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·26 de setembro de 2024

Coisas que só acontecem ao Botafogo: a Estrela Solitária brilhou no Morumbi

Imagem do artigo:Coisas que só acontecem ao Botafogo: a Estrela Solitária brilhou no Morumbi

Muitas coisas aconteceram ao Botafogo nos últimos tempos. Coisas que só acontecem, na verdade, com o Botafogo. A torcida levou golpe atrás de golpe. Mas a sorte parece começar a mudar. Depois de um jogaço no Morumbi, que começou com vantagem alvinegra, e teve empate de Calleri para o São Paulo perto do fim, o torcedor, com a Estrela Solitária ao peito, teve de esperar as dramáticas cobranças de pênaltis. Que pareceram durar cinco décadas. As décadas que ele esperou para gritar que o time está, de novo, em uma semifinal de Libertadores.

Depois de empate sem gols no Rio, o Glorioso sofreu nos pênaltis, mas voltou para uma semifinal continental depois de 51 anos. Agora, aguarda como adversário quem passar de Peñarol e Flamengo, que jogam amanhã com vantagem uruguaia de 1 a 0.


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Botafogo domina, mas leva susto

O jogo começou com uma carta de boas intenções das equipes: os dois lados mostraram no início que o duelo seria aberto. Mas faltou uma precisão maior no último terço para os cariocas, e mais aproximações para as jogadas paulistanas evoluírem.

Igor Jesus, que até então não havia acertado nada, se redimiu aos 15. Luiz Gustavo vacilou em saída de bola e o atacante abriu na canhota da área para Savarino. O venezuelano bateu cruzado, Rafael soltou e Thiago Almada, de cabeça, mandou para dentro.

O São Paulo continuou tendo dificuldade para sair da defesa depois do gol. Era claro o buraco que havia entre a defesa e o ataque. O time jogava em uma espécie de 4-2-4, com jogadores bem distantes. Lucas Moura, aos poucos, tentou voltar para fazer a saída de bola fluir.

Enquanto o rival tentava se acertar, o Botafogo continuava mais perigoso. Após roubada de bola de Thiago Almada no campo de ataque, Igor Jesus bateu de fora da área no cantinho. Rafael ficou olhando, e a bola passou raspando a trave.

Com 35 minutos de jogo, vendo sua equipe não conseguir reagir, Zubeldía mudou o esquema para 4-4-2, e colocou Luciano na vaga de William Gomes. Só que era o Glorioso que continuava envolvente. De pé em pé, chegava na área para ameaçar.

Já perto do intervalo, o Tricolor lançou bola na área. Lucas tentou a cabeçada, e o árbitro viu toque de mão de Barboza na área: pênalti. Lucas Moura bateu no meio, alto. A bola sumiu demais, triscou no travessão e saiu em tiro de meta.

Calleri não perdoa na segunda

Calleri teve, no início do segundo tempo, uma chance ainda mais clara que o pênalti. Lucas fez jogada pela canhota, bateu cruzado e a bola sobrou na pequena área, limpa e sem goleiro, para Calleri. O atacante, que já havia falhado em lance similar no Rio, errou de novo e mandou para fora.

O São Paulo foi para cima. Pouco depois, Lucas fez jogada na direita da área, cortou a marcação e bateu forte. John conseguiu jogar para escanteio. O Botafogo acabou mais recuado em campo, esperando o momento para tentar matar o jogo no contra-ataque.

Com o tempo, a pressão tricolor foi arrefecendo. Zubeldía tentou recolocar o time no jogo com Igor Vinícius na direita e Nestor no meio. O Bota ia travando o jogo, ganhando tempo, usando o relógio a seu favor.

Mas quando o relógio já marcava 41 minutos, André Silva avançou pela canhota, cruzou e Calleri, dessa vez, não perdoou. De cabeça, o atacante mandou no cantinho e venceu John para empatar o duelo.

O final do jogo foi eletrizante. Quente. Clima de decisão. Com Nestor chegando perto da vitória de um lado em chute de fora. E Adryelson ameaçando de cabeça do outro. Mas no fim, a decisão foi nos pênaltis.

Pênaltis que levaram cinco décadas

Na primeira cobrança, o jogador que poderia terminar a noite como herói falhou. Calleri mandou a bola no travessão, que ficou balançando. Tchê Tchê, em seguida, abriu o placar para os cariocas.

Lucas Moura, por sua vez, se redimiu. Apesar de John ter ficado muito próximo da defesa: o goleiro chegou a tocar na bola. Do outro lado, Rafael esteve longe de pegar as cobranças de Danilo Barbosa e Marçal. Só que Vitinho... Isolou!

Vieram as alternadas. John seguiu sempre perto de pegar. Até que conseguiu: defendeu a cobrança de Nestor. Matheus Martins, na cobrança seguinte, colocou o Botafogo na semifinal da Libertadores. Os pênaltis pareceram demorar décadas. As cinco décadas que o torcedor botafoguense esperou para ver o time, de novo, em uma semifinal do principal torneio sul-americano. Acesa a ilusão do sonho pela glória eterna.

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