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Marcos Monteiro·23 de julho de 2018
Com Parma punido, relembre alguns casos de corrupção no Italiano

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Marcos Monteiro·23 de julho de 2018
Após analise do Tribunal Federal, Parma consegue manutenção na Séria A italiana, porém, com pontos a menos; casos, infelizmente, são comuns na Itália.
O Tribunal Federal impôs ao Parma uma punição de cinco pontos para o início da próxima temporada. A sanção é devido a um caso envolvendo o jogador Emenuele Calaiò. De acordo com o tribunal, o jogador tentou manipular o resultado da última partida da equipe no último ano.
Desta forma, a equipe começa a primeira divisão italiana com 5 pontos a menos. Já Calaiò – que mandou mensagens a um jogador adversário insinuando o arranjo dos resultados – foi banido do futebol italiano por dois anos.
Os casos não são raros na Itália e já decidiram campeonatos nacionais, como em 2005 e 2006, quando a Juventus envolveu-se em um esquema de arbitragem. Relembre os casos:
Totonero – 1980
Times envolvidos: Milan, Lazio, Perugia, Bologna e Avellino, na Série A. Taranto e Palermo, na Série B.
Em 23 de março de 1980 a Guardia di Finanza descobriu um esquema de venda de partidas de futebol. Como resultado, Milan e Lazio foram rebaixados para a segunda divisão. Avelino, Bologna, Perugia, Palermo e Taranto iniciaram a temporada seguinte com menos cinco pontos, cada um em sua respectiva divisão. O presidente milanês, Felice Colombo acabou banido do futebol, enquanto Tommaso Fabretti, mandatário do Bologna, foi suspenso por um ano. Dezoito jogadores foram punidos com suspensões que variaram de três meses a seis anos. O caso mais notável foi Paolo Rossi.
O atacante da Azzurra foi banido por três anos, o que faria com que ele perdesse a Copa do Mundo de 82. Porém, a punição foi reduzida para dois, dessa forma o jogador participou do Mundial. Rossi foi fundamental para a campanha do titulo italiano, marcando três gols contra a histórica seleção brasileira de Zico, Sócrates e Falcão. Com mais três tentos até o final do torneio, Rossi fechou a participação como artilheiro do torneio.
Totonero 1986
Times envolvidos: Udinese, Cagliari, Lazio, Lanerossi Vicenza, Triestina, Perugia, Palermo, Foggia, Cavese.
O futebol italiano mal tinha saído de um escândalo, e entrou em outro. Em maio daquele ano a polícia italiana descobriu o Totonero 1986 (também conhecido como Totonero Bis), que envolveu 9 clubes, 17 dirigentes e treinadores, além de 34 jogadores, que foram punidos com suspensões dentre 1 mês e cinco anos.
Na temporada seguinte, Lanerossi Vicenza foi excluído da Séria A. Perugia e Cavese rebaixados à quarta divisão, com um desconto de dois e cinco pontos, respectivamente. Udinese perdeu nove pontos, Cagliare cinco, tal qual a Lazio. Triestina perdeu um ponto, e mais quatro na temporada subsequente. Palermo e Foggia também tiverem cinco pontos descontados cada.
Calciopoli
Times envolvidos: Juventus, Milan, Lazio, Fiorentina, Reggina.
Diferentemente dos dois casos anteriores, o Calciopoli não envolveu a venda de partidas de maneira direta. Em maio de 2006 a polícia italiana desvendou uma rede de relacionamento entre diretores dos clubes, e a diretoria das comissões de arbitragem. Os acusados foram condenados pelo arranjamento de partidas, fazendo com que determinados árbitros estivessem em determinadas partidas de interesse dos mandatários.
Calcioscommesse 2012
Times envolvidos: Atalanta, Ascoli, Benevento, Cremonese, Esperia Viareggio, Piacenza, Reggiana, Spezia Calcio e Taranto.
Em 1º de julho de 2011 veio a tona o escândalo entre as equipes da Serie B. Dezesseis pessoas foram presas acusadas de manipulação de resultados, dentre os detidos estavam Giuseppe Signori, ex-atacante da seleção italiana e da Lazio; Mauro Bressa, Stefano Bettarini e Cristiano Doni, jogadores de Fiorentina, Sampdoria e Atalanta, respectivamente. Vittorio Micolucci e Vicenzo Sommese, ex-jogadores do Ascoli – e também donos de casas de apostas – também acabam detidos. Como punição, os clubes perderam pontos na temporada seguinte.
Calcioscommesse 2015
Times envolvidos: Akragas, Barletta, Catania, L’Aquila, Luparense San Paolo, Savona, Teramo.
Em maio de 2015 mais de 50 pessoas foram presas por envolvimento em manipulação de resultados visando lucro com apostas. O caso assemelhou-se ao que houve em 2012, porém com clubes de menor expressão. Ao invés da dedução de pontos, as punições ficaram mais no âmbito financeiro. As multas variavam de 2,500 a 300,000 euros.