Cavani: arco e flecha da Seleção Uruguaia | OneFootball

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·22 de outubro de 2020

Cavani: arco e flecha da Seleção Uruguaia

Imagem do artigo:Cavani: arco e flecha da Seleção Uruguaia

Edinson Cavani, centroavante de 33 anos, está fora da última convocação do Uruguai, que irá disputar as eliminatórias sul-americanas. O atacante está sem clube desde junho, quando não renovou com o PSG, e sua última partida foi em março.

Assim, não parece espantoso que não tenha sido convocado para defender seu país, uma vez que está sem ritmo de jogo, embora seja um baita jogador.  No entanto, não é normal ver a Celeste sem um de seus principais jogadores, que já fez tanto com ela. Como resultado, a coluna Desclausurando o Uruguaio relembra a trajetória do atleta por sua seleção.


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CAVANI: CARREIRA NA SELEÇÃO

PRIMEIROS PASSOS

O atacante iniciou sua carreira na seleção principal com apenas 20 anos, em um amistoso realizado em 06/02/2008; e já começou colocando a bola no fundo da rede. De lá para cá, participou de diversos campeonatos e se mostrou peça fundamental, ao lado de Suárez, para o brilho de sua equipe. Logo em sua primeira Copa do Mundo, no ano de 2010, já se destacou no ataque, e conseguiu chegar com sua seleção às semifinais.

Embora jogado bem, marcou apenas um gol, na disputa de 3º e 4º lugares. Assim, ele já demonstrava que, mesmo sendo centroavante por posição, não precisava se limitar a esta função, se mostrando rápido, forte, ágil e, o mais importante, versátil.

PRIMEIRO (E ÚNICO) TÍTULO

Na Copa América de 2011 conquistou o seu primeiro, e único, título com a Celeste. É curioso que, justo na competição que venceu, jogou apenas três jogos, tendo sido os dois primeiros e parte do segundo tempo da final, por ter lesionado o joelho já na segunda partida. Vale ressaltar, o jogador não é importante somente dentro das quatro linhas, mas também fora, participando do grupo e passando confiança para seus companheiros.

GRANDE CONFUSÃO

Nas quartas de final da Copa América de 2015, contra os donos da casa, o Chile, Cavani não passou por bons momentos. Na ocasião, seu pai havia se envolvido em grave acidente automobilístico, o que já lhe havia desestabilizado, posto que se mostrava irritado e perdia chances que normalmente não perderia.

Como se isso já não bastasse, seu time estava sendo “colocado na roda” pelo rival, e na metade da segunda etapa, com o jogo ainda em 0 x 0, o jogador chileno Jara lhe passou a mão em um local tanto quanto inadequado. Com isso, o uruguaio acertou um tapa no rival, e foi expulso.

Dessa maneira, sem seu principal homem de ataque, o Uruguai perdeu sua esperança, e sucumbiu de vez aos 38′, quanto tomou gol e, consequentemente, perdeu a partida.

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ARCO E FLECHA DESTAQUE

Em 2013 chegou até as semifinais, onde caiu perante o Brasil, por 2 x 1. No ano seguinte, disputou mais uma Copa do Mundo, onde marcou um gol na estreia, mas não evitou a derrota contra a Costa Rica por 3 x 1. Contudo, na segunda rodada, proveu assistência para seu companheiro de ataque Suárez.

Assim, sua seleção venceu a Inglaterra por 2 x 1, resultado que foi fundamental para seguirem ao mata mata. Entretanto, nas oitavas de final não passaram pela Colômbia.

Embora tenha caído nas quartas na Copa do Mundo de 2018, o centroavante, foi, novamente, o grande destaque de sua equipe. Ele desencantou no último jogo da fase de grupos, marcando seu primeiro gol na competição contra os donos da casa, a Rússia. Assim, nas oitavas, decidiu a classificação marcando dois gols contra Portugal de Cristiano Ronaldo.

Ano passado, 2019, Cavani foi fundamental para que o time progredisse para o mata mata na Copa América: fez o gol da vitória sobre o Chile, fechando a primeira fase da competição. Assim, a seleção uruguaia passou em primeiro lugar do grupo. Contudo, não passaram pelo Peru na fase seguinte.

QUEM É CAVANI COM A CELESTE

Estamos falando simplesmente do terceiro jogador que mais vestiu a camisa Celeste, e o segundo com mais gols. Ele conta com 116 partidas totais, totalizando 57 vitórias, 33 derrotas e 26 empates. Além disso, são incríveis 50 gols marcados. Estes números só reforçam a importância do centroavante na história da seleção uruguaia e na confiança da mesma, pois ele, por diversas ocasiões, foi fundamental.

Seu principal diferencial não é a excelente técnica e capacidade de marcar, mas sim sua versatilidade, visto que ele também defende com muita garra quando necessário. O verdadeiro arco e flecha, que, embora centroavante nato, não se limita a ser somente isso, ou seja, além de concluir jogadas, também as constrói.

Em suma, Edinson Cavani não só é goleador máximo e uma metralhadora com balas infinitas de gol, como também o garçom, que busca o jogo quando precisa e serve seus companheiros.

Foto destaque: Reprodução/Mauro Pimentel/AFP

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