Trivela
·21 de outubro de 2021
Trivela
·21 de outubro de 2021
A ida de Neymar para o Paris Saint-Germain em 2017 teve um forte aspecto financeiro, mas a questão esportiva não podia ser deixada de lado. E a diferença da situação parisiense para a catalã era muito clara: Messi não estava no PSG e Neymar poderia ser finalmente um protagonista na Europa, sem ter que dividir um holofote.
Avançando para 2021, Messi fez o inimaginável e está em Paris. E depois desses quatro anos, não só Neymar não conseguiu ser melhor do mundo – pior, não pegou top 10 em 2018 e 2019 e foi 9° em 2020 – como Messi aproveitou para ser melhor do mundo mais uma vez.
Com Neymar o PSG não conseguiu subir de patamar na Europa até a desejada “orelhuda” (apelido da taça da Champions), mas sempre é um favorito para a conquista nas casas de apostas. Você pode, neste artigo, conferir quais são as melhores casas de apostas e os bônus para novos clientes.
Por isso a chegada de Messi é o tiro final do clube, assim como a permanência de Kylian Mbappe, mesmo que o atacante francês tenha deixado claro que quer sair para o Real Madrid. Se o PSG fosse um clube normal teria vendido, já que o clube da capital espanhola ofereceu quase 200 milhões de euros mesmo com Mbappe podendo sair de graça em menos de um ano.
Só há uma bola para jogar e três atacantes que estão entre os 10 melhores do mundo pelo menos. Além disso, o PSG joga o Campeonato Francês, o que muitos argumentam que prejudica Neymar porque o desafio não é grande e o jogo é físico, ocasionando lesões que seguidamente o tiram de partes grandes das temporadas do time.
O começo de temporada do brasileiro é o seu pior em anos nos números, o que, claro, pode não ser um indicativo de como será o final. Críticas sobre sua forma física parecem exageradas, mas não é demais pensar que chegando nos 30 anos (em fevereiro de 2022), Neymar pode não ter o mesmo auge prolongado que Cristiano Ronaldo, por exemplo.
O próprio já indicou isso em entrevista recente, afirmando que a Copa do Mundo de 2022 pode ser sua última e apontando que o mental pode ter sofrido com as pressões inerentes a ser uma estrela desde que era adolescente.
Com Mbappé em sua provável última temporada na França e querendo mostrar seu valor e Messi como protagonista mesmo quando assume posição de garçom, Neymar terá que encontrar seu espaço até jogando mais sem a bola. Será algo novo em sua passagem no PSG.
Além do aspecto mental que o próprio jogador abordou em sua entrevista, as questões físicas perseguem Neymar nos últimos anos. Não houve uma lesão séria – fratura no tornozelo, lesão de ligamento – que tirariam o atleta de campo por muitos meses, mas são várias as contusões por impacto e devido a seu jogo de habilidade e posse de bola.
Avançando na carreira e com o peso das muitas temporadas e jogos, além de ser um protagonista na seleção brasileira desde 2010, cada lesão se torna mais difícil de recuperar e retira a explosão, uma característica importante de seu jogo.
O ponto subestimado de Neymar é que ele aprendeu constantemente a melhorar seu jogo. De um ponta habilidoso no seu começo de carreira ele logo tornou-se letal no um contra um e na frente do gol. Aos poucos recuou e ganhou novas áreas do campo, sendo um camisa 10 mais tradicional, mas que flutua bastante. Entretanto uma hora seu físico o obrigará a uma posição mais estática em campo, algo que Messi aceitou e tornou-se excelente nisso.
O problema é que não é possível ter dois em campo com essas características porque o ataque não será dinâmico e a recomposição sofrerá muito. Neymar ainda não está nesse estágio, mas por enquanto o encaixe de todas as peças no PSG é uma dúvida e Mauricio Pochettino sofre pressão.
Até quando Neymar terá vontade de continuar em campo em busca de uma Champions como protagonista no PSG, uma Copa do Mundo pelo Brasil e o prêmio de melhor do mundo? Isso irá acontecer em algum momento?
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