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·19 de outubro de 2022

Campeonato Boliviano está sob forte ameaça de não ser concluído

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Tendo habitualmente o Campeonato Boliviano dois campeões por ano (Apertura e Clausura), a temporada 2022 corre sério risco de contar somente com uma competição disputada normalmente até o seu término por conta de elementos alheios ao esporte.

Isso porque a Bolívia vive um embate entre as autoridades governamentais federais e integrantes do sistema responsável pelo censo do país onde, enquanto o Decreto Supremo 4760 prevê a padronização do sistema de recenseamento somente para 2024, entidades como o Comitê Interinstitucional Impulsor do Censo e o Comitê Cívico Pro Santa Cruz querem a revogação do decreto e a realização do levantamento em 2023.


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Desta forma, os integrantes do sistema de recenseamento na região da província de Santa Cruz preveem a realização de uma greve cívica com início no próximo sábado (22) e sem data inicial para término, algo que interfere em todo o sistema de funcionamento, mobilização, logística e, consequentemente, na realização de partidas de futebol na província a partir do fim de semana.

Com esse cenário onde cinco equipes da região disputam o Clausura (Blooming, Guabirá, Oriente Petrolero, Real Santa Cruz e Royal Pari), uma reunião está prevista para ocorrer na próxima sexta-feira (21), na cidade de Cochabamba, onde representantes dos 16 clubes se reunirão com autoridades da Federação Boliviana de Futebol (FBF) para decidirem os próximos passos.

Em entrevista coletiva, o presidente da FBF, Fernando Costa, tentou tranquilizar os ânimos ao pontuar, em repetidas oportunidades, que medidas serão tomadas no sentido de tentar conduzir Campeonato Boliviano até o seu término previsto no regulamento inicial. Porém, ao mesmo tempo, ele também mencionou que existem itens inseridos no regulamento para “contingências deste tipo”.

“Veremos de que forma se desenrola essa greve, se vai ser definitiva, por 48 horas etc. Tudo isso vamos analisar no Conselho da Divisão Profissional e, com base nisso, vamos atuar na sequência. A ideia é que possamos concluir o torneio, mas, sem dúvida, temos contemplado no regulamento contingências desse tipo. O conselho está programado para o dia 21 (de outubro), em Cochabamba, e será presencial. É prematuro emitir algum critério. Esperemos que as negociações possam avançar e que, com a graça de Deus, não seja levada adiante essa greve”, disse Fernando, completando:

“Tivemos uma experiência similar em 2019, então, esperamos resolver da melhor maneira e que o campeonato possa ser concluído. Há contratos de televisão (a serem cumpridos).”

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