Coman: “Eu realmente odeio perder. Eu diria que odeio mais perder do que gosto de ganhar” | OneFootball

O Bayern de Munique vive uma temporada turbulenta, mas que mesmo assim pode acabar em grandes alegrias. O time viveu instabilidades, mudou de técnico ao demitir Julian Nagelsmann e contratar Thomas Tuchel, retomou a liderança da Bundesliga e fará um duelo de favoritos contra o Manchester City. O atacante Kingsley Coman, uma das figuras do time alemão, contou em entrevista ao Telegraph sobre a recuperação da derrota na Copa do Mundo e sobre o que ele ama nos grandes jogos.

Kingsley Coman é uma figura importante no Bayern de Munique e foi um jogador importante também na seleção francesa na Copa do Mundo. Depois da derrota na final para a Argentina, em que ele teve um pênalti defendido na disputa de penalidades, o jogador tentou se desligar de tudo e se recuperar antes de retornar à temporada. Ele contou como foi em entrevista ao Telegraph, falando sobre as quartas de final da Champions League.

“Eu fui para as Maldivas com a minha esposa e foi perfeito porque estávamos em um hotel no meio da água com poucas pessoas, quase só nós”, disse Coman. “Eu deixei meu telefone de lado, realmente pensei em outra coisa e esvaziei a minha cabeça, não pensando em futebol, não acessando as redes sociais, nada”.

A pausa para limpar a mente funcionou. Dos seus sete gols na temporada, seis foram marcados depois da Copa do Mundo. Agora, ele se prepara para um dos jogos mais importantes da temporada, contra o Manchester City, pelas quartas de final da Champions League.

“Os primeiros dois ou três dias [depois da final] foram realmente muito difíceis, mas depois disso é a vida. Você não pode mudar isso, a única coisa que você pode fazer é voltar e trabalhar mais forte”, disse Coman, de 26 anos.

“Eu sempre disse que a melhor forma de esquecer alguma coisa é vencer algo, então eu estava na mentalidade de ‘daremos tudo’ e se vencermos a Champions League este ano, ficarei muito feliz. Não irei esquecer a Copa do Mundo, nunca, mas ainda irá substituir uma parte do sentimento”, contou o francês.

Desacelerar não é algo comum para Coman. O atacante é conhecido por sua imensa velocidade em campo. E conta que velocidade não é algo que ele gosta só quando está jogando. “Eu amo velocidade. Gosto de todos os carros rápidos. Gosto de velocidade em geral. Quando era mais novo, amava andar de kart, gosto muito de Fórmula 1 também. Eu acho que amo tudo sobre velocidade”, contou.

“Mas o que eu realmente amo não é apenas a velocidade, mas a sensação. Amo sentir meu coração acelerado, quando está chegando a 100 batidas por minuto, amo isso. Isso é algo que eu amo no futebol e é por isso que amo grandes jogos e jogar os grandes jogos, porque esses jogos te dão as mais altas sensações”, disse o jogador.

“Seu coração está batendo a 150, é realmente barulhento, o nível é alto, cada erro pode ser um gol e é isso que me dá energia e me ajuda a acordar todos os dias, mesmo quando estou com dores ou quando está frio, e dar 100%”, continuou o atacante.

Coman já tem uma carreira bastante consagrada. Entre PSG, seu clube de formação, Juventus e Bayern de Munique, são 10 títulos, incluindo a última Champions League do Bayern de Munique, em 2020, quando ele fez o gol do título. E logo contra o PSG, o clube onde iniciou a carreira.

O jogador falou sobre a derrota para o Freiburg na Copa da Alemanha e sobre como ele lida com a derrota. “Eu realmente odeio perder. Eu diria que odeio mais perder do que gosto de ganhar. Quando você ganha muito, obviamente você pode se acostumar a isso, mas nunca me acostumo a perder. Perder é a pior sensação, como foi ontem quando fomos eliminados da Copa da Alemanha, eu não dormi. Não é uma boa sensação. É um sentimento que eu odeio. Quando você odeia perder, você tem que vencer todos os dias”.

Curiosamente, quando Coman fez o gol do título da Champions League, ele derrotou o PSG comandado por Thomas Tuchel, que agora é o seu técnico no Bayern. “É assim que funciona o futebol. É incrível, todo pode acontecer e isso é bom. Quando eu o vi pela primeira vez, quando voltei da seleção, ele me deu um pequeno tapa. Ele disse: ‘Perdi a final da Champions League, é verdade, agora temos que ganhar outra juntos’. Isso é bom, é assim que funciona o futebol, tudo pode acontecer e seria incrível se pudéssemos ganhar a Champions League juntos”.