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·11 de dezembro de 2024
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Depois de desbravar o Brasil e a América do Sul, o Botafogo chegou ao seu limite físico e sucumbiu na tentativa de conquistar o mundo. Na estreia da Copa Intercontinental, o time da Estrela Solitária não teve chances diante do Pachuca, perdeu o Dérbi das Américas por 3 a 0 e se despediu da competição com o sonho frustrado.
A temporada chega ao fim para o Botafogo com uma derrota dolorida e uma despedida precoce do Mundial. O Pachuca segue vivo na competição e avança para enfrentar o Al Ahly na semifinal, neste sábado. O Real Madrid espera pelo vencedor do duelo para conhecer o seu adversário na decisão.
O Botafogo entrou em campo para a estreia na Copa Intercontinental três dias depois de vencer o São Paulo no Nilton Santos e conquistar o Brasileirão. Forçado pelo desgaste da semana de decisões, o Glorioso entrou em campo com as ausências de Bastos e Vitinho, por lesão, e poupando Alex Telles, Marlon Freitas, Thiago Almada e Savarino.
O time carioca sentiu a falta de alguns dos seus principais protagonistas na criação e começou a partida exagerando nos erros. O Botafogo tentou aproveitar a falta de ritmo do Pachuca, que não entrava em campo há um mês, para impor o seu estilo de jogo, mas enfrentou dificuldade com a marcação intensa dos mexicanos.
Apostando inicialmente nas jogadas de bolas longas procurando o experiente Salomón Rondón, o Pachuca chegou com perigo primeiro e assustou John com chute de Elías Montiel. Além dos lançamentos, o time mexicano apostou na intensidade para recuperar a bola e aproveitar as saídas em contragolpe. Através da velocidade de Idrissi e Montiel, a equipe usou o corredor esquerdo de ataque, explorando as costas de Mateo Ponte.
O Botafogo demorou para encontrar uma alternativa para superar a primeira linha de marcação mexicana. Sem encontrar solução nas bolas longas, o Glorioso precisou acelerar a troca de passes no início da construção para pegar a defesa adversária desprotegida.
Pela direita com Luiz Henrique, o time de Artur Jorge iniciou as suas primeiras iniciativas criadas de pé em pé, mas não conseguiu gerar risco à meta do Pachuca. Os únicos arremates com risco do Botafogo vieram de sobras após a bola parada.
Apesar da carência de volume ofensivo, Artur Jorge apostou na manutenção da equipe e não promoveu mudanças no intervalo. Com a mesma postura da etapa inicial, o Pachuca encaixou primeiro o seu golpe e castigou o Glorioso.
Aos cinco minutos, Idrissi fez absolutamente tudo o que quis com a defesa alvinegra e assinou um golaço. O marroquino arrancou pela canhota, passou por dois e tabelou com Bryan González. Dentro da área, o atacante ameaçou o chute duas vezes e deixou Barboza e Adryelson no chão antes de estufar as redes de John.
O prejuízo sofrido cedo ligou o alerta de Artur Jorge e forçou as entradas antecipadas de Júnior Santos, Almada, Marlon Freitas e Savarino. Com melhor poderio ofensivo, o Botafogo tomou o controle da partida e ganhou mais opções, mas não conseguiu traduzir em chances reais.
O Pachuca, apesar da vantagem, não facilitou na marcação e continuou agredindo na pressão. Além dos contragolpes perigosos, o time mexicano aproveitou um único erro defensivo do Glorioso para aumentar o drama.
Em saída errada de Gregore e Almada, Pedraza pressionou, recuperou a bola na frente da área e entregou para Deossa. O meia colombiano limpou a marcação e bateu no contrapé do goleiro alvinegro para marcar o segundo dos mexicanos.
O segundo golpe na Estrela Solitária ligou o modo desespero e aniquilou qualquer resquício de organização que se iniciava no ataque. Sem outra alternativa, o Botafogo se lançou ao ataque e tentou reagir na base do abafa com a entrada de Tiquinho Soares.
Apesar do trabalho imposto à defesa adversária, o time carioca ficou exposto ao contra-ataque e acabou atropelado pelo Pachuca. Em mais uma saída iniciada por Deossa, Idrissi recebeu no lado esquerdo e escorou para Rondón dizimar as últimas esperanças alvinegras.