Jogada10
·11 de abril de 2025
Bruno Lage processa John Textor, dono da SAF do Botafogo

In partnership with
Yahoo sportsJogada10
·11 de abril de 2025
O técnico português Bruno Lage está processando John Textor, proprietário da SAF do Botafogo, por descumprimento de uma promessa profissional. A ação corre na Justiça da Inglaterra. Lage, que deixou o clube em 2023, solicita uma indenização de 6 milhões de libras (aproximadamente R$ 46 milhões no câmbio atual) do empresário americano.
Segundo o jornal britânico “The Telegraph”, Lage afirma que, pouco depois de assumir o comando do Botafogo, firmou um acordo com Textor. O mesmo seria válido de 1º de janeiro a 15 de abril de 2024, aliás. O contrato, assinado com a Eagle Football – empresa que controla os clubes da rede multi-clubes de Textor -, previa que o treinador teria oportunidade de comandar o Crystal Palace (ING) ou o Lyon (FRA).
Lage chegou ao Botafogo em julho de 2023 com expectativa de permanecer até o fim da temporada, mas sua passagem durou apenas três meses, marcada por uma sequência negativa de resultados. O clube acabou perdendo o título do Brasileirão na reta final.
A base da reivindicação de Lage está nas decisões subsequentes da Eagle Football: o Crystal Palace contratou Oliver Glasner como treinador em fevereiro de 2024. Paralelamente, porém, o Lyon efetivou Pierre Sage em julho do mesmo ano. Apesar de nunca ter sido anunciado oficialmente em nenhum desses clubes, Lage era considerado um possível substituto de Laurent Blanc no Lyon, antes da saída do francês em setembro.
O contrato previa que qualquer proposta feita a Lage incluiria vínculo mínimo de dois anos e remuneração anual de US$ 3,6 milhões (cerca de R$ 21 milhões) para ele e sua equipe. Caso nenhuma oferta chegasse até 29 de abril de 2024, o pagamento integral desse valor estaria garantido.
O treinador também afirma que o valor solicitado na ação deve ser acrescido de juros, custos judiciais e outras reparações que o tribunal considerar apropriadas. Após sua saída do Botafogo, Lage teria respeitado um “período de restrição” antes de assinar com o Benfica, em setembro de 2024. Isso pode entrar como argumento favorável ao português, já que ele respeitou esse período sem receber a oportunidade prometida.