Brendan Rodgers: de imortal a pesadelo do Big Six | OneFootball

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·30 de outubro de 2019

Brendan Rodgers: de imortal a pesadelo do Big Six

Imagem do artigo:Brendan Rodgers: de imortal a pesadelo do Big Six
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Pouco menos de um ano atrás, Brendan Rodgers deixava o comando do Celtic. Três meses antes do fim da temporada, o técnico rumou ao Leicester City. A mudança pegou todos de surpresa, principalmente a apaixonada torcida do clube escocês, que vivia uma lua de mel com o antigo treinador do Liverpool.

Prestes a conquistar a inédita tripla-tríplice coroa pelos verdes, Brendan recebeu a proposta dos Foxes após Claude Puel ser demitido e prontamente aceitou, firmando um contrato até o fim da temporada 21/22.


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Para seu lugar, o Celtic buscou o velho conhecido Neil Lennon. Ele faturou todos os títulos que restavam em disputa, mas foi muito contestado pela queda na qualidade do futebol apresentado pelo time. Ainda sem engolir a saída de Rodgers, a torcida protestou. E um dos atos mais marcantes foi a faixa exibida no jogo contra o Hearts, fora de casa, logo após sua saída.

“You traded immortality for mediocrity. Never a Celt. Always a fraud”  “Você trocou a imortalidade pela mediocridade. Nunca um Celt. Sempre uma fraude”

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Mas aparentemente os green bhoys erraram. Brendan Rodgers até agora está longe de ser medíocre e já entrou pra história da Premier League com seu Leicester.

Antes de começar bem com os azuis, porém, ele já tinha desempenhado bom papel na Inglaterra. Seu bom trabalho no Liverpool, porém, acabou marcado por um vice-campeonato, onde literal e figurativamente, o título escapou por um escorregão. De volta ao principal torneio do mundo, ele chegou para ser uma enorme pedra no sapato dos gigantes.

Após o atropelo sobre o Soutampton, com 9 a 0 St. Mary’s Stadium, o Leicester tomou para si o recorde de maior goleada da história da competição e chegou ao terceiro lugar na tabela. Com 10 rodadas disputadas, a equipe soma 22 pontos (seis vitórias, dois empates e duas derrotas) e divide o posto de melhor defesa do campeonato com o líder Liverpool e Sheffield United (8°). Além disso, ainda tem o segundo melhor ataque do campeonato. Brendan Rodgers mostra que não veio pra brincar na Premier League.

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Com Tottenham, Arsenal e Man. Utd em má fase, o comandante tem o caminho livre pra colocar o Leicester como favorito à uma vaga na Champions League da próxima temporada. Tudo leva a crer nisso. Com quatro pontos de vantagem para o quinto colocado, seu time ainda parece se encaixar e já mostra um jogo eficiente muito agradável de se assistir.

O Leicester é muito bem definido. Montado num 4-1-4-1, se transforma em 4-3-3 no ataque e se fecha com um 4-5-1 na defesa. Tudo isso sempre pronto para sair em velocidade com Jaime Vardy, referência no setor ofensivo. Dessa forma, a equipe tem sido um adversário duro para todas equipes – enquanto engrossa os jogos para o big 6, atropela seus outros concorrentes mais fracos.

E como fez Ranieri na fatídica e histórica campanha de título do clube, Brendan potencializou Vardy e vem colhendo os frutos. Sob seu comando, o camisa 9 tem absurdos 19 gols em 21 jogos – número maior que qualquer outro jogador da Premier League em 2019.

James Maddison também cresceu de produção com a tutela do treinador norte irlandês. Agora jogando mais perto de Vardy e tendo a bola passando por seus pés em todas as ações de ataque, o camisa 10 se mostra cada vez mais criativo e perigoso para a defesa adversária – já são três gols e duas assistências em dez jogos da competição.

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Na defesa, Brendan conseguiu manter o equilíbrio mesmo após a saída de Maguire para o Manchester United. Entre os times que mais rouba bolas no campeonato, o Leicester tem em Wilfred Ndidi uma verdadeira fortaleza – é o jogador com mais passes interceptados na liga. Ainda cabe destaque para os laterais, que também são eficientes no ataque.

Enquanto Pereira, que atua pelo lado direito, se destaca também pelas roubadas e bola e participação incessante no jogo (é um dos nomes que mais toca na redonda nesta Premier League, Chilwell dá show com passes açucarados para os atacantes – já são três assistências, além de um gol. O lateral-esquerdo ainda se mostra excelente nos duelos pessoais contra pontas adversários.

Com vários jogadores com menos de 23 anos em seu time titular, mas já em alto nível, Brendan Rodgers anima a torcida por montar um Leicester competitivo no presente e extremamente promissor para o futuro. Acostumado a empilhar taças no Celtic, o treinador pode sonhar. A campanha, cabe destacar, já é melhor do que a que foi campeã, em 15/16 – o problema é o nível absurdo dos adversários, sobretudo do Liverpool. Há, no entanto, as taças domésticas para alimentar a fome de títulos do comandante e da torcida.

Apesar da possibilidade de erguer novamente um caneco em competições domésticas, o grande foco é um só: voltar a Champions League. E se antes de sua chegada o retorno ao principal torneio do mundo parecia um sonho distante, agora, virou algo palpável, sobretudo se o nível de atuação for mantido.

Aproveitando dos tropeços de quem vem abaixo na tabela e sendo implacável com quem demonstra fraqueza, o Leicester já pode ser considerado como um dos times a ser batido nessa temporada. Depois de duas temporadas habituado com essa sensação, Brendan está preparado para fazer novas vítimas. E o melhor: jogando bonito.

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