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·14 de julho de 2020

Brasil foi salvo por Taffarell novamente

Imagem do artigo:Brasil foi salvo por Taffarell novamente

A coluna Marcas da Copa de hoje lembrará de um confronto da Copa do Mundo de 1998. A partida é entre Brasil e Holanda, ambas as equipes eram muito fortes, com jogadores de alto nível. O jogo era válido pela semifinal do torneio, portanto o vencedor enfrentaria os anfitriões, a França, de Zinedine Zidane.

Holanda vinha para esse confronto com o desejo de vingança. Os times se enfrentaram na Copa do Mundo de 1994, entretanto a Laranja Mecânica não se deu bem. O Brasil, liderado por Romário, venceu por 3 x 2, entretanto esse confronto era válido pelas quartas de finais da competição.


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Alguns jogadores estavam presentes na partida de 94. Entre eles: Dennis Bergkamp, Ronaldo, Cafu, Aldair, Dunga, Leonardo, Ronald de Boer, Frank de Boer, Marc Overmars e Edwin Van der Sar. Entretanto, nem todos foram titulares naquele embate. Apenas Bergkamp, Aldair, Dunga e Marc Overmars começaram o duelo e estavam presente em 1998. Para os holandeses era a chance de uma vingança, enquanto os brasileiros queria elimina-los novamente.

COMO ESTAVAM AS EQUIPES

BRASIL

Era o atual campeão do Mundo e buscava o bicampeonato. Entretanto, normalmente esperam que o vencedor da edição anterior não mantenha o mesmo alto rendimento, por vários motivos. Porém, a Seleção Brasileira estava melhor, possuía mais jogadores capaz de decidir que em 1994. Além disso, o Brasil tinha o melhor do mundo em seu elenco, Ronaldo Fenômeno. Portanto, a Holanda tinha ainda mais razões para se preocupar.

HOLANDA

A Laranja Mecânica vinha com sede de vingança para essa semifinal. A nação nunca venceu uma Copa do Mundo. Essa safra é uma das melhores de todos os tempos da seleção, mas pela frente, o plantel de Guss Hiddink teria o Brasil. Os holandeses não queriam ter seu sonho acabado mais uma vez pelos Brasileiros. Como resultado, o confronto seria muito emocionante e bom de se assistir.

E ROLA A BOLA

Brasileiros entraram de mãos dadas, mostrando união. Era jogo de Copa do Mundo, portanto a tensão estava no ar. Esse jogo foi um daqueles testes para cardíaco, com diz Gavão Bueno “Haja coração”. Podemos dizer que foi um dos jogos que os “Deus do futebol” estavam presentes, porque no duelo estava envolvido muitos craques.

Primeiramente, temos que destacar que o Brasil tinha um baita desfalque para esse confronto. Cafu estava suspenso, portanto a lateral-direita seria ocupada por Zé Carlos, um jogador muito questionado pela nação. A Holanda também tinha ausência para o confronto. Arthur Noman foi expulso contra a Argentina, nas quartas de finais, com resultado não enfrentaria a seleção canarinha. No seu lugar entrou Boudewijn Zenden.

O Brasil foi a campo com Taffarell no gol. Aldair e Junior Baiano na zaga, nas laterais Zé Carlos e Roberto Carlos. O meio-campo foi composto por Dunga, Leonardo e Rivaldo. Ronaldo e Bebeto formaram a dupla de ataque. A Holanda também vinha forte, com Van der Sar para proteger a meta. Frank de Boer e Zaap Stam com defensores, nas beiradas Michael Reiziger e Phillip Cocu. Wim Jonk, Ronald de Boer e Edgar Davids faziam a meiuca. O ataque era composto por Bergkamp, Zenden e Patrick Kluivert. Portanto, o jogo tinha tudo para ser um espetáculo, e foi.

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1° TEMPO

Como esperado, o embate começou bem disputado, com as equipes evitam de se expor. As seleções se estudaram bastante antes do jogo, portanto era esperada as equipes não se arriscarem nos primeiros minutos. A defesa holandesa não deva espaços para Ronaldo se quer dominar a bola, a preocupação era grande.

Os minutos iam passando, mas o Brasil não se encontrava. A Holanda estava melhor, mas também não teve chances claras. Os melhores lances foram dos europeus, com um chute de Bergkamp e uma cabeçada de Kluivert, entretanto nada que obrigasse Taffarell a fazer milagres. O lado direto da Seleção Brasileira não dava segurança alguma, e os holandeses ganharam todas sobre Zé Carlos.

A primeira etapa chegou ao fim. A Holanda era superior ao Brasil, mas os atuais campeões do mundo tinham jogadores para reverter esse quadro. Portanto, com o jogo empatado em 0 x 0, o segundo tempo seria ainda mais emocionante. A Laranja Mecânica ia ao vestiário com expectativas de que poderia abrir o placar.

2° TEMPO

O plantel de Mário Zagallo percebeu que precisava “entrar no jogo”, portanto voltou com outra postura. Logo no minuto 46, o Brasil abre o placar. Após belo passa de Rivaldo pela esquerda, Ronaldo vence dos zagueiros e abre o placar. Anteriormente, eu disse que o artilheiro estava sem espaço para jogar, e realmente estava, essa foi a primeira oportunidade que teve. Esse era o diferencial do Fenômeno para os demais, ele precisa de poucos momentos com a bola para se torna protagonista.

Os adversários tiveram que vir pra cima. A Holanda deu alguns sustos no Brasil, principalmente com bolas paradas. Entretanto, as melhores oportunidades de gol foram da Seleção Canarinho. Rivaldo fez bela jogada pelo meio e deu um passe extraordinário para Ronaldo. O artilheiro correu em direção ao gol, mas na hora de finalizar, foi bloqueado por Davids. O meia teve seus méritos, mas o Fenômeno demorou para finalizar a jogada. Outra chance clara foi com o camisa 10. Depois de sair do banco, Denílson faz bela jogada individual pela esquerda, e o serve. Porém, o craque não conseguiu finalizar para o gol.

A Holanda não estava morta. Logo após perder uma chance clara, Patrick Kluivert empata o jogo aos 87 minutos, em uma jogada de Ronald de Boer pelo lado direito holandês. O placar estava empatado, portanto era uma decepção para o Brasil não ter matado o jogo. Com o adversário abalado, a Laranja Mecânica cresceu no restante da partida, entretanto não aproveitou o bom momento. O grande duelo termina empatado, como resultado o embate iria para a prorrogação.

PRORROGAÇÃO

O 1° tempo da prorrogação se iniciou. Ambas as seleções estavam exaustas, mas a vontade de chegar na final superava tudo isso. Ronaldo queria jogo. Após jogada individual, chutou de fora da área, obrigando Van der Sar a fazer uma grande defesa. A Holanda também assustou. Depois de um lançamento de Cocu, Kluivert chutou cruzado, a bola passou “tirando tinta” da trave.

Os últimos 15 minutos da prorrogação se iniciavam. Foi um período com poucas chances de gol, mas com o Brasil melhor fisicamente que a Holanda. A Laranja Mecânica não assustou o gol de Taffarell. Os atuais campeões tiveram apenas um lance de destaque, que foi a famosa arrancada de Ronaldo, entretanto na hora de finalizar, foi travado. Como resultado, o duelo seria decidido nos pênaltis.

A HORA DA VERDADE

Os “Deuses do Futebol” , ao colocar essas duas grandes equipes frente a frente, ainda fizeram com que a partida fosse decidida no ultimo detalhe. O torcedor brasileiro já estava com o “coração na boca”, enquanto os holandeses temiam ficar pelo caminho, mais uma vez. Pelo lado do Brasil, foram quatro cobranças e todas elas foram gols. Os batedores foram: Ronaldo, Rivaldo, Emerson e Dunga. A Seleção Holandesa já não teve a mesma felicidade. Dois jogadores erraram, sendo eles Philip Cocu e Ronald de Boer. Portanto, a Seleção Brasileira vence por 4 x 2 nos pênaltis e estava em mais uma final. Taffarell salvou a nação mais uma vez.

Foto Destaque: Reprodução/Arquivo/CBF

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