MundoBola Flamengo
·16 de janeiro de 2025
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O Flamengo anunciou oficialmente na última quarta-feira (15) seu primeiro reforço para a temporada 2025. Trata-se do atacante Juninho, que estava no Qarabag (AZE) e assinou com a equipe rubro-negra até o fim de 2028. O processo, no entanto, envolveu uma análise direta entre o diretor-técnico José Boto e o treinador Filipe Luís, algo que o dirigente português tem a intenção de mudar para as próximas janelas.
Em entrevista ao GE, Boto explicou um pouco mais sobre a metodologia de scouting que planeja implementar no Flamengo, algo que marcou a carreira do dirigente em times como Shakhtar Donetsk (UCR) e Benfica (POR). Segundo ele, o processo utilizado na atual janela não é o que lhe agrada, o que será alterado ao longo do tempo.
"A próxima [mudança], finalmente, é termos um departamento de scouting à minha imagem. Não estou dizendo que o que está lá é ruim ou bom, mas o scouting precisa perceber o que nós queremos para o Flamengo. Isso leva tempo, e esse fato também tem reflexo nessa janela de transferências, que não foi feita com a metodologia que eu gosto, que é o scouting dar nomes e nós analisarmos com calma", disse.
Boto explicou que a chegada de Juninho foi baseada nos conhecimentos dele e de Filipe Luís sobre o mercado. O processo correto, na visão do português, é ver os jogadores serem sugeridos pelo departamento de scouting. A partir daí, sim, Boto e Filipe analisariam os nomes e dariam o aval — ou não — para as contratações.
"Isso não foi feito nessa janela, e a próxima será mais à minha imagem. O processo dessa janela, já que felizmente não precisamos de muitos jogadores, tem muito a ver com a experiência que eu tenho e que o Filipe tem, de verificar um alvo que conhecemos para ser reforço do Flamengo", explicou.
"Juninho era um jogador que eu e Filipe conhecíamos. Não veio através do scouting, veio através do nosso conhecimento geral do mercado. Mas o processo correto vai ser o scouting nos dar mais Juninhos, para que possamos observar, debater e contratar para o Flamengo", destacou.
No início da negociação com Juninho, a repercussão do nome do atacante indicou certa descrença em alguns torcedores, principalmente pelo fato de o atleta estar no Azerbaijão. Boto, porém, garantiu que o local de atuação do jogador vai importar muito menos do que o perfil buscado para a equipe.
"O perfil de contratações vai ser o jogador que serve. Se vem do Azerbaijão, do Cazaquistão ou outro país qualquer, não é importante. O que importa é que tenha o perfil que procuramos. O que quero implementar é que o departamento de scouting nos dê mais Juninhos", completou.
Ao dizer mais uma vez que não quer repetir o processo de análise feito na janela atual, Boto admitiu que não vê o Flamengo atrasado neste sentido. A intenção, no entanto, é moldar os trabalhos para que eles se encaixem em sua filosofia já a partir da próxima janela de transferências. Para o português, essa é uma das prioridades.
"Não acho que esteja muito atrasado. Sinceramente, acho que há alguma dobragem de funções, as pessoas fazem exatamente as mesmas coisas que os outros. Mas não sou um apologista de revoluções, gosto de analisar, analisar bem e depois fazer as mudanças na altura certa e com uma justificativa certa para essas mudanças", detalhou.
"É óbvio que uma das coisas que eu vou dar uma vista forte é o scouting. E não é que funcione mal ou bem, é que tem que funcionar para mim, para o Flamengo. E isso vai ter que ser feito rapidamente, porque não quero que aconteça na próxima janela o que aconteceu agora — que é trabalhar com meu conhecimento e com o do Filipe, e não com a base estruturada do que vem do scouting", ressaltou.