
Gazeta Esportiva.com
·23 de agosto de 2025
Cássio desabafa sobre dificuldade com inclusão de filha em escolas de BH

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·23 de agosto de 2025
Nesta sexta-feira, Cássio utilizou sua conta no Instagram para fazer um desabafo sobre a dificuldade com a inclusão de sua filha, Maria, nas escolas de Belo Horizonte. A filha do goleiro do Cruzeiro é uma criança autista não verbal.
O atleta revelou que diversas escolas não aceitaram sua filha por conta de sua acompanhante, que a auxilia desde os 2 anos de idade. De acordo com o goleiro, a pessoa “não atrapalharia em nada o andamento das atividades”.
(Foto: Reprodução / Instagram)
Cássio ainda disse que se não fosse por uma única escola, Maria não teria onde estudar em Belo Horizonte, e que em muitas ocasiões ele e sua esposa detalham a situação para os colégios, que mesmo assim recusam.
O goleiro, por fim, ressaltou a necessidade da inclusão de pessoas autistas não verbais, afirmando que “não é só palavra bonita em propaganda, é atitude”.
“Hoje, como tantos outros pais de crianças autistas não verbais, venho compartilhar algo muito doloroso. Tenho tentado matricular minha filha em diferentes escolas, mas a resposta quase sempre é a mesma: ela não é aceita.
Tudo isso porque a Maria tem uma pessoa especializada que a acompanha desde os seus 2 anos de idade. Essa profissional veio com a gente de São Paulo, conhece a Maria profundamente, tem a confiança dela e poderia ajudá-la dentro de sala sem atrapalhar em nada o andamento das atividades. Mesmo assim, as escolas não aceitam essa ajuda.
Muitas vezes somos chamados para conversar, eu e minha esposa vamos até a escola, explicamos tudo, mostramos disposição em colaborar. No final, a resposta é sempre negativa. Se não fosse por uma única escola ter aceitado a minha filha, a Maria simplesmente não teria como estudar em Belo Horizonte.
O mais triste é ouvir isso justamente de escolas que se apresentam como “inclusivas”, que dizem aceitar todos os tipos de crianças. A realidade, no entanto, é bem diferente.
Como pai, ver sua filha rejeitada simplesmente por ser autista é algo que corta o coração. Inclusão não é só palavra bonita em propaganda, é atitude. E ainda estamos muito longe de viver isso de verdade”.