frente do albos.
Presidente do Nacional, José Decurnex reconhece que essa Libertadores “é uma boa oportunidade” levando em consideração a questão física do Nacional e até mesmo do Peñarol na competição. “Sempre reclamamos quando começamos em janeiro porque não estamos competindo e agora é o contrário. Chegaremos ao jogo com o Racing com 10 ou 11 jogos e eles não jogaram nenhum”.
“É hora de acelerar e ter alguns uruguaios lutando pela Libertadores”, completou.