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·04 de março de 2022

Com pandemia, americanos avançam na compra de clubes europeus

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A compra de clubes de futebol europeus por investidores norte-americanos alcançou um novo patamar com a pandemia. Segundo dados da UEFA, um em cada dez clubes europeus vendidos em 2021 passou a ser controlado por capital norte-americano. Já pegando englobando também 2020, 27 clubes europeus passaram para as mãos de investidores estrangeiros.

O mais recente deles será o Real Zaragoza, da Espanha, que deve ser vendido para Jorge Mas, proprietário do Inter Miami, da MLS.


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Há um movimento que certamente balançará o mundo da bola. Roman Abramovich já anunciou que irá vender o Chelsea e busca € 3 bilhões no mercado. Entre os interessados está Todd Boehly, dono do do Los Angeles Dodgers (MLB) e proprietário de 27% do Los Angeles Lakers (NBA). Ele faz parte de um grupo de investidores liderado pelo suíço Hansjorg Wyss.

Durante o período da pandemia, 16 clubes receberam investimento norte-americano. O Genoa, da Itália, foi comprado por € 150 milhões. Ainda na Itália, Stephen Pagliuca, dono do Boston Celtics (NBA), se tornou o maior acionista da Atalanta ao adquirir participação de 55% do clube italiano. No país, 35% dos times da Série A são de americanos.

Sobre o Genoa, ele passou a ser de propriedade da 777 Partners, mesmo grupo assinou a compra do Vasco da Gama. A empresa ainda possui uma participação minoritária do Sevilla. Já o Spezia está com Robert Platek, diretor de operações da MSD Capital, fundo de investimentos do bilionário Michael Dell, dono da Dell. Já o Venezia é liderado por Duncan L. Niederauer, ex-CEO da Bolsa de Valores de Nova York.

Há ainda a Roma, vendida ao empresário Dan Friedkin, magnata do setor automobilístico, em 2020, por € 590 milhões.

“Há muitos anos, as empresas do setor audiovisual e de entretenimento dos Estados Unidos têm optado pelo esporte como pilar de seu crescimento, o que tem permitido um crescimento exponencial das principais ligas, clubes e empresas do setor de entretenimento neste país. Eles têm muita experiência em explorar as sinergias existentes entre esses setores”, disse Ignacio Legido, sócio e diretor da área jurídica da consultoria BDO.

“A legislação norte-americana é, em geral, mais liberal do que a europeia. Isso tem permitido há muitos anos o investimento em ligas, campeonatos, clubes, etc. de forma muito mais simples e flexível do que outros sistemas mais rígidos, como os que prevalecem na Europa. Isso permitiu que o capital privado investisse no setor esportivo muito mais cedo do que na Europa. O futebol não é exceção”, acrescentou Álvaro Marco, outro sócio da BDO.

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