Jogada10
·19 de novembro de 2024
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A partida entre Brasil e Uruguai, nesta terça-feira (19), na Arena Fonte Nova, em Salvador (BA), marcará o primeiro jogo no país com a implementação do gesto antirracismo da Fifa. A bola rola às 21h45 (de Brasília) e vale pela 12ª rodada das Eliminatórias para a Copa do Mundo 2026.
O gesto, aprovado por unanimidade no 74º Congresso da Fifa em Bangkok (THA), no dia 17 de maio deste ano, tem os braços cruzados em frente ao peito para sinalizar abuso racista. Ele se tornou parte do protocolo do futebol na Copa do Mundo Feminina Sub-20 de 2024, na Colômbia.
A CBF considera a partida como um passo importante na luta contínua contra o racismo, aliás. Afinal, a Arena Fonte Nova será o palco do primeiro jogo no Brasil com a implementação do gesto.
Ao cruzar os braços na frente do peito, os jogadores poderão sinalizar diretamente ao árbitro que estão sendo alvos de abuso racista, levando o árbitro, assim, a iniciar o procedimento de três etapas. Com a primeira etapa, há a interrupção do jogo. Se o abuso continuar, a partida será suspensa, com os jogadores e os dirigentes da partida saindo do campo de jogo. Caso o incidente não cesse, na terceira etapa, a partida será, dessa forma, abandonada.
A CBF foi a primeira confederação a implementar punição desportiva em seu Regulamento Geral de Competições para casos de racismo. A iniciativa é um dos marcos da gestão do Presidente Ednaldo Rodrigues, o primeiro negro e nordestino a presidir a entidade.
“A partida da Seleção na Bahia, a cidade mais negra fora da África, marcará o lançamento oficial do protocolo contra atos racistas no futebol brasileiro”, disse o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, antes de completar.
“Quando entrei para o Conselho da Fifa em março do ano passado, anunciei que a luta contra racistas seria uma das minhas prioridades na organização. De agora em diante, o gesto estará em todas as partidas em nosso país. O racismo é um crime que afeta a alma. Esta é uma demonstração pública da FIFA, da CBF e das outras federações nacionais de que não há mais espaço para racistas no futebol,” acrescentou.