Cinco duelos do passado que serão repetidos nas oitavas de final da Champions League | OneFootball

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·07 de novembro de 2022

Cinco duelos do passado que serão repetidos nas oitavas de final da Champions League

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A Uefa sorteou nesta segunda-feira as oitavas de final da Champions League, com muitos duelos de peso. Dois serão inéditos: Club Brugge x Benfica e Borussia Dortmund x Chelsea. Manchester City e RB Leipzig encontraram-se apenas na fase de grupos da última Champions League, com uma vitória para cada lado. Os outros cinco confrontos trazem histórias interessantes do passado e contaremos algumas delas a seguir.

Milan x Tottenham, semifinal da Copa da Uefa de 1971/72

O sorteio rendeu maus agouros ao Milan. Em dois confrontos por copas europeias no passado, o Tottenham levou a melhor. O mais recente foi nas oitavas de final da Champions League em 2010/11, quando um único gol de Peter Crouch eliminou o time de Thiago Silva, Ibrahimovic, Robinho e Alexandre Pato. Quase quarenta anos antes, times históricos de ambos decidiram uma vaga na final da Copa da Uefa, pouco antes de começarem a a perder potência.


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No lado italiano, era o de Nereo Rocco, que levou duas Copas dos Campeões e uma Recopa nos anos sessenta (com uma segunda Recopa em 1972/73), além de dois Campeonatos Italianos. Em campo, comandado pelo grande Gianni Rivera. O Tottenham estava nos anos finais do técnico Bill Nicholson, condutor do seu período mais glorioso, que incluiu o seu único título inglês e também grandes caminhadas no futebol europeu.

No White Hart Lane, Romeo Benetti abriu o placar com um chute alto da entrada da área, mas os donos da casa viraram sem grandes problemas, com dois gols de média distância de Stephen Perryman, no começo de suas quase duas décadas de serviço aos Spurs. O segundo pouco depois da expulsão de Riccardo Sogliano. Alan Mullery ampliou a vantagem inglesa no sétimo minuto do jogo de volta no San Siro. Rivera empatou de pênalti e a reação do Milan parou por aí.

Eintracht Frankfurt x Napoli, oitavas de final da Copa da Uefa de 1994/95

Na época pós-Maradona no sul da Itália, o Napoli estava preso no meio da tabela. E gerando novos ídolos. Aquela seria a última temporada de um jovem Fabio Cannavaro antes de ser vendido ao Parma. Terminaria em sétimo lugar na Serie A, com campanhas razoáveis nas outras competições. Chegou às quartas de final da Copa Itália e às oitavas da Copa da Uefa. Também contava com o brasileiro André Cruz e com o colombiano Freddy Rincón.

O Frankfurt estava em boa fase. Havia recentemente ficado três vezes em terceiro lugar na Bundesliga em quatro anos, com duas semifinais de Copa da Alemanha. A temporada anterior havia sido de baixa, em quinto lugar, e uma novidade para 1994/95 era a contratação de Jupp Heynckes, que já havia conquistado títulos nacionais com o Bayern de Munique. Não foi exatamente um sucesso: ele durou apenas um ano e foi apenas nono colocado.

Os alemães ganharam os dois jogos por 1 a 0. Primeiro, na Itália, Cannavaro foi expulso no fim do primeiro tempo, e um gol contra de Renato Buso garantiu a vantagem. Mesmo sem Jay-Jay Okocha e Tony Yeboah na volta, o Frankfurt venceu novamente, graças ao gol de Ralf Falkenmayer no começo da etapa final. A campanha alemã terminou na fase seguinte, nas quartas de final, contra a Juventus.

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Internazionale x Porto, oitavas de final da Champions League de 2004/05

Depois de uma temporada histórica, vem a caótica. José Mourinho foi embora do Porto após conquistar a Champions League, e os Dragões ficaram à deriva. Foram três técnicos em 2004/05. Luigi Del Neri, escolhido para suceder o Special One, nem estreou. Foi demitido no começo de agosto por “razões pessoais”. Teria chegado atrasado ou faltado em muitas sessões de treinamento, o que ele negou. O espanhol Victor Fernández durou até janeiro e pelo menos conquistou o Mundial de Clubes contra o Once Caldas. Na altura das oitavas de final da Champions League, o comandante era o português José Couceiro.

Foi também um momento de reformulação do time. Mourinho levou Ricardo Carvalho e Paulo Ferreira para o Chelsea. Deco saiu para o Barcelona. O dinheiro foi reinvestido em nomes como Hélder Postiga, Diego, Ricardo Quaresma, Luis Fabiano e até um jovem Pepe chegando do Marítimo. Por outro lado, a Internazionale de Roberto Mancini preparava-se para dominar o futebol italiano, aproveitando a derrocada da Juventus por causa do escândalo do Calciopoli. Era um time com Zanetti, Córdoba, Materazzi, Cambiasso, Verón, Stankovic e um brasileiro chamado Adriano, que seria o grande destaque do jogo de volta.

A ida no Estádio do Dragão terminou empatada em 1 a 1. Logo aos cinco minutos no San Siro, o Imperador interceptou um passe errado, botou na frente, deixou Jorge Costa para trás e bateu, com um desvio que encobriu Vítor Baía. Pouco depois, Julio Cruz encontrou ótimo passe para o brasileiro, dominar e chutar com a parte de fora da sua potente canhota na saída de Baía. Jorge Costa descontou após escanteio, mas Adriano estava impossível. Aos 41 minutos, recebeu o passe de Verón na direita, entrou na área, deu o drible para dentro e colocou no canto para matar o jogo.

Liverpool x Real Madrid, oitavas de final da Champions League de 2008/09

Dois dos três duelos mais importantes são muito recentes. As finais de 2017/18 e 2021/22, que terminaram com vitória merengue. Outra decisão foi em 1980/81, cuja história contamos com profundidade aqui. O Real Madrid também saiu vencedor nas quartas de final de 2020/21, e o Liverpool nas oitavas de 2008/09. Com folgas. Era uma época difícil para o clube espanhol, que tentava se livrar da maldição das oitavas de final (seis eliminações seguidas nessa fase). O Liverpool de Rafa Benítez aproveitava o seu último grande time antes de quase entrar em falência e ser vendido à Fenway Sports Group.

Antes de Karim Benzema, Kaká e Cristiano Ronaldo, o Real Madrid apostava no talento de Wesley Sneijder e Arjen Robben. Havia até dobrado a aposta em sangue holandês, com as contratações de Rafael van der Vaart e Klas-Jan Huntelaar naquela temporada. Juande Ramos era o comandante, depois da demissão de Bernd Schuster. Os ingleses contavam com um meio-campo daqueles: Xabi Alonso, Javier Mascherano e Steven Gerrard. Com Fernando Torres guardando lá na frente.

Foi um recital em Anfield. Torres quase abriu os trabalhos com um golaço, dominando de letra para tirar o marcador, antes de bater rasteiro no canto. Casillas defendeu com os pés. O goleiro espanhol também espalmou com a ponta dos dedos um chute de fora da área de Mascherano ao travessão. Torres abriu o placar, aos 16 minutos, depois de um pressionado Pepe perder a bola para Dirk Kuyt. Gerrard ampliou de pênalti, após mais um par de defesas importantes de Casillas. O capitão fez o terceiro no segundo tempo, completando com elegância o cruzamento de Ryan Babel. Kuyt fechou a conta em contra-ataque. No Bernabéu, Yossi Benayoun garantiu uma segunda vitória em inglesa, por 1 a 0.

Bayern de Munique x Paris Saint-Germain, fase de grupos de 1997/98

Naquele ano, a Champions League foi ampliada para seis grupos, em vez de quatro. Isso significou que apenas dois segundos colocados avançaram às quartas de final. A liderança do Grupo E foi decidida no confronto direto, a favor do Bayern de Munique por causa de uma grande goleada por 5 a 1 em casa. Os bávaros, treinados por Giovanni Trapatonni, perderam o título da Bundesliga naquela temporada, antes de emendar um tricampeonato na virada do século com Ottmar Hitzfeld. O PSG não era a potência de hoje em dia, mas estava em um bom momento. O time de Raí conquistou as duas copas francesas em 1997/98 e havia levado a Recopa Europeia dois anos antes.

Élber abriu o placar para os donos da casa no Estádio Olímpico de Munique, e Castern Jancker aproveitou erro de domínio do goleiro Christophe Revault para ampliar, aos 20 minutos. Outro erro de Revault, agora na saída de bola, permitiu o segundo de Jancker e o terceiro do Bayern, no começo da etapa final. Marco Simone descontou aos visitantes, antes de Thomas Helmer e Élber construírem a goleada. O PSG ganhou no Parque dos Príncipes, por 3 a 1, mas, como havia perdido para o Besiktas, chegou à última rodada sem chance de aproveitar a derrota do Bayern para o Göteborg. E além disso, empatou em 12 pontos com a Juventus na briga pelas vagas dos segundo colocado e ficou fora do mata-mata no saldo de gols.

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