MundoBola Flamengo
·29 de maio de 2025
Bruno Henrique depõe ao STJD em investigação sobre apostas

In partnership with
Yahoo sportsMundoBola Flamengo
·29 de maio de 2025
Nesta quinta-feira (29), Bruno Henrique prestou depoimento ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O atacante do Flamengo é alvo de investigação por supostamente forçar um cartão amarelo para beneficiar apostadores em 2023.
Bruno participou de forma virtual e agora aguarda o desenrolar do inquérito. O STJD reabriu o caso do Camisa 27, que estava arquivado, após o indiciamento feito pela Polícia Federal. O órgão está analisando o caso na esfera esportiva e deve apresentar, em breve, a decisão de denunciar o jogador ou arquivar o processo. A informação é do portal 'ge'.
Essa audiência estava prevista para acontecer na segunda-feira (26), mas Bruno Henrique precisou pedir a remarcação por coincidir com o horário do treino no Ninho do Urubu. Ele aproveitou a folga após a vitória sobre o Deportivo Táchira para prestar o depoimento. Sem suspensão preventiva, BH segue atuando pelo Flamengo.
Bruno Henrique foi indiciado no artigo 200 da Lei Geral do Esporte, que fala em "Fraudar, por qualquer meio, ou contribuir para que se fraude, de qualquer forma, o resultado de competição esportiva ou evento a ela associado. A pena prevista é dois a seis anos de reclusão. Além do indiciamento por estelionato, que prevê pena de um a cinco anos de prisão.
Bruno Henrique é acusado de forçar cartão em partida do Flamengo contra o Santos, em 2023, em benefício de apostadores. Segundo as notícias, além do Camisa 27, também foram indiciados: Wander Nunes Pinto Júnior, irmão, Ludymilla Araújo Lima, esposa de Wander, e Poliana Ester Nunes Cardoso, prima de BH. Os três teriam apostado no cartão do atacante.
A investigação envolve mensagens que a Polícia Federal extraiu do telefone de Bruno e de seus familiares. Uma dessas supostas conversas seria entre o atacante e seu irmão, onde falam sobre o cartão amarelo e há citação sobre o jogo com o Santos.
Na Justiça comum, a Polícia Federal indicou o atacante ao Ministério Público. Cabe ao MP decidir se vai avançar com o processo ou recusar.
A defesa do atacante Bruno Henrique protocolou junto à 7ª Vara Criminal do Distrito Federal um pedido de arquivamento do inquérito. A alegação é que as acusações não refletem as ações do atleta e sua intenção. Por isso, entende que o caso deveria ser arquivado.
Os advogados reforçam que o atleta não teve o intuito de beneficiar apostadores e, além disso, que forçar um cartão amarelo para ficar suspenso de acordo com um planejamento para o calendário é algo normal do futebol.
"É necessário destacar que o tipo penal do artigo 200 da Lei Geral do Esporte não se aplica à situação hipotética de um atleta que deliberadamente recebe um cartão amarelo em razão de estratégia desportiva", diz a defesa.