Com eficácia e organização, o Basel saiu com uma vitória gigante sobre a Fiorentina no apagar das luzes | OneFootball

Com eficácia e organização, o Basel saiu com uma vitória gigante sobre a Fiorentina no apagar das luzes | OneFootball

Icon: Trivela

Trivela

·11 de maio de 2023

Com eficácia e organização, o Basel saiu com uma vitória gigante sobre a Fiorentina no apagar das luzes

Imagem do artigo:Com eficácia e organização, o Basel saiu com uma vitória gigante sobre a Fiorentina no apagar das luzes

O Basel é um clube acostumado a fazer boas campanhas nas competições continentais. Ao longo da última década, os Rot-Blau disputaram os mata-matas europeus em oito oportunidades. A nona aparição nas fases eliminatórias rende a segunda semifinal da história do clube, a primeira em dez anos. E o que se nota é um time capaz de sonhar mais alto, cheio de garotos talentosos e também com voracidade. O Basel ignorou o favoritismo da Fiorentina para vencer a primeira partida semifinal pela Conference League. Dentro do Estádio Artemio Franchi, os suíços contiveram a pressão durante a maior parte do tempo e não se abalaram nem com o gol do ex-companheiro Arthur Cabral, que abriu o placar. O empate já seria um ótimo resultado para os visitantes, mas a vitória por 2 a 1 saiu aos 48 do segundo tempo e ofereceu um ótimo cenário para o reencontro na Basileia.

A Fiorentina fez questão de se impor desde os primeiros minutos da partida. Era uma pressão sufocante dos violetas, com muita presença nos arredores de área e bom escape sobretudo pelo lado direito, com Dodô e Jonathan Ikoné. Arthur Cabral e Giacomo Bonaventura teriam os primeiros arremates, para fora. O Basel recuava e aguardava o momento de contra-atacar. Por pouco o gol dos suíços não saiu assim, aos oito minutos. Numa bola longa, Zeki Amdouni entregou para Jean-Kevin Augustin só rolar na saída do goleiro Pietro Terracciano. Contudo, o tento acabou anulado por um impedimento na hora do lançamento.


Vídeos OneFootball


A ajuda do VAR fez a torcida da Fiorentina respirar aliviada. O time seguiu no controle das ações, mas andava difícil de abrir uma brecha na defesa do Basel. Quando Ikoné fez uma boa jogada individual e conseguiu chutar no canto, de fora da área, não deu trabalho a Marwin Hitz na defesa. Os suíços eram bem mais incisivos em suas tentativas e voltaram a rondar o gol depois dos 20. Depois de uma grande arrancada de Dan Ndoye pelo lado direito, a bola sobrou para a finalização do próprio ala. Mandou uma chicotada, que Terracciano defendeu com dificuldades. O duelo permanecia aberto, apesar do domínio claro.

O gol aos 25 minutos seria importante para a Fiorentina tirar o peso das costas e também se proteger melhor. A partir de um escanteio cobrado por Cristiano Biraghi, Lucas Martínez Quarta ajeitou de cabeça dentro da área e Arthur Cabral desviou para as redes. O centroavante não comemorou contra o antigo clube. Depois disso, a Viola pôde reduzir um pouco seu abafa. Continuava no ataque com a posse de bola, mas sem a mesma urgência nas jogadas. O Basel não tinha tanto escape e apenas pouco antes do intervalo é que voltou a assustar.

O Basel até iniciou o segundo tempo com uma pressão moderada, em que tentava encontrar um caminho no jogo aéreo. Seriam pouco mais de cinco minutos com um abafa mais contínuo dos suíços, com uma cabeçada perigosa de Wouter Burger, até que a Fiorentina contornasse a situação e voltasse a distribuir o jogo. Só que os problemas do primeiro tempo se repetiam, de forma até mais clara. A Viola não era muito criativa em suas jogadas, diante de uma defesa bem postada dos Rot-Blau. Rolando Mandragora e Ikoné tiveram suas tentativas sem direção. Hitz só voltaria a ser testado com 22 minutos, mas pegou o tiro rasteiro de Mandragora.

Mesmo perdendo o protagonismo, o Basel seguia precisando de pouco para causar problemas à Fiorentina. O empate surgiu numa escapada aos 26, em lance conectado por uma reposição de Hitz. Andy Diouf tabelou com Taulant Xhaka e avançou com muita liberdade pela intermediária ofensiva. O meia poderia até abrir o passe com o companheiro livre na esquerda, mas preferiu seguir em frente e tentou o chute. Bateu com muita precisão, numa bola rasteira que entrou no cantinho de Terracciano. A Viola teria que remar tudo novamente. E a verdade é que os italianos estavam baqueados, sem uma resposta contundente.

Vincenzo Italiano acionou o banco de reservas. Em poucos minutos, quatro novas peças entraram no ataque: Gaetano Castrovilli, Josip Brekalo, Christian Kouamé e Luka Jovic. O Basel se defendia com competência e sequer permitia aos adversários a finalização. Quase saiu a virada aos 39, numa cobrança de escanteio que Amdouni conectou de cabeça e mandou ao lado da trave. Até mesmo a torcida em Florença arrefecia. E o prêmio para a perseverança do Basel viria nos acréscimos, com o gol da vitória após mais uma bola parada. A falta alçada cruzou a área, até que Darian Males aproveitasse a sobra no segundo pau. Mandou no pagode e Amdouni cravou nas redes com um chute de primeira, aos 48. Não haveria mais tempo para a reação da Viola.

Um sopro de esperança para a Fiorentina é que as melhores atuações nestes mata-matas da Conference aconteceram fora de casa. A Viola goleou Braga, Sivasspor e Lech Poznan. Contudo, todos os resultados ocorreram em jogos de ida. Desta vez, os italianos precisarão tomar a iniciativa e encararão um adversário mais cauteloso. É uma situação que apetece o Basel, pela maneira como o time se mostrou competente nas poucas chances e bem organizado. A chance de colocar a Suíça pela primeira vez numa final continental é bastante real.

Saiba mais sobre o veículo