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·29 de novembro de 2020

Cirurgião acusado de negligência em morte de Maradona se defende

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Além das homenagens constantemente realizadas ao redor do globo em relação a trágica morte de Diego Armando Maradona, a justiça argentina trabalha em paralelo com as investigações acerca da possibilidade de negligência médica no contexto em que o falecimento aconteceu.


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Com isso, depois de ter sua casa e consultórios médicos revistas em operação autorizada judicialmente, o cirurgião responsável pela operação realizada no início de novembro em Maradona, Leopoldo Luque, deu uma entrevista em sua residência onde demonstrou-se triste e surpreso:

“Não leram as acusações contra mim, então não estou informado. Vieram de um modo que não se espera depois de um evento assim e depois de ter trabalhado por Diego como fiz. Entraram, é seu trabalho, eu entendo, por isso, com a minha mulher e a minha família, abrimos as portas e os demos tudo o que precisavam. Levaram o histórico clínico com todos os registros das anotações que fiz e dos profissionais que participaram. Depois, dispositivos eletrônicos de todo tipo (discos rígidos, telefones e dispositivos). Me surpreendeu absolutamente.”

“Quando Diego morreu, eu cheguei ao local e a polícia estava lá, trabalhando. Eu estive à disposição em todo momento. Não me levaram para dpor porque não estive, mas tampouco sabia que ia ser desse modo. Não vou criticar esse procedimento porque não o conheço. O que vou fazer é estar a disposição. Sei que o que fiz com e por Diego até o último momento e tenho tudo para mostrar. Estou absolutamente seguro que fiz o melhor por ele”, pontuou o Dr. Luque.

O médico fez questão também de frisar não apenas que não existe qualquer relação médica da morte do Pibe com a realização da cirurgia para retirada do coágulo no cérebro bem como a dificuldade de cuidar de um paciente com o perfil “teimoso” que tinha Don Diego.

“Não posso nem ler as coisas que dizem porque estou muito mal. Morreu meu amigo, uma pessoa que acompanhei até o último segundo. Estive no enterro e no velório. Vi muita gente que não tinha visto nunca. Eu sou neurocirurgião, Diego odiava os médicos, os psicólogos e todo mundo relacionado a saúde. Comigo era diferente porque era genuíno. Eu não tirava nenhuma foto, estava o tempo todo com ele. Tinha muitas dores e problemas de antes de me conhecer. Necessitava de ajuda e não tinha forma de conscientizá-lo”, disse o médico, agregando:

“Diego tem autonomia, não é insano. É uma pessoa que, o tempo todo, pode decidir. Não escutei na imprensa uma pessoa coerente. Não houve critério psiquiátrico, era muito difícil. Diego me tirou um monte de vezes da sua casa e, depois, me chamava. A relação era de um pai com um filho rebelde. Eu o acompanhava até o dentista, se eu não estava do seu lado, ele não tirava nem um dente. As estupidezes que estão falando não fazem mais do que machucar Diego porque Diego sempre gostou de mim.”

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