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·05 de dezembro de 2022

Com suas quatro defesaças contra a Coreia do Sul, Alisson ressaltou que também é uma força da Seleção

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O placar de Brasil x Coreia do Sul poderia ter sido bem maior que os 4 a 1 anotados, e não apenas pelas chances que os brasileiros desperdiçaram. Mesmo com o placar dilatado, um dos melhores em campo da Seleção foi Alisson. O goleiro tinha sido pouquíssimo exigido nas aparições anteriores pela competição. Desta vez, precisou trabalhar bem mais, especialmente pela forma como o time relaxou depois que a vitória se abriu. O camisa 1 pôde “entrar na Copa”, com lances importantes para salientar sua qualidade e também esquentar os motores na fase decisiva do Mundial.

A defesa fortíssima do Brasil fez Alisson se tornar um mero espectador durante a Copa de 2018. Foram cinco partidas e somente cinco defesas realizadas ao todo. A excelente proteção não concedia grandes chances para os adversários. Entretanto, o arqueiro se tornou alvo de críticas na derrota contra a Bélgica. Não alcançou o chute muito bem colocado de Kevin de Bruyne e seria exageradamente questionado. Havia um problema bem maior do próprio sistema naquele lance do que necessariamente do camisa 1.


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Os últimos quatro anos mudaram a percepção ao redor de Alisson. A transferência para o Liverpool o confirmou como um dos melhores do mundo, mesmo que já viesse em fantástica forma na Roma e no Internacional. Pela Seleção, brilharia inclusive na conquista da Copa América em 2019, sobretudo no duelo contra a Argentina na semifinal. Mas, depois de tanto, a sua ótima defesa não o tinha deixado aparecer muito em outra Copa do Mundo – e ainda bem. Seria basicamente um espectador contra Sérvia e Suíça, e até correu riscos em algumas saídas erradas pelo alto e construções de jogo com os pés. Mas, quando foi necessário contar com o arqueiro sob os paus, ele teve participação brilhante contra a Coreia do Sul.

Seriam três defesas no primeiro tempo. A primeira delas foi sensacional, quando o Brasil já vencia por dois gols de vantagem. Hwang Hee-chan mandou uma paulada de longe e Alisson buscou na gaveta. O ponta esquerda era a principal ameaça e, num lance na linha de fundo em que ele passou por Éder Militão, o goleiro de novo se deu bem ao bloquear seu caminho. Já no segundo tempo, a Seleção relaxou e deu mais espaços. Alisson se agigantou de novo, logo no primeiro minuto, para barrar com o ombro a tentativa de Son Heung-min no mano a mano. Já a quarta de suas defesaças seria de novo contra Hwang, num lance à queima-roupa, em que a bola ainda bateu num adversário na sequência.

Apesar da grande atuação, Alisson terminou vazado aos 31 minutos. E não que tenha sido sua culpa, no chute de longe de Paik Seung-ho. Com a visão congestionada e ainda um desvio no meio do caminho, ficava difícil mesmo reagir a tempo. Saiu atrasado e não chegou na bola. Nada que atrapalhasse aquela que é sua melhor exibição em Copas. Ainda deixou o campo para que Weverton pudesse participar do Mundial, num justíssimo reconhecimento ao herói olímpico de 2016 e melhor goleiro em atividade no futebol sul-americano durante os últimos anos.

A defesa do Brasil se vê mais vulnerável neste momento, pelos desfalques. Marquinhos e principalmente Thiago Silva continuam fazendo uma grande Copa, assim como Casemiro foi o melhor do time na fase de grupos. Porém, diante dos improvisos nas laterais, existe um risco que também não se pode negar. É importante que a Seleção e, principalmente, os adversários sintam que há um baita goleiro ali – por mais que Alisson, depois de tanto tempo na elite, não precise provar mais nada a ninguém.

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