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Luiz Signor·16 de novembro de 2020
🔥 Ceni, Diniz e Odair entre os técnicos mais promissores do Brasil

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Luiz Signor·16 de novembro de 2020
Os duelos entre São Paulo e Flamengo pela Copa do Brasil – o segundo será na próxima quarta (18) colocam frente a frente dois dos mais promissores treinadores do futebol brasileiro: Rogério Ceni e Fernando Diniz.
E o OneFootball fala um pouco sobre eles e outros que já chamaram ou chamam a atenção.
Já são 11 anos de carreira, mas ele só começou a chamar a atenção em 2016, quando foi vice-campeão paulista com o Audax.
O time que tinha Tchê Tchê, Camacho e Ytalo como destaques, por exemplo, chamou a atenção por priorizar a bola, sair jogando desde o goleiro e criar muitas chances. Seria a marca das equipes de Diniz.
Antes, Diniz já havia tido títulos e/ou acessos por Votoraty, Paulista e Atlético Sorocaba, por exemplo.
Ele teve a então maior chance da carreira em 2018, quando foi contratado pelo Athletico-PR logo após fechar com o Guarani.
O início foi muito promissor, mas veio uma sequência de resultados ruins e a demissão após nove derrotas em 11 jogos. Foram cinco vitórias, sete empates e nove derrotas, um aproveitamento de 34,9%.
O Furacão encerrou a temporada com o título da Sul-Americana sob o comando de Tiago Nunes.
Aposta do Fluminense para 2012, Diniz não conseguiu justificar a nova oportunidade. Foram 18 vitórias, 11 empates e 15 derrotas – 49,2% de aproveitamento.
O estilo de jogo não foi acompanhado dos resultados, o que garantiu a sua demissão após uma derrota para o CSA no Maracanã – que levou o time ao Z-4.
Diniz teve mais uma grande chance ao ser oficializado pelo São Paulo no fim de setembro após um “pedido dos jogadores”. E garantiu o time na Libertadores-2020 após o sexto lugar no Brasileirão.
O Tricolor caiu para o Mirassol no Paulista e deu vexame na Libertadores e, depois, na Sul-Americana.
Ele segue prestigiado e, agora, tem como missão encerrar o jejum de títulos do São Paulo ao levar a Copa do Brasil ou o Brasileirão – o Tricolor tem boas chances de levar o primeiro turno.
Maior ídolo da história do São Paulo, Rogério Ceni se aposentou em 2015. Passou o ano seguinte estudando e, em dezembro, foi anunciado como técnico do Tricolor.
O começo foi com o título da Florida Cup, torneio amistoso de pré-temporada. Mas o sequência do trabalho não foi como ele esperava.
O São Paulo colecionou quedas, incluindo o fracasso para o Defensa y Justicia, pela Sul-Americana.
E Ceni, sem conseguir implantar um modelo de jogo, caiu após a entrada do time na zona de rebaixamento do Brasileirão. E com somente sete meses no cargo.
Ceni foi a aposta do Fortaleza para a temporada de 2018, a do centenário do clube. E ajudou a mudar a história do Leão do Pici.
Com um grande trabalho à beira do campo e exigindo melhorias estruturais, Ceni levou o Tricolor à elite do Brasileirão após o título da Série B de 2018.
O 2019 foi ainda mais histórico. O Fortaleza levou o Cearense, a Copa do Nordeste e fazia grande Brasileirão até Ceni ser procurado pelo Cruzeiro.
Ele aceitou, mas durou pouco no clube mineiro, que já agoniza antes da queda inédita. Ceni foi demitido e, logo depois, voltou ao Leão.
O Fortaleza encerrou o Brasileirão com a sua melhor campanha na elite, se garantindo, ainda, na Sul-Americana.
O Leão vinha de uma boa temporada em 2020. Caiu para o Ceará na Copa do Nordeste, mas deu o troco no Ceará ao levar o Estadual e fazia boa campanha no Brasileirão – ostentando a defesa menos vazada.
O grande trabalho no Fortaleza fez Ceni ser alvo de outro clube: o Flamengo. E ele deixou o Leão mais uma vez, iniciando o maior desafio da carreira considerando o status atual do Rubro-Negro e a força do seu elenco.
Ex-volante, Odair deixou a condição de atleta em 2009, quando defendia o Brasil de Pelotas – estava no acidente que vitimou o zagueiro Régis, atacante Claudio Millar e o preparador de goleiros Giovane Guimarães.
O início da carreira de treinador foi em 2010, como auxiliar técnico no sub-17 e, depois, no sub-20 do Internacional, clube que o revelou como atleta.
Foi promovido ao elenco principal em 2013, também na função de auxiliar técnico. Esteve na comissão técnica da Seleção que levou o título mundial sub-17 em 2015 e, no ano seguinte, foi campeão olímpico nos Jogos do Rio integrando a comissão de Rogério Micale.
Efetivado como treinador do Inter para as três rodadas finais da Série B de 2017, foi mantido no cargo para a temporada seguinte, levando o Colorado à Libertadores de 2019.
O fim da passagem veio outubro de 2019, após a queda de rendimento no Brasileirão – time tinha sido vice da Copa do Brasil semanas antes. E caído na Libertadores para o futuro campeão Flamengo.
Ganhou nova chance para esta temporada, quando foi confirmado pelo Fluminense – clube que defendeu em 1999.
O Tricolor deixou a desejar na Sul-Americana e na Copa do Brasil, mas faz uma campanha acima das expectativas apesar das derrotas nas duas últimas rodadas.
Odair mostrou ter uma boa gerência de grupo e fez, diante das circunstâncias, um bom trabalho no Inter. E vai, apesar das quedas precoces nos torneios mata-matas, colecionando mais elogios do que críticas no Fluminense.
A carreira de Tiago Nunes teve início em 2005, quando comandou o São Luiz, de Ijuí, na Divisão de Acesso, a Segundona. Antes, era preparador físico.
O primeiro título veio em 2009, quando levou o Mato-Grossense pelo Luverdense. No ano seguinte, levou o Acreano pelo Rio Branco. Rodou o Brasil e, entre 2013 e 2016, trabalhou em equipes de base.
Chegou ao Athletico-PR em 2017 após um bom trabalho com o Veranópolis no Gauchão.
Passou pelos times sub-20 e sub-23 do Furacão até assumir o time principal com a demissão de Fernando Diniz – ele já havia conquistado o Paranaense de 2018 com o time alternativo do Rubro-Negro.
E fez um grande trabalho. O Furacão encerrou o ano com a taça inédita da Sul-Americana e vaga na Libertadores. Veio 2019 e outro título histórico: a Copa do Brasil. Chamou a atenção por implantar um estilo de jogo ofensivo e que garantiu resultados.
A grande chance na carreira veio com a proposta do Corinthians, mas foi demitido em setembro deste ano, após novo insucesso para o Palmeiras.
Misturou as ideias, fugiu de sua filosofia e se igualou em busca dos resultados. Nem os resultados vieram, nem uma nova perspectiva dentro de campo, o que abreviou uma tentativa frustrada de injetar um novo DNA no clube.
O Timão caiu nas fases preliminares da Libertadores, foi vice do Paulistão e fazia campanha ruim no Brasileirão.
Em sua defesa, garantiu que não sabia dos problemas financeiros do Timão, por exemplo.
Já foi procurado por diversos clubes, mas deixou claro que só topa começar uma temporada.
Foto destaque: Buda Mendes/Getty Images