City mantém maior receita da Europa e, pela primeira vez, Liverpool supera o Manchester United | OneFootball

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·19 de janeiro de 2023

City mantém maior receita da Europa e, pela primeira vez, Liverpool supera o Manchester United

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As receitas dos clubes mais ricos do futebol europeu geradas durante a temporada 2021/22 retornaram ao patamar pré-pandemia e, durante essa recuperação, a Premier League aproveitou para ampliar o seu domínio com seis clubes no top 10 e 16% da tabela da primeira divisão fazendo parte dos 30 primeiros colocados, segundo o tradicional estudo da consultoria Deloitte, publicado todos os anos. O Manchester City manteve a primeira posição, e o Liverpool teve o maior crescimento, aparecendo em terceiro.

O total de faturamento dos 20 clubes que lideram o Football Money League foi de € 9,2 bilhões em 2021/22, aproximadamente o mesmo valor de 2018/19 – última temporada não afetada pela pandemia. Representa um aumento de 13% em comparação com os € 8,2 milhões gerados em 2020/21. Não existiu nenhuma fórmula mágica: com o público voltando aos estádios com força total, as receitas com bilheteria e dia de jogo subiram de € 111 milhões para € 1,4 bilhão.


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Houve um pequeno aumento em receitas comerciais, de 8%, liderado pelos clubes ingleses, que também se beneficiaram do movimento da taxa de câmbio. O valor dos direitos de televisão caiu 11%, principalmente porque receitas de jogos adiados da temporada 2019/20 foram passadas para o ano financeiro de 2020/21, um extra que não existiu dessa vez.

A divisão das receitas do top 20 também se assemelha às análises pré-pandemia, com 44% em direitos de televisão, 41% de faturamentos comerciais e 15% de dia de jogo – vendas de jogadores não são consideradas pelo estudo.

Com € 731 milhões, o Manchester City é o clube de maior faturamento do mundo, mantendo a primeira posição em relação à lista anterior. O clube apareceu entre os cinco líderes pela primeira vez apenas em 2015/16 e viu um grande aumento de receitas comerciais no último ano – subindo € 65 milhões para € 373 milhões.

O principal movimento no topo foi do Liverpool, que chegou à final da Champions League, ganhou duas copas inglesas e brigou pelo título da Premier League até o fim. O sucesso não apenas gerou polpudas premiações, mas levou muita gente a Anfield. Pela primeira vez, o clube teve receitas de dia de jogo superiores a € 100 milhões. E também pela primeira vez, passou o Manchester United ao arrecadar € 701,7 milhões contra € 688,6 milhões dos Red Devils. O Liverpool teve um crescimento de 27% em relação ao ano anterior (€ 550,4 milhões)

A recuperação esportiva do Arsenal está sendo acompanhada por uma ascensão financeira. Chegou ao top 10 pela primeira vez desde 2018/19, com receita de € 433,5 milhões. Quem saiu desse mini-grupo de elite foi a Juventus, agora em 11º lugar, que ainda disputou uma Serie A com restrição de público e não tem encaixado boas campanhas nas competições da Uefa faz tempo.

O domínio da Premier League é quase obsceno. Mais de metade dos 20 clubes de maior faturamento, segundo a Deloitte, é inglês: 11. Mesmo times que não costumam disputar torneios europeus e têm estádios modestos conseguem ficar à frente de rivais de outros países que estão constantemente no futebol continental. O estudo destaca o Leeds, que precisou de apenas duas participações na Premier League, após um exílio de 16 anos, para aparecer em 18º lugar, com pouco menor que a do Milan – que foi campeão italiano: € 223 milhões x € 264 milhões.

Ampliando a lupa, há 16 clubes ingleses no top 30. Isso significa todos que não foram rebaixados em 2021/22, com exceção do Brentford. O Eintracht Frankfurt ganhou a Liga Europa e faturou apenas € 10 milhões a mais do que o pequeno e bem administrado Brighton. O Crystal Palace, eternamente no meio da tabela da Premier League e estruturalmente nada demais, ganhou mais dinheiro que Ajax, Sevilla e Villarreal, semifinalista da última Champions League.

Depois dos 16 clubes ingleses, aparecem cinco da Espanha no top 30, seguidos por três da Serie A, três da Bundesliga e apenas um da França (adivinha quem?). Benfica e Ajax são os únicos representantes que não militam nas chamadas cinco grandes ligas do futebol europeu.

O caso Barcelona

O Barcelona obrigou todo mundo a aprender o que é uma alavanca financeira durante a sua desesperada empreitada para contratar jogadores no último mercado de transferências. Essas receitas extraordinárias ainda não constam no estudo da Deloitte sobre a temporada 2021/22. Embora o clube catalão apareça em sétimo lugar, com crescimento de 10% em relação a 2020/21, ainda está longe dos níveis de grana pré-pandemia – € 203 milhões a menos que em 2018/19. O Real Madrid também não se recuperou totalmente, mas tem o segundo maior faturamento do mundo, em € 713,8 milhões, e apenas € 43 milhões a menos do que na última temporada não afetada pela Covid-19.

A pandemia não explica toda a derrocada do Barcelona porque também houve uma queda de 13% em receitas de transmissão, parcialmente atribuída ao desempenho ruim em competições da Uefa – foi a primeira temporada desde 2003/04 que o Barça não esteve na Champions League. Houve crescimento de receitas comerciais, de míseros € 7 milhões, muito pouco em comparação aos seus principais rivais: € 65 milhões do City, € 37 milhões do Liverpool, € 47 milhões do United, € 46 milhões do PSG e € 33 milhões do Bayern.

Embora tenha sido eliminado da fase de grupos da Champions League nesta temporada, a tendência é que suas receitas subam significativamente no próximo estudo porque o Barcelona fechou um acordo comercial importante com o Spotify, além de ter vendido 49,9% da sua empresa de licenciamento e 25% dos direitos de transmissão domésticos de La Liga pelos próximos 25 anos para se encaixar nas regras do Fair Play Financeiro espanhol e poder registrar novos jogadores.

Este é o top 30 das receitas do futebol europeu, segundo a Deloitte:

1º – Manchester City (Inglaterra): € 731 milhões 2º – Real Madrid (Espanha): € 713,8 milhões 3º – Liverpool (Inglaterra): € 701,7 milhões 4º – Manchester United (Inglaterra): € 688,6 milhões 5º – PSG (França): € 654,2 milhões 6º – Bayern de Munique (Alemão): € 653,6 milhões 7º – Barcelona (Espanha): € 638,2 milhões 8º – Chelsea (Inglaterra): € 568,3 milhões 9º – Tottenham (Inglaterra): € 523 milhões 10º – Arsenal (Inglaterra): € 433,5 milhões 11º – Juventus (Itália): € 400,6 milhões 12º – Atlético de Madrid (Espanha): € 393,9 milhões 13º – Borussia Dortmund (Alemanha): 356,9 milhões 14º – Internazionale (Itália): € 308,4 milhões 15º – West Han (Inglaterra): € 301,2 milhões 16º – Milan (Itália): € 264,9 milhões 17º – Leicester (Inglaterra): € 252,2 milhões 18º – Leeds (Inglaterra): € 223,4 milhões 19º – Everton (Inglaterra): € 213,7 milhões 20º – Newcastle (Inglaterra): € 212,3 milhões 21º – Aston Villa (Inglaterra): € 210,9 milhões 22º – Eintracht Frankfurt (Alemanha): € 208,3 milhões 23º – Brighton (Inglaterra): € 198,4 milhões 24º – Benfica (Portugal): € 196,7 milhões 25º – Wolverhampton (Inglaterra): € 195,4 milhões 26º – Crystal Palace (Inglaterra): € 188,9 milhões 27º – Ajax (Holanda): € 187,2 milhões 28º – Sevilla (Espanha): € 186,1 milhões 29º – Villarreal (Espanha): € 178,7 milhões 30º – Southampton (Inglaterra): € 177,7 milhões

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